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25/12/2004 - 09h02

Compras virtuais aumentam 42% no Natal de 2004

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MARCELO BILLI
da Folha de S.Paulo

As compras virtuais cresceram 42% neste Natal em relação ao mesmo período de 2003, estima pesquisa da E-Consulting que, junto com a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, calcula todos os meses o VOL (Índice de Varejo On-line).

O aumento é menor do que o crescimento no ano de 2003, quando o mundo virtual engordou 62%, mas ocorre em relação a uma base de comparação bem maior. As vendas efetuadas por meio da internet correspondem agora a 3,6% do varejo total, contra 2,75% de 2003. Ou seja, a participação aumentou 30% num ano.

Neste ano, revelam varejistas do mundo virtual, aumentou tanto o número de pessoas que compram na rede como o valor médio gasto pelos internautas que já faziam compras por meio de sites.

No mês de dezembro, o volume de vendas deve alcançar R$ 970 milhões, valor 42% maior do que o atingido no mesmo período do ano passado. Na comparação com o ano passado, 2004 deve registrar crescimento comparável, em torno de 40%, e chegar à casa dos R$ 7,1 bilhões.

Em dezembro deste ano, mais da metade das vendas foram feitas pelo setor automotivo. As montadoras e revendedoras de veículos responderam por 56% do total de vendas, ou cerca de R$ 543 milhões.

Os bens de consumo --de eletrodomésticos a CDs e livros-- respondem por outros 26,4%, ou R$ 257 milhões. Os outros 17,6% do total ficam com o setor de turismo, que faturou R$ 170 milhões neste final de ano.

2005 melhor

No mundo virtual --como no real--, as expectativas em relação a 2005 são positivas. Cid Torquato, diretor-executivo da Câmara, estima que o número de compradores, no final de 2005, seja de 8 milhões de pessoas, o dobro dos 4 milhões atuais.

O setor conseguiu crescer em todos os últimos cinco anos, ou seja, desde que começou a tomar corpo no Brasil. Por enquanto, cresce se infiltrando nas classes de renda mais alta --a renda média dos compradores é de R$ 3.900.

Nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil, onde o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) realiza as pesquisas de emprego mensalmente, o rendimento médio dos trabalhadores foi de R$ 904 em novembro.

Um reflexo da "elitização" da internet, ou pelo menos do comércio pela internet no Brasil: em algumas lojas virtuais que são de propriedade de varejistas tradicionais, como Pão de Açúcar e Lojas Americanas, o tíquete médio chega a ser 20 vezes maior do que o dos pontos-de-venda físicos.

Daniel Domeneghetti, diretor da E-Consulting, arrisca uma previsão para que o varejo on-line torne-se uma atividade de massa no Brasil. Ele avalia que a disseminação demorará oito anos, período em que a internet, e a disposição de comprar por ela, chegaria às classes de renda intermediárias. "Além de cultural, a questão é macroeconômica, de acesso a crédito, a computadores", avalia.

Existe uma parcela da população que, mesmo lidando diariamente com a rede, ainda tem receio de comprar. O principal motivo é o medo de ter o número de cartão de crédito clonado.

Receio infundado, diz Armando Marchesan, diretor de operações do Submarino. "Apenas um em cada dez problemas com cartão de crédito ocorre no mundo virtual."

Medo em baixa

Ainda que o receio ainda exista, Marchesan avalia que ele está diminuindo. Primeiro, à medida que aumenta a penetração do comércio on-line, os exemplos de pessoas que compram servem como estímulo aos demais. Segundo, quem arrisca a primeira vez e não tem problemas acaba aumentando a freqüência de compras.

A experiência de quem compra pela rede, pelo menos nos sites mais conhecidos, diz Marchesan, é positiva. Ele diz que, como em qualquer operação, real ou virtual, podem ocorrer falhas, mas que sua proporção em relação ao número total de pedidos é muito pequena.

"É claro que ninguém é perfeito. Mas em mais de 99% dos pedidos tudo ocorre como o planejado. Em alguns períodos, o índice é de 99,7%, ou seja, a proporção de falhas é ínfima", diz ele.

"Isso é um problema enorme para o 1% que enfrentou algum problema. Em centenas de milhares de pedidos menos de 1% é muita gente. Nós trabalhamos continuamente para que as falhas ocorram cada vez menos", continua o executivo.

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