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01/04/2004
-
16h22
da France Presse, em Washington
O caso antitruste contra a Microsoft é uma batalha sobre os futuros padrões técnicos dos filmes de Hollywood, música on-line e outras formas de entretenimento digital, dizem analistas.
Apesar de atualmente existir concorrência para padrões técnicos de conteúdos "on-line", os críticos da Microsoft afirmam que, sem controles, a gigante da informática poderia usar seu domínio no software de computadores pessoais para conseguir ficar forte neste setor emergente.
No mês passado, a Comissão Européia ordenou à Microsoft que desse uma versão européia de seu dominante sistema operacional Windows sem o programa Media Player, utilizado para reproduzir áudio e vídeos digitais.
Ed Black, da Associação da Indústria de Computadores e Comunicação, grupo comercial que é crítico feroz e concorrente da Microsoft, disse que a decisão da União Européia "evitará que a Microsoft controle a plataforma de transmissão e exerça um controle subseqüente nos conteúdos digitais".
Black afirmou que, por causa da convergência da tecnologia de computadores e do entretenimento nas residências, é importante manter a concorrência para evitar que a Microsoft "prenda" seus leitores de programas de vídeo e música a um padrão de fato.
Segundo ele, ao se pedir à indústria da música e do entretenimento de Hollywood que utilize os programas em formato Windows, permite-se que a Microsoft cobre um "imposto" sobre o conteúdo.
"Quando vivermos num mundo com nenhum outro concorrente nos leitores de mídia eletrônica (de música e vídeo) e uma demanda substancial de uma porção do mercado, então repentinamente o poder mudará", disse Black.
"Hollywood não terá outra escolha" a não ser trabalhar na plataforma de mídia que a Microsoft anteviu, o que permitirá que a empresa capte as tarifas de informação relevantes para codificar o conteúdo para o Windows."
O analista Michael Wolf, da empresa de pesquisas In-Sat, disse que a estratégia da Microsoft é "tornar-se um sócio indispensável da indústria do conteúdo", inclusive áudio e vídeo, jogos e outros conteúdos novos.
"Penso que as oportunidades da Microsoft de dominar esse mercado sem problemas são muito boas", disse Wolf. "Não vou especular se isto é bom ou mau para a indústria", acrescentou.
Um estudo da In-Sat prevê que 280 milhões de consumidores em todo o mundo serão capazes de produzir sua própria mídia, como filmes ou música, até 2008 e que as companhias que mais poderão se beneficiar com este mercado serão Microsoft, Intel e Disney.
Mas Joe Wilcox, da Jupiter Research, afirmou que ainda falta muito à Microsoft para dominar esta área, e apontou a RealNetworks como muito ativa nos "media players" e a Apple muito forte no setor da música on-line.
"De acordo com nossos dados, 70% dos consumidores dizem ter o Windows Media Player em seu PC principal, mas 60% dizem ter um produto da Real", disse Wilcox.
Batalha da Microsoft é pelo futuro da diversão digital
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O caso antitruste contra a Microsoft é uma batalha sobre os futuros padrões técnicos dos filmes de Hollywood, música on-line e outras formas de entretenimento digital, dizem analistas.
Apesar de atualmente existir concorrência para padrões técnicos de conteúdos "on-line", os críticos da Microsoft afirmam que, sem controles, a gigante da informática poderia usar seu domínio no software de computadores pessoais para conseguir ficar forte neste setor emergente.
No mês passado, a Comissão Européia ordenou à Microsoft que desse uma versão européia de seu dominante sistema operacional Windows sem o programa Media Player, utilizado para reproduzir áudio e vídeos digitais.
Ed Black, da Associação da Indústria de Computadores e Comunicação, grupo comercial que é crítico feroz e concorrente da Microsoft, disse que a decisão da União Européia "evitará que a Microsoft controle a plataforma de transmissão e exerça um controle subseqüente nos conteúdos digitais".
Black afirmou que, por causa da convergência da tecnologia de computadores e do entretenimento nas residências, é importante manter a concorrência para evitar que a Microsoft "prenda" seus leitores de programas de vídeo e música a um padrão de fato.
Segundo ele, ao se pedir à indústria da música e do entretenimento de Hollywood que utilize os programas em formato Windows, permite-se que a Microsoft cobre um "imposto" sobre o conteúdo.
"Quando vivermos num mundo com nenhum outro concorrente nos leitores de mídia eletrônica (de música e vídeo) e uma demanda substancial de uma porção do mercado, então repentinamente o poder mudará", disse Black.
"Hollywood não terá outra escolha" a não ser trabalhar na plataforma de mídia que a Microsoft anteviu, o que permitirá que a empresa capte as tarifas de informação relevantes para codificar o conteúdo para o Windows."
O analista Michael Wolf, da empresa de pesquisas In-Sat, disse que a estratégia da Microsoft é "tornar-se um sócio indispensável da indústria do conteúdo", inclusive áudio e vídeo, jogos e outros conteúdos novos.
"Penso que as oportunidades da Microsoft de dominar esse mercado sem problemas são muito boas", disse Wolf. "Não vou especular se isto é bom ou mau para a indústria", acrescentou.
Um estudo da In-Sat prevê que 280 milhões de consumidores em todo o mundo serão capazes de produzir sua própria mídia, como filmes ou música, até 2008 e que as companhias que mais poderão se beneficiar com este mercado serão Microsoft, Intel e Disney.
Mas Joe Wilcox, da Jupiter Research, afirmou que ainda falta muito à Microsoft para dominar esta área, e apontou a RealNetworks como muito ativa nos "media players" e a Apple muito forte no setor da música on-line.
"De acordo com nossos dados, 70% dos consumidores dizem ter o Windows Media Player em seu PC principal, mas 60% dizem ter um produto da Real", disse Wilcox.
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