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25/11/2003
-
17h08
da France Presse, em Santiago (Chile)
A Conapi (Comissão Nacional Antipirataria) denunciou nesta terça-feira a "falta de compromisso" do governo chileno no combate à pirataria de software, discos e outros produtos. O país está entreo os maiores mercados de falsificações da América Latina.
O comércio ilegal destes produtos causou perdas da ordem de US$ 200 milhões e se tornou a principal mancha da economia chilena, uma das poucas que, com crescimento de 2,1%, conseguiu driblar a crise que afetou a maioria dos países da região.
"Estamos desiludidos e incomodados. O governo tinha se comprometido a enviar com extrema urgência o projeto de Lei Antipirataria porque concordava que este era um tema prioritário para o Chile", disse Eduardo Castillo, presidente da Conapi.
Segundo Castillo, o governo do presidente Ricardo Lagos se comprometeu a enviar ao Congresso na primeira semana de outubro um projeto de lei para erradicar a pirataria, através do aumento das penas de prisão e das multas para os autores do delito.
A norma daria poderes especiais aos juízes para investigar as redes de comércio ilegal, de forma similar aos procedimentos adotados contra o narcotráfico, através de escutas telefônicas, agentes disfarçados, informação paga, entre outros métodos.
Informática
Segundo números da Conapi, em termos econômicos, a indústria da informática é a mais prejudicada pela pirataria, com prejuízos anuais de US$ 150 milhões. A indústria editorial aparece em segundo lugar, com perdas de US$ 25 milhões, e a fonográfica, em terceiro, com US$ 20 milhões. A venda de vídeos pirateados acarreta prejuízo de US$ 7 milhões ao ano no país.
De acordo com a Câmara Nacional do Comércio, a pirataria impede a criação de 5.726 novos postos de trabalho.
O Chile chamou a atenção do mundo, ao ser o primeiro país a lançar uma edição pirata em espanhol do livro "Harry Potter e a Ordem do Fênix", quinto volume da saga escrita pela britânica J.K. Rowling, que deverá ser lançada no final deste ano ou no início de 2004.
A versão falsificada, que desde julho circula pelas ruas da capital chilena e outras cidades do país, custa cerca de US$ 18, enquanto o preço da edição original em inglês é de US$ 30.
Chile é denunciado por desinteresse no combate à pirataria
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A Conapi (Comissão Nacional Antipirataria) denunciou nesta terça-feira a "falta de compromisso" do governo chileno no combate à pirataria de software, discos e outros produtos. O país está entreo os maiores mercados de falsificações da América Latina.
O comércio ilegal destes produtos causou perdas da ordem de US$ 200 milhões e se tornou a principal mancha da economia chilena, uma das poucas que, com crescimento de 2,1%, conseguiu driblar a crise que afetou a maioria dos países da região.
"Estamos desiludidos e incomodados. O governo tinha se comprometido a enviar com extrema urgência o projeto de Lei Antipirataria porque concordava que este era um tema prioritário para o Chile", disse Eduardo Castillo, presidente da Conapi.
Segundo Castillo, o governo do presidente Ricardo Lagos se comprometeu a enviar ao Congresso na primeira semana de outubro um projeto de lei para erradicar a pirataria, através do aumento das penas de prisão e das multas para os autores do delito.
A norma daria poderes especiais aos juízes para investigar as redes de comércio ilegal, de forma similar aos procedimentos adotados contra o narcotráfico, através de escutas telefônicas, agentes disfarçados, informação paga, entre outros métodos.
Informática
Segundo números da Conapi, em termos econômicos, a indústria da informática é a mais prejudicada pela pirataria, com prejuízos anuais de US$ 150 milhões. A indústria editorial aparece em segundo lugar, com perdas de US$ 25 milhões, e a fonográfica, em terceiro, com US$ 20 milhões. A venda de vídeos pirateados acarreta prejuízo de US$ 7 milhões ao ano no país.
De acordo com a Câmara Nacional do Comércio, a pirataria impede a criação de 5.726 novos postos de trabalho.
O Chile chamou a atenção do mundo, ao ser o primeiro país a lançar uma edição pirata em espanhol do livro "Harry Potter e a Ordem do Fênix", quinto volume da saga escrita pela britânica J.K. Rowling, que deverá ser lançada no final deste ano ou no início de 2004.
A versão falsificada, que desde julho circula pelas ruas da capital chilena e outras cidades do país, custa cerca de US$ 18, enquanto o preço da edição original em inglês é de US$ 30.
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