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24/05/2006
-
09h02
ADRIANA MATTOS
da Folha de S.Paulo
Levantamento obtido pela Folha mostra que 62% das crianças e adolescentes entre 7 e 15 anos já têm telefone celular próprio. O estudo que inclui esse dado deverá será apresentado hoje ao mercado pela Cartoon Network, da rede norte-americana Time Warner.
Há 90,6 milhões de celulares no país (dado de abril) para uma população de 186 milhões de pessoas --o que resulta em cerca de 48% do total.
A pesquisa foi feita com 1.300 crianças no início de 2006. Participaram do levantamento aqueles que responderam às questões existentes no site do canal de TV. Constatou-se que 18% dos meninos e meninas usam o celular apenas para receber chamadas --não fazem ligações. Outros 43% fazem por dia de 1 a 3 chamadas telefônicas. Apenas 8% utilizam o aparelho para 10 ligações ou mais.
Como o aparelho passou a ser um presente dos pais para acompanhar os passos dos filhos, principalmente por razões de segurança, mais de 70% das ligações dessa turma são para a mãe. "Entre os mais velhos [de 13 a 15 anos], o percentual de ligações para amigos atinge 81%, enquanto para o público mais novo a taxa é de 39%", relata o levantamento.
Beatriz Alonso Varela, 13, estudante, faz parte dessa turma que fala pouco no aparelho. Ela pediu e ganhou há dois anos um celular Siemens da mãe, na categoria de pré-pago. Trocou por um Motorola recentemente, com direito a acessórios e capa protetora de bichinho. Gasta cerca de R$ 30 ao mês --dinheiro depositado pela mãe na conta do celular. "Todo mundo que eu conheço tem [celular]. Evito ligar toda hora. Só quando preciso, mesmo", diz ela, que é filha única.
Importante ressaltar que as informações retratam um grupo específico de público --aqueles com acesso à internet, de famílias com maior poder de renda e, logo, probabilidade elevada de ter em casa crianças com o aparelho.
Dados da consultoria americana International Communications Research mostram que 68% dos lares com internet nos EUA são habitados por famílias com mais de um celular.
No Brasil, não há dados a respeito. Estudo da FGV mostra que mais de 52% dos lares das classes A e B possuem celular.
Menos e-mail, mais jogos
Perfil de consumidores traçado pela pesquisa mostra ainda discrepâncias no comportamento de compra entre meninos e meninas. Entre as garotas ouvidas, de um total de 1.264 pessoas, 49% têm como atividade favorita no quarto a conversa ao telefone. No caso dos garotos, o grupo daqueles que se pendura no aparelho cai para 23%. Mas há outras diferenças nos hábitos.
Os jogos em computadores são a atividade escolhida para 46% das crianças e adolescentes do sexo masculino. Entre as meninas, a taxa atinge 34%, o que também não pode ser considerado número tão tímido.
O curioso é que, se as crianças usam o computador para jogos, não lançam tanto mão do recurso para navegar pela web ou enviar e-mails. Os dados mostram que 15% das meninas têm o hábito de entrar na rede para obter informações e 18% para enviar recados. No caso dos garotos, a taxa cai para 14% e 15%, respectivamente.
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De cada dez crianças entre 7 e 15 anos, seis têm celular
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da Folha de S.Paulo
Levantamento obtido pela Folha mostra que 62% das crianças e adolescentes entre 7 e 15 anos já têm telefone celular próprio. O estudo que inclui esse dado deverá será apresentado hoje ao mercado pela Cartoon Network, da rede norte-americana Time Warner.
Há 90,6 milhões de celulares no país (dado de abril) para uma população de 186 milhões de pessoas --o que resulta em cerca de 48% do total.
A pesquisa foi feita com 1.300 crianças no início de 2006. Participaram do levantamento aqueles que responderam às questões existentes no site do canal de TV. Constatou-se que 18% dos meninos e meninas usam o celular apenas para receber chamadas --não fazem ligações. Outros 43% fazem por dia de 1 a 3 chamadas telefônicas. Apenas 8% utilizam o aparelho para 10 ligações ou mais.
Como o aparelho passou a ser um presente dos pais para acompanhar os passos dos filhos, principalmente por razões de segurança, mais de 70% das ligações dessa turma são para a mãe. "Entre os mais velhos [de 13 a 15 anos], o percentual de ligações para amigos atinge 81%, enquanto para o público mais novo a taxa é de 39%", relata o levantamento.
Beatriz Alonso Varela, 13, estudante, faz parte dessa turma que fala pouco no aparelho. Ela pediu e ganhou há dois anos um celular Siemens da mãe, na categoria de pré-pago. Trocou por um Motorola recentemente, com direito a acessórios e capa protetora de bichinho. Gasta cerca de R$ 30 ao mês --dinheiro depositado pela mãe na conta do celular. "Todo mundo que eu conheço tem [celular]. Evito ligar toda hora. Só quando preciso, mesmo", diz ela, que é filha única.
Importante ressaltar que as informações retratam um grupo específico de público --aqueles com acesso à internet, de famílias com maior poder de renda e, logo, probabilidade elevada de ter em casa crianças com o aparelho.
Dados da consultoria americana International Communications Research mostram que 68% dos lares com internet nos EUA são habitados por famílias com mais de um celular.
No Brasil, não há dados a respeito. Estudo da FGV mostra que mais de 52% dos lares das classes A e B possuem celular.
Menos e-mail, mais jogos
Perfil de consumidores traçado pela pesquisa mostra ainda discrepâncias no comportamento de compra entre meninos e meninas. Entre as garotas ouvidas, de um total de 1.264 pessoas, 49% têm como atividade favorita no quarto a conversa ao telefone. No caso dos garotos, o grupo daqueles que se pendura no aparelho cai para 23%. Mas há outras diferenças nos hábitos.
Os jogos em computadores são a atividade escolhida para 46% das crianças e adolescentes do sexo masculino. Entre as meninas, a taxa atinge 34%, o que também não pode ser considerado número tão tímido.
O curioso é que, se as crianças usam o computador para jogos, não lançam tanto mão do recurso para navegar pela web ou enviar e-mails. Os dados mostram que 15% das meninas têm o hábito de entrar na rede para obter informações e 18% para enviar recados. No caso dos garotos, a taxa cai para 14% e 15%, respectivamente.
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