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07/01/2006 - 16h01

Piratas concentram foco no roubo de informações

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JULIANA CARPANEZ
da Folha Online

Nada de apagar arquivos, travar programas ou alterar dados. Um estudo global da empresa britânica de segurança Sophos mostra que o foco dos piratas virtuais está cada vez mais voltado para o roubo de informações --o objetivo final destas ações são os ganhos financeiros. Em 2005, os programas que repassam dados de micros infectados a pessoas mal-intencionadas (pragas conhecidas como cavalos de tróia) responderam por 62% das infecções.

No Brasil, o padrão se mantém, segundo dados do Cert.br (Centro de Estudos, Respostas e Tratamentos de Incidentes de Segurança no Brasil), um dos braços do Comitê Gestor da Internet no Brasil.

Em 2005, as tentativas de fraudes virtuais no país aumentaram 579% em relação ao ano anterior. No ano passado, quando o centro recebeu 68 mil notificações sobre incidentes, 27.292 (ou 40%) referiam-se a tentativas de fraudes virtuais. Já em 2004, elas responderam por apenas 4.015 dos 75.722 problemas reportados (5,3% do total).

A alta está ligada à expansão do "campo de trabalho" dos piratas virtuais. Nunca houve tantos computadores conectados à internet, e a existência de novatos na rede --sem os programas de proteção necessários-- representa uma ótima oportunidade para quem está mal-intencionado.

A popular banda larga, utilizada por mais da metade dos internautas residenciais brasileiros, também pode prejudicar os usuários. Como eles passam mais tempo on-line quando têm acesso rápido, o tempo para ações criminosas aumenta consideravelmente.

Fronteiras

Com a migração dos crimes para o ambiente virtual, o mundo inteiro teve de acompanhar esta onda e criar grupos especiais para a investigação de crimes de informática. Entre as organizações brasileiras para este fim estão a Delegacia de Delitos e Meios Eletrônicos do Deic (Departamento de Investigação sobre Crime Organizado), em São Paulo, e a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática da Polícia Civil, no Rio de Janeiro.

Além das dificuldades que envolvem investigações do universo off-line, os profissionais que combatem o crime virtual ainda têm de lidar com a falta de fronteiras proporcionada pela internet. Por isso, uma das principais armas contra o problema é a troca constante de informações entre organizações e países.

Os usuários também devem fazer sua parte e denunciar ataques e golpes virtuais, para que as autoridades e organizações tenham mais chance de identificar os responsáveis pelas ações. Muitas das investigações do Deic, por exemplo, têm início a partir de denúncias feitas via e-mail (4dpdig.deic@policiacivil.sp.gov.br).

Já o Cert.br --que recebe notificações pelo endereço cert@cert.br-- informa as empresas de segurança sobre a existência de códigos maliciosos ainda desconhecidos. Desta forma, estas companhias podem reagir rapidamente, atualizando programas e protegendo seus clientes contra as pragas. Também com base nas denúncias, o grupo trabalha para tirar do ar os sites utilizados em fraudes virtuais.

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