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19/05/2004
-
10h58
da Folha Online
Diretores executivos de algumas das maiores empresas dos Estados Unidos estão criticando a indústria de tecnologia, acusando as companhias de informática de vender programas vulneráveis a ataques de hackers e muito difíceis de serem usados com segurança.
As reclamações foram feitas pelo Business Roundtable, grupo formado por executivos das 150 maiores companhias dos Estados Unidos, e refletem a irritação das empresas com os altos gastos e problemas decorrentes de manter redes de computadores em segurança.
O grupo cita estimativas de bancos e seguradoras que indicam que as corporações gastam mais de US$ 1 bilhão por ano para manter seus computadores a salvo de vírus e outras ameaças digitais.
Mais fácil
Na campanha, que começou nesta quarta-feira, a Business Roundtable exige que as empresas de tecnologia melhorem a interação dos programas com os usuários, fazendo com que os aplicativos sejam mais fáceis de gerenciar.
As empresas querem ainda que as empresas de software continuem oferecendo suporte técnico para programas que deixaram de ser produzidos. Com isso, as corporações não serão obrigadas a atualizar seus softwares com freqüência --e gastar dinheiro para usar as últimas versões.
"Até agora, os fornecedores do mercado de tecnologia desviaram as críticas e redirecionaram as reclamações para os usuários finais", disse Marian Hopkins, diretora da força-tarefa de segurança do grupo. "É hora dessas empresas encararem a realidade."
Pressão
Paul Kurtz, um ex-funcionário do setor de segurança digital da Casa Branca, disse que a pressão do grupo --que conta com empresas como a Coca-Cola, Alcoa, Boeing e General Motors-- é importante. "Essas são empresas tradicionais reclamando da segurança dos programas", disse Kurtz, que hoje é diretor da Aliança da Indústria para a Cibersegurança.
Na avaliação de Kurtz, a segurança requer "das empresas produtos bem construídos, mas também exige boa manutenção por parte dos usuários". As críticas feitas pelo grupo das grandes corporações norte-americanas refletem as reclamações de grupos de defesa dos direitos do consumidor e de especialistas de segurança.
"Queremos desafiar a indústria de tecnologia a criar produtos que são mais fáceis de usar, onde a segurança é um componente padrão dos aplicativos", disse Hopkins. "Hoje em dia é preciso ter um funcionário com um diploma de tecnologia para administrar um computador", disse. "Isso não está certo."
Responsabilidade
Representantes da indústria de tecnologia rebateram as críticas, alegando que as desenvolvedoras de aplicativos estão investindo milhões de dólares para fazer produtos mais confiáveis e fáceis de usar.
"A segurança digital é responsabilidade de todos, incluindo os fabricantes, os usuários, empresas e agências governamentais", disse Greg Garcia da Associação da Tecnologia da Informação da América. "Todos precisamos trancar as portas de nossas casas [para não sermos assaltados] e colocar o cinto de segurança [antes de dirigir]. O mesmo vale para a segurança digital."
Com Associated Press
Especial
Segurança: defenda-se de vírus, hackers e espiões digitais
Executivos criticam indústria de TI e pedem softs mais seguros
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Diretores executivos de algumas das maiores empresas dos Estados Unidos estão criticando a indústria de tecnologia, acusando as companhias de informática de vender programas vulneráveis a ataques de hackers e muito difíceis de serem usados com segurança.
As reclamações foram feitas pelo Business Roundtable, grupo formado por executivos das 150 maiores companhias dos Estados Unidos, e refletem a irritação das empresas com os altos gastos e problemas decorrentes de manter redes de computadores em segurança.
O grupo cita estimativas de bancos e seguradoras que indicam que as corporações gastam mais de US$ 1 bilhão por ano para manter seus computadores a salvo de vírus e outras ameaças digitais.
Mais fácil
Na campanha, que começou nesta quarta-feira, a Business Roundtable exige que as empresas de tecnologia melhorem a interação dos programas com os usuários, fazendo com que os aplicativos sejam mais fáceis de gerenciar.
As empresas querem ainda que as empresas de software continuem oferecendo suporte técnico para programas que deixaram de ser produzidos. Com isso, as corporações não serão obrigadas a atualizar seus softwares com freqüência --e gastar dinheiro para usar as últimas versões.
"Até agora, os fornecedores do mercado de tecnologia desviaram as críticas e redirecionaram as reclamações para os usuários finais", disse Marian Hopkins, diretora da força-tarefa de segurança do grupo. "É hora dessas empresas encararem a realidade."
Pressão
Paul Kurtz, um ex-funcionário do setor de segurança digital da Casa Branca, disse que a pressão do grupo --que conta com empresas como a Coca-Cola, Alcoa, Boeing e General Motors-- é importante. "Essas são empresas tradicionais reclamando da segurança dos programas", disse Kurtz, que hoje é diretor da Aliança da Indústria para a Cibersegurança.
Na avaliação de Kurtz, a segurança requer "das empresas produtos bem construídos, mas também exige boa manutenção por parte dos usuários". As críticas feitas pelo grupo das grandes corporações norte-americanas refletem as reclamações de grupos de defesa dos direitos do consumidor e de especialistas de segurança.
"Queremos desafiar a indústria de tecnologia a criar produtos que são mais fáceis de usar, onde a segurança é um componente padrão dos aplicativos", disse Hopkins. "Hoje em dia é preciso ter um funcionário com um diploma de tecnologia para administrar um computador", disse. "Isso não está certo."
Responsabilidade
Representantes da indústria de tecnologia rebateram as críticas, alegando que as desenvolvedoras de aplicativos estão investindo milhões de dólares para fazer produtos mais confiáveis e fáceis de usar.
"A segurança digital é responsabilidade de todos, incluindo os fabricantes, os usuários, empresas e agências governamentais", disse Greg Garcia da Associação da Tecnologia da Informação da América. "Todos precisamos trancar as portas de nossas casas [para não sermos assaltados] e colocar o cinto de segurança [antes de dirigir]. O mesmo vale para a segurança digital."
Com Associated Press
Especial
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