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14/01/2004
-
13h43
BRUNO GARATTONI
enviado especial da Folha a Las Vegas
Segundo os organizadores da Consumer Electronics Show, as vendas de toca-MP3 portáteis cresceram 171% nos Estados Unidos durante 2003. Com tanto mercado, a música digital também obteve destaque entre os produtos expostos no evento.
Entre os toca-MP3 portáteis, o modelo que mais chamou a atenção foi o Mpio FL200 (www.mpio.com), que tem a leveza como principal qualidade: o aparelho pesa só 15 g --menos da metade dos concorrentes-- e pode ser usado como um pingente.
O Mpio FL200 não tem visor de cristal líquido (não mostra o nome da música que está tocando), mas oferece 256 Mbytes de memória, capacidade suficiente para armazenar aproximadamente quatro horas de música.
Se você faz questão de um visor de cristal líquido, o tocador portátil mais interessante entre os mostrados na feira é o Benq Joybee 150 (www.benq.com), que tem uma tela de quatro linhas e mostra não apenas o nome da música, mas também sua letra. Cabe lembrar que o usuário precisa adicionar as letras manualmente.
O Creative Zen Xtra pode ser considerado o oposto dos tocadores ultracompactos, pois pesa 250 g. Esse é o preço a pagar pela alta capacidade do portátil --60 Gbytes, ou até mil horas de som. Para ocupar posição intermediária, a Creative lançou o MuVo 2, que é bem mais equilibrado: com aproximadamente metade do tamanho de um maço de cigarros, comporta até 4 Gbytes, quase o triplo dos concorrentes com dimensões similares.
No quesito evolução tecnológica, o tocador Sony MZ-NH1, que usa Mini Discs (disquinhos regraváveis com a metade do tamanho de um CD), impressionou: a Sony conseguiu aumentar em quase oito vezes a capacidade dos Mini Discs, que ganharam uma versão chamada Hi-MD com capacidade de 1 Gbyte (16 horas de som com boa qualidade). Infelizmente, o aparelho só aceita o formato de áudio Atrac3, o que gera transtornos --o usuário é forçado a converter seus arquivos MP3 antes de gravá-los nos disquinhos.
Versátil, o Gametrac (www.gametrac.com) combina as funções de toca-MP3, câmera fotográfica e videogame portátil. Destinado à sala de estar, o Wurlitzer, da fabricante de guitarras Gibson (www.gibson.com), tem controle remoto e capacidade para guardar o equivalente a mil CDs.
Programas e serviços
Depois que a Apple passou a vender músicas pela internet, os serviços do gênero se multiplicaram. Durante a feira, a Sony e a RealNetworks anunciaram lojas virtuais nos mesmos moldes da concorrência --oferecem entre 450 mil e 500 mil músicas cada uma e cobram de US$ 0,79 a US$ 1 por arquivo copiado.
Para não perder a onda, a HP fez um acordo com a Apple e promete lançar, em junho, um tocador portátil compatível com a loja de músicas iTunes Music Store, que é a mais popular da rede.
A RealNetworks aproveitou a CES para anunciar seu novo software musical, o RealPlayer 10. Segundo a empresa, o software, que é gratuito (www.realnetworks.com), tem melhor qualidade de som e vídeo.
Multicanal
De nada adianta ter uma boa coleção musical se ela é ouvida com caixas de som ou fones de ouvido simplórios. Por isso, os fabricantes também investiram na tecnologia desses componentes.
O conjunto DAV-FR10W (US$ 1.000), da Sony, elimina a profusão de cabos entre o amplificador e as caixas de som, pois transmite o áudio sem fios para um conjunto de seis caixas de som.
Os fones de ouvido ESound 5.1, da marca Ezonics (US$ 100; www.ezonics.com), combinam o som surround --envolvente, com quatro ou mais canais de áudio-- com um detalhe inovador: têm decodificador Dolby Digital e placa de som integrada. Isso permite tocar filmes e músicas com áudio surround mesmo que o micro não tenha uma placa de som compatível. Mais sofisticados, os fones Pioneer SE-DIR800C (US$ 400) também são surround, mas têm um receptor sem fios embutido.
A grande maioria dos discos atuais tem apenas dois canais de som (estéreo). Durante a feira, a Dolby mostrou o sistema Pro Logic IIx, que será embutido em aparelhos de som e promete transformar qualquer música (inclusive as gravadas no micro) em surround com sete canais.
