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28/01/2004 - 17h05

Indústria fonográfica nota que precisa se adaptar à era digital

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da France Presse, em Cannes (França)

A indústria fonográfica, reunida em Cannes (França) no 38º Midem (Mercado Internacional do Disco e da Edição Musical), reconheceu que precisa se adaptar urgentemente à era digital, sob pena de desaparecer.

"O antigo modelo está morrendo", declarou Peter Gabriel, um dos poucos artistas que percebeu desde o início a revolução cultural e econômica provocada pela entrada do disco na era digital.

À frente da OD2 (Online Distribution), plataforma européia de distribuição de música pela internet, o ex-vocalista do Genesis compreendeu rapidamente que o suporte material --simbolizado pelo CD-- em breve pertenceria ao passado, sendo substituído pela difusão de música on-line.

Em um primeiro momento, as grandes gravadoras --BMG, EMI-Virgin, Sony Music, Universal e Warner, que totalizam quase 90% do faturamento internacional do setor-- tentaram frear essa tendência, acusando-a de estar caracterizada por uma oferta ilícita em massa.

As gigantes da música atribuem ao que consideram pirataria grande parte da culpa pela crise que afetou a indústria fonográfica mundial no ano passado, quando registrou uma queda de 10% no faturamento em relação a 2002.

Por outro lado, a indústria recuperou uma parte da esperança por causa da criação de novos modelos de distribuição de música na rede mundial de computadores, considerados satisfatórios, como o iTunes da Apple.

Desde sua criação, em abril de 2003, o iTunes vendeu (a US$ 0,99 cada) 19,2 milhões de músicas apenas nos Estados Unidos. Antes eram vendidos 12,1 milhões de "singles". "O surgimento do mercado legal de 'download' de música é um promessa para o futuro", declarou Doug Morris, presidente do Universal Music Group (Mariah Carey, Eminem, Shania Twain, Sting, U2, entre outros).

A Europa está atrasada neste campo. Até agora os selos não apresentaram uma proposta de oferta legal de música atraente o suficiente para suplantar o download ilegal, conformando-se apenas em acusar os portais de acesso a internet de utilizar a música como elemento de promoção, beneficiando com isso a pirataria.

De qualquer maneira, a extensão da tecnologia digital também vai multiplicar as maneiras de consumir música, afirmam vários profissionais do setor. O mercado dos timbres musicais ("ringtones") para telefones celulares, por exemplo, já é superior ao dos "singles" no planeta.
 

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