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11/02/2004
-
10h52
JULIANO BARRETO
free-lance para a Folha de S.Paulo
O capitão do Exército Renan Lira, 31, e os tenentes Dhanur Grimoni, 27, e Rayner Peixoto, 27, são membros do Tríade VX, um grupo especializado no estudo de vírus que recentemente escreveu o livro "Dossiê Vírus" (Digerati Editorial, 318 págs., R$ 49,90). Em entrevista por e-mail, eles falam da motivação dos criadores de vírus. ()
Folha - Qual é o perfil de um criador de vírus?
Tríade VX - Um criador de vírus geralmente possui emprego e um lugar na sociedade. Ele não está interessado em dinheiro, mas sabe que códigos feitos em um bloco de notas podem abalar as empresas mais ricas do mundo. Apesar de sua posição social intermediária, dificilmente ele terá poder político ou social para quebrar paradigmas ou impor as suas idéias. Então, na sua visão, criar vírus é a única maneira de atingir seus objetivos políticos.
Folha - Qual a possibilidade do uso de vírus para atentados terroristas?
VX - Muitas. Nos atentados de 11 de setembro, os servidores de muitas instituições financeiras estavam nas torres gêmeas. Durante a crise, algumas empresas colocaram em prática o plano de Bysenes Start, que consistia em montar uma rede de emergência para substituir os servidores originais para que o sistema não caísse e os clientes não tivessem prejuízos. Imagine se nesse evento, em paralelo, fossem lançados vírus como os de hoje. Os danos e o caos seriam bem maiores.
Folha - Existe um lado bom na programação de vírus?
VX - Sim. Graças aos vírus, a segurança digital poderá evoluir para níveis hoje impensados. Existem várias possibilidades do emprego da tecnologia de códigos benéficos. Mas isso requer pesquisa, tempo e dinheiro.
Folha - Vocês acham que o autor do MyDoom será encontrado?
VX - Há grande probabilidade de que não seja uma pessoa e sim uma equipe. O vírus MyDoom veio com a identificação Andy e dizia: "Estou apenas fazendo meu trabalho".
Criadores de vírus de computadores têm motivações políticas
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free-lance para a Folha de S.Paulo
O capitão do Exército Renan Lira, 31, e os tenentes Dhanur Grimoni, 27, e Rayner Peixoto, 27, são membros do Tríade VX, um grupo especializado no estudo de vírus que recentemente escreveu o livro "Dossiê Vírus" (Digerati Editorial, 318 págs., R$ 49,90). Em entrevista por e-mail, eles falam da motivação dos criadores de vírus. ()
Folha - Qual é o perfil de um criador de vírus?
Tríade VX - Um criador de vírus geralmente possui emprego e um lugar na sociedade. Ele não está interessado em dinheiro, mas sabe que códigos feitos em um bloco de notas podem abalar as empresas mais ricas do mundo. Apesar de sua posição social intermediária, dificilmente ele terá poder político ou social para quebrar paradigmas ou impor as suas idéias. Então, na sua visão, criar vírus é a única maneira de atingir seus objetivos políticos.
Folha - Qual a possibilidade do uso de vírus para atentados terroristas?
VX - Muitas. Nos atentados de 11 de setembro, os servidores de muitas instituições financeiras estavam nas torres gêmeas. Durante a crise, algumas empresas colocaram em prática o plano de Bysenes Start, que consistia em montar uma rede de emergência para substituir os servidores originais para que o sistema não caísse e os clientes não tivessem prejuízos. Imagine se nesse evento, em paralelo, fossem lançados vírus como os de hoje. Os danos e o caos seriam bem maiores.
Folha - Existe um lado bom na programação de vírus?
VX - Sim. Graças aos vírus, a segurança digital poderá evoluir para níveis hoje impensados. Existem várias possibilidades do emprego da tecnologia de códigos benéficos. Mas isso requer pesquisa, tempo e dinheiro.
Folha - Vocês acham que o autor do MyDoom será encontrado?
VX - Há grande probabilidade de que não seja uma pessoa e sim uma equipe. O vírus MyDoom veio com a identificação Andy e dizia: "Estou apenas fazendo meu trabalho".
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