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30/05/2005
-
13h43
BIANCA KESTENBAUM BANAI
Colaboração para a Folha Online, em Tel Aviv
Grandes empresas israelenses, entre elas companhias de TV à cabo e telefonia celular, podem ter sido vítimas de um esquema de espionagem virtual. O roubo de informações teria sido feito via infecção dos sistemas com um cavalo de tróia.
Segundo a polícia local, o esquema envolveria um casal israelense residente em Londres. Os dois suspeitos foram detidos na semana passada, nessa cidade, com a colaboração da Interpol, investigadores particulares e pelo menos 20 empresas privadas.
Cerca de 18 pessoas, entre eles empresários e detetives de três agências, foram detidas para prestar esclarecimentos sobre o caso. O processo criminal poderá definir esse como o maior esquema de espionagem industrial já realizado no país.
As investigações vêm sendo realizadas há alguns meses, mas só agora fontes oficiais divulgaram as informações para a imprensa.
Concorrência
Segundo o processo judicial, grandes empresas teriam contratado agências particulares de espionagem para instalar programas maliciosos nos sistemas dos concorrentes. Desta forma, elas teriam acesso a informações sigilosas, como lançamentos de produtos, campanhas publicitárias, novas tecnologias, relatórios financeiros e também editais de concorrência.
Entre as acusadas está a empresa de televisão por satélite YES, que teria espionado a televisão à cabo HOT. As companhias de telefonia celular Cellcom e Pelephone, por sua vez, teriam obtido informações da Orange, enquanto a Volvo é acusada de espionar a Volkswagen. A Amdocs, também investigada, teria se infiltrado no sistema do jornal financeiro "Globes".
A companhia de telefone Bezeq, uma das maiores estatais do país, anunciou ter sido vítima do código que permite o roubo de informações. Neste caso, ela protagoniza dois papéis. Além de ser vítima, a empresa também é acusada de espionar indiretamente outras empresas. Isso porque a Bezeq tem ações na YES e na Pelephone. As ações da estatal tiveram uma queda de 2,8% na Bolsa de Valores de Tel Aviv, com a divulgação do caso.
Literatura
As investigações tiveram início após uma denúncia feita pelo escritor Amnon Jacont. Ele e sua esposa, a psicóloga e radialista Varda Jacont, denunciaram à polícia que estavam sendo espionados via computador doméstico.
O casal alegou que trechos de um novo livro foram publicados na internet antes mesmo de sua conclusão.
Logo após o lançamento do título, um internauta escreveu uma crítica na internet e a assinou com a senha do micro do escritor. Segundo Amnon, essa combinação foi trocada inúmeras vezes devido à suspeita de invasão em seus arquivos.
O acusado de ter cometido o crime é o israelense Michael Efrati e sua esposa, Ruth Efrati. Ele, um profissional da área de informática e ex-genro de Amnon, teria desenvolvido o código malicioso capaz de roubar informações arquivadas. Após instalar e testar o programa no computador do ex-sogro, Efrati vendeu sua criação para empresas de investigação particular.
Cavalo de tróia
Segundo os investigadores, o código é classificado como um cavalo de tróia. Geralmente, esse tipo de programa chega às vítimas via e-mails que parecem ser confiáveis. Ao instalar o programa sugerido, no entanto, a máquina é infectada.
Os resultados da instalação de um cavalo de tróia --também conhecido como trojan-- podem variar. Alguns deles deletam arquivos, enquanto outros roubam informações. Os trojans também permitem que piratas virtuais controlem o micro infectado remotamente.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre vírus
Empresas teriam usado cavalo de tróia para espionar concorrentes em Israel
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Colaboração para a Folha Online, em Tel Aviv
Grandes empresas israelenses, entre elas companhias de TV à cabo e telefonia celular, podem ter sido vítimas de um esquema de espionagem virtual. O roubo de informações teria sido feito via infecção dos sistemas com um cavalo de tróia.
Segundo a polícia local, o esquema envolveria um casal israelense residente em Londres. Os dois suspeitos foram detidos na semana passada, nessa cidade, com a colaboração da Interpol, investigadores particulares e pelo menos 20 empresas privadas.
Cerca de 18 pessoas, entre eles empresários e detetives de três agências, foram detidas para prestar esclarecimentos sobre o caso. O processo criminal poderá definir esse como o maior esquema de espionagem industrial já realizado no país.
As investigações vêm sendo realizadas há alguns meses, mas só agora fontes oficiais divulgaram as informações para a imprensa.
Concorrência
Segundo o processo judicial, grandes empresas teriam contratado agências particulares de espionagem para instalar programas maliciosos nos sistemas dos concorrentes. Desta forma, elas teriam acesso a informações sigilosas, como lançamentos de produtos, campanhas publicitárias, novas tecnologias, relatórios financeiros e também editais de concorrência.
Entre as acusadas está a empresa de televisão por satélite YES, que teria espionado a televisão à cabo HOT. As companhias de telefonia celular Cellcom e Pelephone, por sua vez, teriam obtido informações da Orange, enquanto a Volvo é acusada de espionar a Volkswagen. A Amdocs, também investigada, teria se infiltrado no sistema do jornal financeiro "Globes".
A companhia de telefone Bezeq, uma das maiores estatais do país, anunciou ter sido vítima do código que permite o roubo de informações. Neste caso, ela protagoniza dois papéis. Além de ser vítima, a empresa também é acusada de espionar indiretamente outras empresas. Isso porque a Bezeq tem ações na YES e na Pelephone. As ações da estatal tiveram uma queda de 2,8% na Bolsa de Valores de Tel Aviv, com a divulgação do caso.
Literatura
As investigações tiveram início após uma denúncia feita pelo escritor Amnon Jacont. Ele e sua esposa, a psicóloga e radialista Varda Jacont, denunciaram à polícia que estavam sendo espionados via computador doméstico.
O casal alegou que trechos de um novo livro foram publicados na internet antes mesmo de sua conclusão.
Logo após o lançamento do título, um internauta escreveu uma crítica na internet e a assinou com a senha do micro do escritor. Segundo Amnon, essa combinação foi trocada inúmeras vezes devido à suspeita de invasão em seus arquivos.
O acusado de ter cometido o crime é o israelense Michael Efrati e sua esposa, Ruth Efrati. Ele, um profissional da área de informática e ex-genro de Amnon, teria desenvolvido o código malicioso capaz de roubar informações arquivadas. Após instalar e testar o programa no computador do ex-sogro, Efrati vendeu sua criação para empresas de investigação particular.
Cavalo de tróia
Segundo os investigadores, o código é classificado como um cavalo de tróia. Geralmente, esse tipo de programa chega às vítimas via e-mails que parecem ser confiáveis. Ao instalar o programa sugerido, no entanto, a máquina é infectada.
Os resultados da instalação de um cavalo de tróia --também conhecido como trojan-- podem variar. Alguns deles deletam arquivos, enquanto outros roubam informações. Os trojans também permitem que piratas virtuais controlem o micro infectado remotamente.
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