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03/04/2005 - 08h21

Ultracompacto, Mac mini atrai pelo design

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BRUNO GARATTONI
da Folha de S.Paulo

Como os demais produtos da Apple, o computador Mac mini chama a atenção pela aparência. Ele é muito pequeno --mede 16,5x5,2x16,5 cm, ou 1.415 cm3. Para ter uma idéia do que isso significa, considere que um desktop tradicional, como o computador Itautec InfoWay Business, é 16 vezes maior (tem 35x15,5x42 cm, ou seja, 22.785 cm3).

O Mac mini não é o primeiro computador ultracompacto, mas é o que tem melhor acabamento. Seu revestimento de plástico branco lhe dá o aspecto, quando visto de cima, de um bloco de marfim, e o drive óptico, do tipo slot loading (sem bandeja, como os toca-CDs automotivos), compõe a estética do painel frontal de alumínio.

Vale lembrar que a fonte de alimentação do Mac mini, que tem mais ou menos o tamanho de um tijolo (6,5x4x16,5 cm), é externa, ou seja, é preciso escondê-la sob a mesa para não estragar o décor.

Apesar da miniaturização, a máquina tem recursos respeitáveis. A Apple oferece duas versões. A básica traz processador G4 de 1,25 GHz e 256 Mbytes de memória RAM.

Seus pontos fracos são o disco rígido --com 37,13 Gbytes, ele é pequeno para os padrões atuais-- e o drive óptico, que grava CDs, mas não DVDs (só os toca). A versão topo de linha contorna esses problemas, pois possui, além de um chip de 1,42 GHz, gravador de DVDs e disco rígido de 80 Gbytes.

Há poucos conectores. Como o Mac mini tem apenas duas portas USB e só aceita teclado e mouse desse padrão, o usuário é forçado a adquirir um hub (multiplicador de portas) caso queira conectar periféricos básicos, como impressora ou máquina fotográfica.

Além disso, a máquina não tem entrada para microfone analógico, o que dificulta seu uso com programas de telefonia via internet, como o popular Skype. Por outro lado, o Mac mini já vem com entrada FireWire (para uma filmadora ou disco rígido externo), plugues de rede --Ethernet e modem-- e saída para fones de ouvido.

Opcionais essenciais

O computador vem sem monitor, mouse e teclado. A conexão dos dois primeiros é trivial, mas a configuração do teclado impõe uma dificuldade. Por padrão, o sistema operacional Mac OS X não aceita teclados do tipo ABNT-2, o mais usado no Brasil. A adaptação a um teclado de PC é um pouco estranha --a tecla Windows assume as funções da Control--, mas não insuportável.

Se você não quiser se preocupar com isso, pode adquirir um teclado da própria Apple. Ele é bem mais caro --enquanto bons teclados para PC custam menos de R$ 100, o modelo mais simples oferecido pela Apple sai por R$ 460. Ele não usa o padrão ABNT-2, o que dificulta a digitação, mas possui duas portas USB (o que pode dispensar, ou ao menos adiar, a aquisição de um hub).

Custo-benefício

Além de possuir design elegante, o Mac mini oferece potência mais do que suficiente para o usuário comum. Sua baixa capacidade de expansão (não é possível instalar placas internas nem atualizar a aceleradora de vídeo) é perfeitamente tolerável, mas o preço, destacado pela Apple como uma das principais qualidades da máquina, deve ser encarado com ressalvas.

O mini é o Macintosh mais barato, mas sua relação custo-benefício é notavelmente inferior à de um PC. Sem teclado, mouse nem monitor, a versão mais simples custa R$ 2.890, e a mais sofisticada sai por R$ 3.390.

Com R$ 3.000, dá para comprar um PC com processador Pentium de 2,4 GHz, 512 Mbytes de memória, disco de 120 Gbytes, monitor de 17 polegadas, combo drive, teclado, mouse e sistema Windows XP e ainda sobram R$ 250.

Como seu chip é relativamente antigo, o Mac mini não é ideal para tarefas complexas, como edição profissional de fotos ou vídeos longos. Apesar disso, a máquina se saiu bem em situações básicas.

Isso se deve a duas características. A placa de vídeo embutida, que é uma Radeon 9200 --ultrapassada, mas com fôlego suficiente para acelerar os efeitos gráficos do sistema Mac OS X--, e a quantidade de memória, que no micro testado era de 512 Mbytes (esse upgrade custa R$ 226,36).

O software fornecido não inclui um pacote de escritório atualizado. O usuário recebe o Apple Works 6, que prescinde de um gerador de apresentações e é bastante inferior ao recém-lançado iWork --que custa R$ 260 e pode ser comprado e instalado à parte.

Alternativa

No Brasil, pelo menos um fabricante, além da Apple, já oferece um PC ultracompacto. É a empresa HyperData, cujo Power Pack 478 se assemelha bastante, inclusive em tamanho --15x6x15 cm--, ao Mac mini.

Ele tem hardware similar ao do concorrente, com gravador de CDs e DVDs e disco rígido de 80 Gbytes, mas é superior no processador (um Pentium 4 de 2,8 GHz). Sua desvantagem está na placa de vídeo, a fraca SiS 650.

No segmento de máquinas compactas, os modelos mais comuns são os chamados barebones, que têm dimensões um pouco maiores que as de uma caixa de sapatos e são vendidos desmontados (sem processador, memória, drive óptico e disco rígido).

A vantagem dos barebones é que eles aceitam expansões e usam os mesmos componentes dos PCs comuns. Além disso, alguns modelos têm funções multimídia. Veja exemplos em us.shuttle.com e www.aopen.com.

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