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10/09/2005
-
17h56
da France Presse, em Dubai
Quatro anos depois dos atentados de 11 de setembro, a rede terrorista Al Qaeda, privada agora de seu refúgio afegão e perseguida no mundo inteiro, transformou a internet em uma espécie de novo "quartel-general" para desenvolver "a guerra santa midiática".
"Muçulmanos do mundo inteiro, uni-vos na FMIM [Frente Midiática Islâmica Mundial]. Formai as brigadas da guerra santa midiática para quebrar o controle sionista dos meios de comunicação e aterrorizar o inimigo", diz "Saladino II", nome de guerra do autor do texto publicado pela FMIM.
O grupo funciona como uma espécie de vitrine da comunidade virtual, criada sob a sombra da Al Qaeda.
"A Frente é uma nova base de informação islâmica na internet. Nosso objetivo é denunciar o inimigo sionista. A Frente não pertence a ninguém; pertence a todos os muçulmanos. Não tem limites geográficos. Todos os especialistas das novas tecnologias da informação e comunicação são chamados a se unir a nós", convoca o internauta "Ahmed Al Watheq Billah".
A FMIM substituiu a "Frente Mundial de Combate aos Judeus e Cristãos", criada em 1988, no Afeganistão, pelo líder da Al Qaeda, Osama bin Laden.
O grupo virtual já difundiu mais de 350 documentos, inclusive filmes sobre as operações no Iraque, na Arábia Saudita, no Afeganistão e em outros pontos do planeta.
Esta semana, a Frente colocou na internet um filme de seis minutos em cinco seqüências, intitulado "Bloody Comedy", que tinha como objetivo "denunciar os soldados americanos, inimigos de Alá".
Uma das seqüências mostra um veículo Humvee destruído por um poderoso artefato explosivo no Iraque e, em seguida, um jornalista da Fox News anunciando: "dois soldados americanos ficaram feridos no acidente. Seus ferimentos não são graves e eles voltaram ao trabalho após serem curados."
A rede oferece, ainda, uma abundante literatura destinada à iniciação no combate de guerrilha urbana, no uso do fuzil automático Kalachnikov e dos lança-foguetes RPG. Também é possível aprender na internet como preparar explosivos --isso favorece o surgimento de terroristas solitários, sem vínculos com a Al Qaeda ou grupo semelhante.
"Sob a pressão da 'guerra contra o terrorismo', a Al Qaeda não dispõe mais de espaços livres para se reunir e se organizar, nem de campos para treinamento. No entanto, o grupo criou um novo quartel-general na internet para semear o medo em seus adversários e reforçar suas tropas", afirmou Yasser Al Sirri, diretor do Observatório Islâmico, em Londres.
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"Muçulmanos do mundo inteiro, uni-vos na FMIM [Frente Midiática Islâmica Mundial]. Formai as brigadas da guerra santa midiática para quebrar o controle sionista dos meios de comunicação e aterrorizar o inimigo", diz "Saladino II", nome de guerra do autor do texto publicado pela FMIM.
O grupo funciona como uma espécie de vitrine da comunidade virtual, criada sob a sombra da Al Qaeda.
"A Frente é uma nova base de informação islâmica na internet. Nosso objetivo é denunciar o inimigo sionista. A Frente não pertence a ninguém; pertence a todos os muçulmanos. Não tem limites geográficos. Todos os especialistas das novas tecnologias da informação e comunicação são chamados a se unir a nós", convoca o internauta "Ahmed Al Watheq Billah".
A FMIM substituiu a "Frente Mundial de Combate aos Judeus e Cristãos", criada em 1988, no Afeganistão, pelo líder da Al Qaeda, Osama bin Laden.
O grupo virtual já difundiu mais de 350 documentos, inclusive filmes sobre as operações no Iraque, na Arábia Saudita, no Afeganistão e em outros pontos do planeta.
Esta semana, a Frente colocou na internet um filme de seis minutos em cinco seqüências, intitulado "Bloody Comedy", que tinha como objetivo "denunciar os soldados americanos, inimigos de Alá".
Uma das seqüências mostra um veículo Humvee destruído por um poderoso artefato explosivo no Iraque e, em seguida, um jornalista da Fox News anunciando: "dois soldados americanos ficaram feridos no acidente. Seus ferimentos não são graves e eles voltaram ao trabalho após serem curados."
A rede oferece, ainda, uma abundante literatura destinada à iniciação no combate de guerrilha urbana, no uso do fuzil automático Kalachnikov e dos lança-foguetes RPG. Também é possível aprender na internet como preparar explosivos --isso favorece o surgimento de terroristas solitários, sem vínculos com a Al Qaeda ou grupo semelhante.
"Sob a pressão da 'guerra contra o terrorismo', a Al Qaeda não dispõe mais de espaços livres para se reunir e se organizar, nem de campos para treinamento. No entanto, o grupo criou um novo quartel-general na internet para semear o medo em seus adversários e reforçar suas tropas", afirmou Yasser Al Sirri, diretor do Observatório Islâmico, em Londres.
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