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07/06/2006
-
02h07
da Efe, em Pequim
Pequim voltou a censurar o Google, a ferramenta de busca na internet mais popular do mundo, agora com a conivência da própria empresa americana, denunciou nesta terça-feira (6) a organização RSF (Repórteres Sem Fronteiras).
O site está bloqueado desde antes do 17º aniversário do Massacre de Praça da Paz Celestial, comemorado no final de semana passado. Só a versão chinesa (Google.cn), que não contém informações "delicadas" para Pequim, continua operacional.
"Já se esperava que o Google.com fosse gradualmente deixado de lado, depois do lançamento da versão censurada, em janeiro", destacou o comunicado da RSF, enviado à Efe.
A RSF condena "o atual nível de filtragem de conteúdo da internet na China, sem precedentes", que afeta o Google e centenas de sites, desde a ferramenta para blogs Technorati à enciclopédia livre Wikipedia.
Os usuários da internet tinham notado problemas para usar o Google há várias semanas. Mas a censura só foi confirmada agora, quando a RSF comprovou que a maioria das Províncias chinesas enfrenta o mesmo problema.
Yahoo
A censura do governo chinês --que os internautas chineses chamam de "Babá"-- ameaça o Yahoo! também. O acesso ao portal mais visitado do mundo é cada vez mais difícil, pelo menos em algumas zonas de Pequim.
O correio eletrônico do Google (GMail) também está censurado. Nos últimos meses surgiram problemas para usar as contas de correio do Yahoo! e da Microsoft (Hotmail). Os internautas chineses e os estrangeiros que vivem na China enfrentam cada vez mais dificuldades para superar a "Grande Firewall" chinesa.
Os 111 milhões de internautas chineses utilizam truques (como conexões "proxy") para burlar a censura, mas o governo de Pequim faz de tudo para estar um passo à frente. Para aumentar a censura, utiliza um software de alta tecnologia, que, segundo a RSF e outras organizações, é produzido por multinacionais como a Microsoft e a Cisco Systems, entre outras.
A China argumenta que seu ferrenho controle da rede tem como objetivo proteger os jovens chineses de conteúdos violentos e pornográficos. Porém, as ferramentas de busca chinesas autorizadas (Baidu, por exemplo) dão acesso a estes tipos de sites, muito menos censurados que os de conteúdo político.
Além disso, o governo também bloqueia e desbloqueia páginas sem aviso prévio e sem esclarecer seus motivos.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a censura chinesa à internet
Governo chinês volta a censurar o Google
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Pequim voltou a censurar o Google, a ferramenta de busca na internet mais popular do mundo, agora com a conivência da própria empresa americana, denunciou nesta terça-feira (6) a organização RSF (Repórteres Sem Fronteiras).
O site está bloqueado desde antes do 17º aniversário do Massacre de Praça da Paz Celestial, comemorado no final de semana passado. Só a versão chinesa (Google.cn), que não contém informações "delicadas" para Pequim, continua operacional.
"Já se esperava que o Google.com fosse gradualmente deixado de lado, depois do lançamento da versão censurada, em janeiro", destacou o comunicado da RSF, enviado à Efe.
A RSF condena "o atual nível de filtragem de conteúdo da internet na China, sem precedentes", que afeta o Google e centenas de sites, desde a ferramenta para blogs Technorati à enciclopédia livre Wikipedia.
Os usuários da internet tinham notado problemas para usar o Google há várias semanas. Mas a censura só foi confirmada agora, quando a RSF comprovou que a maioria das Províncias chinesas enfrenta o mesmo problema.
Yahoo
A censura do governo chinês --que os internautas chineses chamam de "Babá"-- ameaça o Yahoo! também. O acesso ao portal mais visitado do mundo é cada vez mais difícil, pelo menos em algumas zonas de Pequim.
O correio eletrônico do Google (GMail) também está censurado. Nos últimos meses surgiram problemas para usar as contas de correio do Yahoo! e da Microsoft (Hotmail). Os internautas chineses e os estrangeiros que vivem na China enfrentam cada vez mais dificuldades para superar a "Grande Firewall" chinesa.
Os 111 milhões de internautas chineses utilizam truques (como conexões "proxy") para burlar a censura, mas o governo de Pequim faz de tudo para estar um passo à frente. Para aumentar a censura, utiliza um software de alta tecnologia, que, segundo a RSF e outras organizações, é produzido por multinacionais como a Microsoft e a Cisco Systems, entre outras.
A China argumenta que seu ferrenho controle da rede tem como objetivo proteger os jovens chineses de conteúdos violentos e pornográficos. Porém, as ferramentas de busca chinesas autorizadas (Baidu, por exemplo) dão acesso a estes tipos de sites, muito menos censurados que os de conteúdo político.
Além disso, o governo também bloqueia e desbloqueia páginas sem aviso prévio e sem esclarecer seus motivos.
Especial
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