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27/10/2004 - 10h22

Rede acadêmica, Internet2 bate recorde de rapidez

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da Folha de S.Paulo

Criada em 1996, a Internet2 (www.internet2.edu), rede paralela mantida por universidades e instituições de pesquisa, está muito na frente da rede convencional.

No começo de setembro, uma equipe de cientistas usou a Internet2 para quebrar o recorde mundial de velocidade --transmitiu dados a aproximadamente 6,6 Gbps. Essa taxa, que permite baixar um filme de duas horas em menos de um segundo, é bem superior ao recorde obtido na internet pública (4,3 Gbps, num teste realizado pelo governo sueco).

Tanta velocidade pode parecer exagero, mas não é. Projetos científicos geram enorme quantidade de dados --um acelerador de partículas que está sendo construído na Suíça, por exemplo, deve produzir 15 petabytes (quatrilhões de bytes) por ano.

O núcleo da Internet2 está numa rede menor, a Abilene (abilene.internet2.edu), que interliga universidades dos EUA, mas o teste de velocidade transpôs uma distância intercontinental: conectou uma universidade na Califórnia ao centro suíço CERN --que foi, aliás, berço da world wide web, interface gráfica da internet, em 1991.

A USP tem conexão à Internet2, mas ela é subutilizada. Como os sistemas da universidade não possuem os requisitos técnicos para acessar a rede ultra-rápida, o acesso fica concentrado em um departamento, o Centro de Computação e Eletrônica. A USP pretende concluir uma atualização no primeiro semestre de 2005.

Todos os Estados brasileiros são interligados por uma outra rede rápida, a RNP2 (www.rnp2.br), que foi criada pelo governo.

Para entrar na Internet2, as instituições acadêmicas devem pagar uma taxa anual de US$ 27 mil, mas o tráfego de dados é liberado. Uma das aplicações mais interessantes foi criada pela Manhattan School of Music (www.msmnyc.edu/special/video), que dá aulas de música pela rede.

Experiência

Outra proposta para aperfeiçoar a internet comum é o Planet Lab, um projeto que visa a sobreposição da rede mundial de computadores. Criado em 2002 por um consórcio de empresas liderado pela Intel, o Planet Lab é usado atualmente em caráter experimental por cerca de 150 universidades e laboratórios corporativos, incluindo a Universidade Federal de Minas Gerais, que tem dois pontos de conexão a essa rede.

Segundo documentos divulgados pela Universidade de Princeton, nos EUA, o Planet Lab baseia-se na criação de uma nova camada de rede que usaria a atual estrutura da internet como meio de comunicação --de forma semelhante à que a internet atual usa a rede telefônica.

Dessa forma, as redes virtuais interligadas compartilham os recursos das máquinas conectadas e proporcionam uma navegação mais rápida.

Esse tipo de benefício já vem sendo obtido pela universidade Carnegie Mellon, nos EUA, que usa a rede para exibição de conteúdo em áudio e vídeo em streaming (sem download prévio).

Para saber mais sobre a nova rede, acesse a seção de dúvidas do site oficial do Planet Lab, em www.planet-lab.org/FAQ. Nesse endereço, há instruções para empresas e instituições de ensino interessadas em instalar pontos de acesso à rede. O uso doméstico ainda não está autorizado pelos desenvolvedores do projeto.

A também mantém uma página com detalhes sobre o Planet Lab no endereço www.intel.com/research/exploratory/planetlab.htm.

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