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14/11/2005 - 16h51

Brasil vai a Olimpíadas de jogos eletrônicos na Ásia

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IGOR RIBEIRO
Colaboração para a Folha de S.Paulo

São mais de 700 finalistas de 59 países, disputando oito modalidades em cinco dias de jogos. Parecem números de Olimpíadas. E são. Trata-se do 5º World Cyber Games, a maior competição de jogos eletrônicos do mundo, tida como "as olimpíadas dos games", que acontece em Cingapura a partir de quarta-feira, dia 16, até domingo, 20. O Brasil participa com a maior delegação desde sua estréia nos jogos, em 2003, com 15 ciberatletas, que disputarão seis modalidades.

Giovanni Lucas Magri, 14, de Guaxupé (MG), vai competir no jogo "Need for Speed - Underground 2". Giovanni, que estréia no WCG neste ano, foi o segundo colocado da etapa brasileira, que aconteceu em Belo Horizonte em setembro e contou com 154 jogadores de todo o país, selecionados entre mais de 7.000 inscritos. "É a primeira vez que viajo para o exterior", conta. "Como tenho treinado bastante, estou com uma boa expectativa."

Bernardo Souza Rodrigues, 15, é de Juiz de Fora (MG) e vai competir em "WarCraft 3 - The Frozen Throne". O restante tem entre 18 e 22 anos. O mais "velho" é o mato-grossense Carlos Leonardo Cruz, 23, que compete também no "WarCraft".

Não foi só o tabu da idade que se quebrou. Pela primeira vez, duas meninas participaram de uma final nacional: Janaina de Lima Silva e Priscila Lameira dos Santos. Elas competiram entre 14 garotos na modalidade "Need for Speed". Não chegaram a qualificar-se para a final mundial, mas a gaúcha Priscila, 19, ficou em quinto lugar e ganhou, de suas vítimas masculinas, o apelido de "a loirinha mais rápida do Brasil". "Foi ótimo participar e poder incentivar as meninas a competir", diz Priscila, que está na auto-escola e jura não fazer na vida real o que faz na tela do jogo. "Correr e capotar, só no PC mesmo." Ela conta que, nas férias, chegou a treinar 12 horas para poder competir no WCG e que vai voltar à carga para o ano que vem, cuja final mundial será em Roma. "Nós temos tanto potencial quanto os garotos, é só uma questão de treino", diz.

Treinos

Treino, aliás, é palavra constante no cotidiano da galera que participa de competições de games. A sessão de fotos na qual foram feitas as imagens que ilustram esta reportagem, por exemplo, foram feitas durante um dos dias de treinamento da equipe paulista de "Counter-Strike - Source" G3X. "Ainda não tem muita equipe com essa nova versão do game para a gente jogar contra, então temos que nos dedicar muito com o que resta", diz Bruno Fagundes Ono, 18, integrante da G3X.

Roger Kendi Gimenes, 19, vai disputar as finais de "StarCraft - Brood War" e tem se exercitado em média quatro horas por dia. "Como acabei de voltar da CPL, diminuí um pouco o ritmo", diz Roger, sobre a Cyberathlete Professional League, outra competição internacional importante que teve etapa no Chile em outubro, na qual sagrou-se campeão e faturou US$ 2.500.

É o típico exemplo que derruba aquela velha tese de que videogame é coisa de criança. Atualmente há centenas de campeonatos profissionais, alguns com bons prêmios para os primeiros colocados, e começa a se formar uma estrutura de apoio e patrocínios aos ciberatletas.

No ano passado, o Brasil trouxe duas medalhas, prata no "Fifa Soccer" e bronze em "Need for Speed".

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