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02/01/2006 - 13h37

Governo da China inaugura seu site oficial

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da Efe, em Pequim

O governo da China, país com uma forte censura contra a internet, inaugurou neste domingo seu primeiro site oficial, no qual oferece informação sobre política, legislação, economia, cultura e atualidade.

A página (www.gov.cn) começou a operar de forma experimental em primeiro de outubro, mas seu lançamento oficial foi à meia-noite do primeiro dia de 2006, momento no qual além disso começou a oferecer serviços em inglês.

Além de dar informação sobre o enorme e às vezes complicado aparelho governamental chinês, a página pela primeira vez permite acessar de um só lugar a todas as webs de ministérios e governos provinciais chineses, ou inclusive as do Partido Comunista da China ou do influente Escritório Nacional de Estatísticas.

Nela se pode consultar a Constituição nacional, quais são os oito partidos não comunistas, ou inclusive informação prática para estrangeiros, como programas para estudar chinês mandarim no país, oportunidades de negócio ou os trâmites necessários caso se queira casar com um cidadão chinês.

Além disso, uma base de dados recolhe mais de 700 leis nacionais para sua consulta. A web oferece a informação em inglês, chinês simplificado e chinês tradicional (este último utilizado em Taiwan, Hong Kong, Macau e muitas comunidades chinesas de ultramar).

Chama a atenção o fato de a seção de informação não estar atualizada, recolhendo dados e estatísticas de 2003, e que na sessão de esportes se reconheça que as mulheres chinesas são melhores concorrentes que os homens "internacionalmente falando".

Uma das principais novidades é a classificação das notícias por "líderes", assim se pode conhecer as últimas atividades do presidente Hu Jintao, do primeiro-ministro Wen Jiabao e de outros sete altos membros.

Censura

A nova web é uma mostra da tímida abertura de Pequim em direção à internet, um meio de comunicação que, devido à liberdade que oferece, desperta o receio dos líderes chineses, que tentam bloquear a aparição na rede nacional de informações contrárias aos interesses governamentais.

A China, o segundo país do mundo em número de internautas (mais de 100 milhões) é também a nação com mais pessoas na prisão por publicar artigos "molestos" para o Governo na Internet (mais de 60, segundo a Repórteres Sem Fronteiras).

Diariamente, a censura chinesa, apoiada por tecnologias da Microsoft, do Yahoo e de outras multinacionais do setor, bloqueia o acesso a páginas web de grupos de direitos humanos, ou outras críticas com Pequim.

Nos últimos meses, Pequim lançou um duro ataque contra páginas nas quais se fomenta a participação dos internautas, desde a enciclopédia livre Wikipedia, até o servidor de blogs Blogspot ou os fóruns de discussão.

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