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09/07/2005 - 19h46

Microsoft aposta em educação contra pirataria na América Latina

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NATALIA MARTÍN CANTERO
da EFE, em Mineápolis (EUA)

A pirataria de software na América Latina deve ser solucionada com mais educação em vez de confrontos, segundo a multinacional Microsoft, que reconhece que a campanha anterior para acabar com esse problema foi "um desastre".

Após anos de crise, a gigante da informática é otimista com relação ao futuro da tecnologia na região, e antecipa um crescimento homogêneo na área --com algumas exceções, como a Bolívia-- de 5% a 7%.

Essa tranqüilidade parece ter chegado também a Mineápolis, no estado americano de Minnesota, onde a Microsoft realiza neste fim de semana sua conferência mundial de parceiros.

Mais de 400 companhias compareceram à conferência representando a América Latina, um contingente que surpreendeu até os próprios executivos da corporação.

Hernán Rincón, um dos vice-presidentes da Microsoft e líder de vendas na América Latina, destacou com otimismo o fato de que novamente se esteja falando da tecnologia como fator de crescimento das empresas.

"Temos oportunidades muito boas, como no Caribe ou no Brasil, onde ocorreu um investimento contínuo", disse Rincón.

Assim como outros fabricantes, a Microsoft enfrenta o problema da pirataria para expandir seu negócio na região. Para solucioná-lo, Rincón aposta num modelo menos "agressivo" e com base na educação.

"Na América Latina não existe o conceito de que o software tem um valor", disse Rincón, que classificou de desastrosa a campanha anterior da empresa contra a pirataria.

O executivo ressaltou a necessidade de empreender uma campanha na América Latina para que seja avaliada a propriedade intelectual e sejam criados incentivos para o desenvolvimento da indústria local.

Rincón citou como exemplo o Uruguai, que apesar de ser um dos menores países da América Latina ganha milhões de dólares com suas exportações de programas de informática.

"Todas as empresas locais preferem trabalhar com parceiros também locais. Haveria um grande potencial se pudessem se dar auto-suporte (técnico)", acrescentou Rincón.

Com relação aos softwares de código aberto, Rincón mencionou estudos que mostram que, a médio prazo, a Microsoft é mais barata do que outras opções, como o Linux.

"A função dos governos não é desenvolver e manter um software. Achamos que os governos devem ter neutralidade tecnológica e deixar que o mercado decida", ressaltou Rincón.

Esse fórum é o lugar ideal para convencer os 6.500 parceiros e mais de 3.500 empregados, analistas e jornalistas que participam do encontro, de que o Windows é a melhor opção para seus negócios.

O principal obstáculo para a Microsoft está no setor das pequenas e médias empresas, onde outros gigantes da indústria informática, como a Oracle ou a IBM, estão renovando esforços para acabar com a onipresença do Windows, dirigindo-se especificamente a seus pontos fracos, como a falta de segurança ou os contínuos atrasos no lançamento de aplicativos.

Esse é o caso do esperado sistema operacional Longhorn, a próxima edição do Windows, que o fundador da companhia, Bill Gates, já prometeu há alguns anos.

Os executivos da Microsoft confirmaram ontem seus planos para lançar o Longhorn no final de 2006.

A Microsoft informou que planeja oferecer uma versão de teste do esperado software para seus clientes corporativos ainda este ano, embora essa edição não incluirá todos seus componentes.

Steve Ballmer, presidente-executivo da empresa, encerrará o encontro no domingo no Centro de Convenções de Mineápolis. A conferência é uma boa oportunidade para que os parceiros conheçam em que áreas a empresa se concentrará no futuro.
 

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