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Segundo os organizadores da Consumer Electronics Show, as vendas de toca-MP3 portáteis cresceram 171% nos Estados Unidos durante 2003. Com tanto mercado, a música digital também obteve destaque entre os produtos expostos no evento.
Entre os toca-MP3 portáteis, o modelo que mais chamou a atenção foi o Mpio FL200 (www.mpio.com), que tem a leveza como principal qualidade: o aparelho pesa só 15 g --menos da metade dos concorrentes-- e pode ser usado como um pingente.
O Mpio FL200 não tem visor de cristal líquido (não mostra o nome da música que está tocando), mas oferece 256 Mbytes de memória, capacidade suficiente para armazenar aproximadamente quatro horas de música.
Se você faz questão de um visor de cristal líquido, o tocador portátil mais interessante entre os mostrados na feira é o Benq Joybee 150 (www.benq.com), que tem uma tela de quatro linhas e mostra não apenas o nome da música, mas também sua letra. Cabe lembrar que o usuário precisa adicionar as letras manualmente.
O Creative Zen Xtra pode ser considerado o oposto dos tocadores ultracompactos, pois pesa 250 g. Esse é o preço a pagar pela alta capacidade do portátil --60 Gbytes, ou até mil horas de som. Para ocupar posição intermediária, a Creative lançou o MuVo 2, que é bem mais equilibrado: com aproximadamente metade do tamanho de um maço de cigarros, comporta até 4 Gbytes, quase o triplo dos concorrentes com dimensões similares.
No quesito evolução tecnológica, o tocador Sony MZ-NH1, que usa Mini Discs (disquinhos regraváveis com a metade do tamanho de um CD), impressionou: a Sony conseguiu aumentar em quase oito vezes a capacidade dos Mini Discs, que ganharam uma versão chamada Hi-MD com capacidade de 1 Gbyte (16 horas de som com boa qualidade). Infelizmente, o aparelho só aceita o formato de áudio Atrac3, o que gera transtornos --o usuário é forçado a converter seus arquivos MP3 antes de gravá-los nos disquinhos.
Versátil, o Gametrac (www.gametrac.com) combina as funções de toca-MP3, câmera fotográfica e videogame portátil. Destinado à sala de estar, o Wurlitzer, da fabricante de guitarras Gibson (www.gibson.com), tem controle remoto e capacidade para guardar o equivalente a mil CDs.
Programas e serviços
Depois que a Apple passou a vender músicas pela internet, os serviços do gênero se multiplicaram. Durante a feira, a Sony e a RealNetworks anunciaram lojas virtuais nos mesmos moldes da concorrência --oferecem entre 450 mil e 500 mil músicas cada uma e cobram de US$ 0,79 a US$ 1 por arquivo copiado.
Para não perder a onda, a HP fez um acordo com a Apple e promete lançar, em junho, um tocador portátil compatível com a loja de músicas iTunes Music Store, que é a mais popular da rede.
A RealNetworks aproveitou a CES para anunciar seu novo software musical, o RealPlayer 10. Segundo a empresa, o software, que é gratuito (www.realnetworks.com), tem melhor qualidade de som e vídeo.
Multicanal
De nada adianta ter uma boa coleção musical se ela é ouvida com caixas de som ou fones de ouvido simplórios. Por isso, os fabricantes também investiram na tecnologia desses componentes.
O conjunto DAV-FR10W (US$ 1.000), da Sony, elimina a profusão de cabos entre o amplificador e as caixas de som, pois transmite o áudio sem fios para um conjunto de seis caixas de som.
Os fones de ouvido ESound 5.1, da marca Ezonics (US$ 100; www.ezonics.com), combinam o som surround --envolvente, com quatro ou mais canais de áudio-- com um detalhe inovador: têm decodificador Dolby Digital e placa de som integrada. Isso permite tocar filmes e músicas com áudio surround mesmo que o micro não tenha uma placa de som compatível. Mais sofisticados, os fones Pioneer SE-DIR800C (US$ 400) também são surround, mas têm um receptor sem fios embutido.
A grande maioria dos discos atuais tem apenas dois canais de som (estéreo). Durante a feira, a Dolby mostrou o sistema Pro Logic IIx, que será embutido em aparelhos de som e promete transformar qualquer música (inclusive as gravadas no micro) em surround com sete canais.
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