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21/01/2005
-
09h21
ADRIANA CHAVES
da Folha de S.Paulo
Cerca de 1 milhão de CDs falsificados começaram a ser destruídos ontem no estádio do Maracanã, na maior operação do tipo realizada no Estado do Rio de Janeiro. As unidades, que incluem ainda DVDs e fitas de vídeo VHS, correspondem a apreensões feitas em todo o Estado desde 2001.
O material foi avaliado em R$ 15 milhões pela Secretaria da Segurança Pública do Rio. Parte dele foi triturada ontem por três máquinas. O restante seria enviado a São Paulo, onde outros 7 milhões de CDs estão armazenados em um depósito, à espera de autorização judicial para destruição.
Após a trituração, os CDs serão reciclados pela empresa Plasnói Comércio de Plásticos e Indústria, responsável por repassar o valor do material reaproveitado a instituições de caridade.
"As rodovias são a principal porta de entrada desses CD falsificados. Antes, o material vinha principalmente do Paraguai e da China, mas, com a tecnologia de hoje, há laboratórios no Rio fazendo pirataria. O CD entra virgem, e as cópias são feitas dentro do próprio Estado", disse Marco Aurélio Ribeiro, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial.
De acordo com a APBD (Associação Brasileira de Produtores de Disco), a participação da pirataria musical de CDs no mercado fonográfico do país passou de 3%, em 1997, para 52%, em 2003. São movimentados US$ 137 milhões, com a venda de 74 milhões de unidades falsificadas.
Só no ano passado, de acordo com a APDIF (Associação Protetora dos Direitos Intelectuais Fonográficos), foram apreendidos 17,5 milhões de CDs piratas no país, gravados e virgens. São Paulo lidera o ranking, com 12,3 milhões de unidades, seguido por Paraná, com 3,3 milhões, e Rio de Janeiro, com 594 mil. As ações resultaram ainda na apreensão de 8.238 drives de gravação e na prisão de 149 pessoas.
As gravadoras reclamam de que a pirataria reduziu pela metade os postos de trabalho no segmento desde 1997 e o quadro de artistas contratados nos últimos cinco anos. As falsificações aparecem como justificativa ainda para a redução de mais de 27% de lançamentos de produtos de artistas nacionais em 2003. A estimativa de perda com arrecadação de impostos ultrapassa os R$ 500 milhões anuais.
No caso dos softwares, os fabricantes acreditam que o país perca em torno de R$ 6 bilhões com a pirataria --R$ 4 bilhões com a arrecadação de impostos.
"Hoje, 61% do mercado acaba adquirindo softwares piratas. A maioria dos regularizados é importada, e as taxas e o preço do dólar encarecem o produto", afirmou Carolina L. Marzano, do departamento de atividades antipirataria da Abes (Associação Brasileira das Empresas de Softwares) e da ESA (Entertainment Software Association).
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da Folha de S.Paulo
Cerca de 1 milhão de CDs falsificados começaram a ser destruídos ontem no estádio do Maracanã, na maior operação do tipo realizada no Estado do Rio de Janeiro. As unidades, que incluem ainda DVDs e fitas de vídeo VHS, correspondem a apreensões feitas em todo o Estado desde 2001.
O material foi avaliado em R$ 15 milhões pela Secretaria da Segurança Pública do Rio. Parte dele foi triturada ontem por três máquinas. O restante seria enviado a São Paulo, onde outros 7 milhões de CDs estão armazenados em um depósito, à espera de autorização judicial para destruição.
Após a trituração, os CDs serão reciclados pela empresa Plasnói Comércio de Plásticos e Indústria, responsável por repassar o valor do material reaproveitado a instituições de caridade.
"As rodovias são a principal porta de entrada desses CD falsificados. Antes, o material vinha principalmente do Paraguai e da China, mas, com a tecnologia de hoje, há laboratórios no Rio fazendo pirataria. O CD entra virgem, e as cópias são feitas dentro do próprio Estado", disse Marco Aurélio Ribeiro, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial.
De acordo com a APBD (Associação Brasileira de Produtores de Disco), a participação da pirataria musical de CDs no mercado fonográfico do país passou de 3%, em 1997, para 52%, em 2003. São movimentados US$ 137 milhões, com a venda de 74 milhões de unidades falsificadas.
Só no ano passado, de acordo com a APDIF (Associação Protetora dos Direitos Intelectuais Fonográficos), foram apreendidos 17,5 milhões de CDs piratas no país, gravados e virgens. São Paulo lidera o ranking, com 12,3 milhões de unidades, seguido por Paraná, com 3,3 milhões, e Rio de Janeiro, com 594 mil. As ações resultaram ainda na apreensão de 8.238 drives de gravação e na prisão de 149 pessoas.
As gravadoras reclamam de que a pirataria reduziu pela metade os postos de trabalho no segmento desde 1997 e o quadro de artistas contratados nos últimos cinco anos. As falsificações aparecem como justificativa ainda para a redução de mais de 27% de lançamentos de produtos de artistas nacionais em 2003. A estimativa de perda com arrecadação de impostos ultrapassa os R$ 500 milhões anuais.
No caso dos softwares, os fabricantes acreditam que o país perca em torno de R$ 6 bilhões com a pirataria --R$ 4 bilhões com a arrecadação de impostos.
"Hoje, 61% do mercado acaba adquirindo softwares piratas. A maioria dos regularizados é importada, e as taxas e o preço do dólar encarecem o produto", afirmou Carolina L. Marzano, do departamento de atividades antipirataria da Abes (Associação Brasileira das Empresas de Softwares) e da ESA (Entertainment Software Association).
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