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12/06/2006 - 09h01

Festival em Bruxelas premia curtas feitos no celular

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CRISTINA TARDÁGUILA FERREIRA
Colaboração para a Folha de S.Paulo

Transformar-se em um cineasta reconhecido e premiado está ficando cada vez mais simples e barato. Agora, quem tem uma boa idéia de roteiro na cabeça e um telefone celular com câmera embutida na mão pode chegar lá. Basta participar de competições como o "Mobile Film Festival", de Bruxelas, o primeiro festival belga de curtas gravados com o celular.

Desde o último dia 2, quando foi dada a largada desta curiosa competição, o site do evento (www.mobilefilmfestival.be) vem recebendo milhares de e-mails com produções de até um minuto de duração vindas de todos o mundo, sem tema preestabelecido.

O consultor de marketing belga Frederic Bonus-Plumridge, 38, um dos candidatos, concorrerá com dois curtas baseados numa mesma premissa: a de que o celular prolonga os sentidos humanos, criando verdadeiros super-heróis.

"No primeiro curta, vou lembrar como era a vida sem um celular e mostrar que já não somos ninguém sem ele. No segundo, apresentarei aplicações que o telefone pode vir a ter. Quero provar que, se hoje o telefone potencializa nossa audição e fala, em pouco tempo poderá potencializar também os outros sentidos", disse o belga.

"Tenho uma boa idéia na cabeça e vou contar com a ajuda de meus amigos e familiares para gravar os filmes. O problema é que não tenho um programa de edição em casa, e tudo tem de sair certinho de uma só vez", acrescentou, animado.

Até 22 de junho, data limite para as inscrições, os organizadores esperam receber cerca de 10 mil vídeos. Todos terão direito a concorrer a um dos quatro prêmios Mobile D'Or (celular de ouro), que serão entregues no dia 23 numa cerimônia no Cassino de Bruxelas.

O júri da competição, que conta com o apoio da Prefeitura de Bruxelas, da Mobistar, da Nokia, da Geomatics e da Fnac, será composto por três artistas da TV belga (Nathalie Uffner, Laurence Bibot e Frédéric Jannin), dois jornalistas (Jan De Ryck e Ben Roelants) e o presidente do Festival de Filmes Fantásticos da Bélgica, Georges Delmotte.

Eles, no entanto, não assistirão a todos os 10 mil minutos de vídeo que devem ser inscritos na competição. Uma equipe de 14 pessoas já começou a fazer uma pré-seleção para filtrar o que realmente tem chances de vencer em uma das quatro categorias da competição: melhor filme, melhor roteiro adaptado, roteiro mais inesperado e roteiro "mais louco". "Os jurados verão só uns 300 vídeos, ou seja, umas cinco horas de gravações. Não é tão ruim assim", disse o presidente da Geomatics, Alain van Gelderen, entre risos.

O público interessado em acompanhar o dia-a-dia da competição e em ser jurado poderá assistir às obras pela internet, no site do festival. Lá, será possível votar no trabalho mais interessante e ajudá-lo a ganhar o prêmio do público.

Os primeiros lugares de cada categoria levarão para casa, além da fama e do reconhecimento, um aparelho que custa cerca de 600 euros (R$ 1.400) no mercado europeu.

Van Gelderen está certo de que a competição terá um alto nível. "Acho que não haverá profissionais de cinema participando do festival, mas acredito que os concorrentes serão pessoas ligadas à tecnologia e à imagem, o que garantirá a qualidade das produções."

"Claro que estamos prontos para receber produções vindas do Brasil. Se elas forem boas, ganharão nossos prêmios", acrescentou o presidente da Geomatics, que já fala em organizar por aqui um festival semelhante ao belga. Então, luz, celular e ação, porque ainda dá tempo de mandar um vídeo.

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