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28/10/2005 - 19h26

Negroponte defende laptop de US$ 100

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JULIANA CARPANEZ
da Folha Online

O idealizador do projeto "um computador por criança", Nicholas Negroponte, fez uma apresentação nesta sexta-feira em São Paulo para vender a idéia do laptop de US$ 100. Negroponte afirmou estar interessado em países como o Brasil, que tem uma imensa população de excluídos digitais para viabilizar o projeto, que depende de produção em altíssima escala. Além do Brasil, Negroponte está de olho em países como China, Egito, Nigéria e Tailândia.

O projeto é encampado pela organização não-governamental OLPC (One Laptop Per Child, ou um laptop por criança), ligada ao MIT, que desenvolve uma máquina portátil, que seria comprada pelos governos e distribuídas a escolas públicas de diversas nações.

Durante a apresentação, o pesquisador do MIT disse que as cinco empresas envolvidas neste programa conseguiram produzir, até agora, o protótipo de uma máquina de US$ 130. Em cerca de 40 dias, afirmou, o micro popular deve chegar ao preço desejado.

Já se sabe que ela terá um processador de 500 MHz da AMD, memória flash, software livre e tecnologia Wi-Fi (para acesso sem fio à internet). Uma das características do computador é permitir que os estudantes o carreguem utilizando o adaptador AC como alça. Além disso, uma espécie de manivela poderá fornecer energia em caso de falta de eletricidade --cada minuto de movimento manual garante dez minutos de funcionamento.

"Conversamos com alguns fabricantes de telas e eles nos disseram que não havia interesse em vender produtos tão baratos. Quando falamos na quantidade de laptops produzidos, a historia mudou."

O projeto contagia governos e pesquisadores, mas ainda não se sabe, por exemplo, onde esses micros serão produzidos, como estão as negociações com os governos e quais nações realmente vão participar.

Além da produção em alta escala, Negroponte afirma que a viabilidade do preço pode ser explicada pelo conceito que envolve o projeto. "Como a máquina faz parte de um programa sem fins lucrativos, não vamos considerar marketing, distribuição e lucro. Com isso, reduzimos o valor em pelo menos 50%", diz.

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