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06/10/2004 - 14h21

Novo Morpheus usa terceira geração de redes P2P

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da Folha Online

A StreamCast Networks lançou nesta quarta-feira uma nova versão do Morpheus --aplicativo para a troca de arquivos pela internet-- que promete facilitar a vida de quem procura músicas e filmes raros na web, além de reforçar as redes P2P (peer-to-peer).

A nova versão do programa agora usa uma rede P2P de terceira geração chamada Neonet. A tecnologia foi escrita por dois ex-estudantes da Universidade de Harvard e permite localizar arquivos --até mesmo os mais difíceis de encontrar-- com mais eficiência.

Além disso, o novo Morpheus permite realizar buscas em várias redes P2P simultaneamente: Kazaa, Gnutella, iMesh, Grokster, eDonkey, G2, Limewire, entre outras.

Tecnologia similar à do Morpheus é usada pelo eDonkey, que deve superar o Kazaa e em breve se tornar o programa para a troca de arquivos mais usado da internet.

"A tecnologia peer-to-peer de hoje ainda é boa o suficiente", disse Michael Weiss, diretor executivo da StreamCast. "As pessoas perguntam se é mesmo necessária uma outra rede de troca de arquivos e nós acreditamos que sim", disse ele ao site "CNET News.com" (news.com.com).

Terceira geração

O lançamento do novo Morpheus, junto com o crescimento do número de usuários do eDonkey, marca a ascensão da terceira geração das redes de compartilhamento de arquivos.

A cada geração, os programadores criam redes mais descentralizadas. O objetivo é impedir que as redes sejam fechadas por problemas técnicos ou legais --como aconteceu com o Napster, programa pioneiro para a troca de arquivos na web.

Napster

O Napster permitia que os internautas trocassem arquivos por meio de uma rede centralizada, que tinha um banco de dados de todas as músicas armazenadas nos computadores dos usuários.

Quando alguém pesquisava por uma música, o aplicativo mandava uma mensagem para um servidor, que procurava no banco de dados pelos arquivos relacionados. Uma vez que os arquivos eram encontrados, o internauta recebia uma relação, que podia ser copiada.

Apesar de eficiente, o método usado foi considerado ilegal nos Estados Unidos e a empresa responsável pelo aplicativo, fechada.

Descentralização

O fim do Napster levou ao surgimento de redes mais descentralizadas, como Kazaa e Gnutella. Por não terem servidores centralizados, essas redes são mais difíceis de controlar, e a Justiça dos EUA considerou que os donos das redes não podem ser responsabilizados pelo que os internautas fazem na rede.

O mecanismo usado para encontrar arquivos dessas redes, porém, é menos eficiente. As buscas são passadas de computador para computador até que os arquivos sejam localizados.

Mas, caso uma pesquisa viajasse por todos os PCs conectados às redes como Kazaa e Gnutella, levaria muito tempo até que os internautas recebessem o resultado da busca. A saída foi limitar o tamanho da "viagem": uma pesquisa alcança apenas uma parte dos computadores ligados às redes.

Guias

Mas o sistema usado por programas como o eDonkey e o novo Morpheus é bem mais descentralizado. Basicamente, a rede cria vários registros com dados sobre todos os arquivos disponíveis. Depois, ela espalha essa informação por todos os micros conectados a ela.

Com isso, as buscas viajam para um computador que tem algumas informações sobre o arquivo que se tenta encontrar. Esse micro serve como um guia e indica outro PC que pode ter a música procurada.

Os criadores da rede, porém, garantem que basta viajar por três ou quatro micros para localizar os arquivos, não importa quão raros eles sejam.

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