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11/12/2003 - 10h06

ONU pede "web relevante" na cúpula da informação

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da Folha Online

A primeira SMSI (Cúpula Mundial da Sociedade da Informação), destinada a reduzir o "abismo digital" entre países ricos e pobres, começou nesta quarta-feira (10), em Genebra (Suíça), com intensa atividade diplomática entre os dirigentes dos 175 países representados. Já na abertura, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, pediu uma internet mais útil e relevante.

O presidente suíço, Pascal Couchepin, abriu oficialmente a reunião de quatro dias na presença de Annan, de 40 chefes de Estado e 13 mil delegados.

Durante a abertura, Annan pediu que a internet seja povoada por coisas mais relevantes para as pessoas. "Muita das informações na rede hoje não servem para as necessidades reais das pessoas."

Em seu discurso, o secretário-geral da ONU pediu à comunidade internacional para pôr as tecnologias da informação a serviço da democracia. "Temos os instrumentos necessários para fazer progredir a causa da liberdade e da democracia (...). A razão desta cúpula é encontrar como concretizar esse potencial", disse Annan.

Annan lembrou ainda que "a liberdade de opinião e de expressão é a pedra angular do desenvolvimento, da democracia e da paz". e convocou os países ricos a ajudar os países pobres a cobrir suas necessidades, explicando que isso "lhes convêm".

"O futuro do setor das tecnologias da informação depende menos do mundo desenvolvido, onde os mercados estão saturados, do que do mundo em desenvolvimento, onde milhares de indivíduos ainda não têm acesso à revolução informática", estimou.

ONGs

Além disso, várias ONGs, como a organização Repórteres Sem Fronteiras, acusam países autoritários de querer usar a cúpula para legitimar seu controle sobre a Internet e a repressão aos "ciberdissidentes".

Outras autoridades ressaltaram a necessidade de fazer com que todo mundo tenha acesso aos benefícios que as tecnologias de informação têm potencial para proporcionar.

As ONGs participantes decidiram publicar uma declaração em separado. Elas acusam a China, o Paquistão e a Tunísia de buscar a ratificação do direito dos governos de censurar a rede.

A China condena a duras penas de prisão os contestatários que usam a internet. O governo tunisiano pôs recentemente em liberdade condicional um internauta dissidente condenado a dois anos de prisão.

Com agências internacionais
 

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