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24/01/2005 - 09h55

Vírus criado por brasileiro pode espalhar-se entre celulares

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JULIANA CARPANEZ
da Folha Online

O brasileiro Marcos Velasco, 32, ganhou manchetes no noticiário internacional por sua criação: um vírus que ele chama de Velasco. A praga que infecta telefones celulares recebeu outros nomes de empresas de segurança. Para algumas é Lasco.A, outras o conhecem como Vlasco.A ou, simplesmente, Lasco.

"Nós achamos que ele é perigoso, pois disponibilizou na internet um código malicioso para telefones móveis que pode afetar muitos usuários", disse Mikko Hypponen, diretor da empresa finlandesa de segurança F-Secure, ao "The New York Times".

"Eu não publico os programas para causar pânico, eu faço isso para espalhar conhecimento", disse à Folha Online o programador que mora em Volta Redonda, no Rio de Janeiro. "Sempre gostei de estudar vírus e acho que, na internet, há poucas informações técnicas sobre o assunto".

O código criado pelo brasileiro utiliza a tecnologia Bluetooth para propagar-se. A infecção pode acontecer quando dois usuários de aparelhos com esse sistema de transmissão de dados se cruzam na rua --para isso, a tecnologia que possibilita a transferência deve estar ativada e o usuário precisa aceitar o arquivo desconhecido.

Apesar da fácil propagação, esse não é um vírus perigoso, pois não rouba dados ou desinstala programas. Seu objetivo é ser transmitido para outro aparelho, utilizando uma técnica que seu criador chama de "prova de conceito".

Para propagar-se, o vírus usa o sistema operacional Symbian, adotado por gigantes do setor, como Nokia, Ericsson e Samsung. "Escolhi o Symbiam porque meu celular tem essa tecnologia, mas eu ainda penso em criar algo para o Windows Mobile", afirmou Velasco.

O programador acredita que seu código pode ser eventualmente usado por piratas --pessoas mal intencionadas que poderiam obter informações arquivadas no celular ou remover aplicativos, por exemplo.

"Essa questão é parecida com a das armas de fogo: tem o lado ruim e o lado bom. Elas podem matar pessoas, mas também são utilizadas nas olimpíadas, em competições de tiro."

Empresas de segurança de diversas partes do mundo classificaram a praga como uma de risco baixo. Sua existência, no entanto, aponta uma tendência que preocupa especialistas da área, que é o crescimento do número de vírus voltados para telefones celulares e outros equipamentos móveis.

O sistema que remove a praga está disponível em diversos sites, inclusive no do programador.

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