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02/07/2006 - 10h55

Sites da web 2.0 podem ser atacados por pragas virtuais

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JULIANO BARRETO
da Folha de S.Paulo

Os veteranos em informática devem sentir saudades dos tempos em que os arquivos gravados em disquetes eram a única maneira de infectar o PC.

Na última semana, empresas especializadas descobriram falhas de segurança presentes em vários cantos da vida digital dos usuários. Sites de serviços, comunicadores, programas de troca de arquivos e até o Excel são portas para invasores e golpistas.

Entre as ameaças descobertas, a mais inovadora --e também a mais preocupante-- foi um verme virtual (worm) chamado JS.Yamanner. Ele atingiu usuários do serviço de e-mails do Yahoo!, um dos muitos sites que usam a técnica de programação Ajax (Asynchronous Javascript and XML).

Com seu código JavaScript escondido dentro de uma página com foto que era enviada por e-mail, a praga driblava os mecanismos de proteção do Yahoo! e enviava cópias de si mesma para os endereços da lista de contatos das vítimas.

Segundo a empresa de segurança Symantec, a nova versão do Yahoo! Mail já não é mais vulnerável aos códigos nocivos do Yamanner.
Na teoria, porém, o worm abriu precedente para que páginas populares da chamada web 2.0, como o Google Earth , o Gmail.com e o Flickr.com, fiquem expostas aos golpistas.

As conseqüências desses possíveis ataques podem ser graves, uma vez que a nova safra de serviços on-line armazena grandes quantidades de dados pessoais de seus usuários e pode funcionar em qualquer tipo de sistema operacional. Além disso, boa parte dessas páginas pedem senhas para funcionar e têm funções como copiar arquivos do PC para a internet.

Trote nipônico

No Japão, o programa para troca de arquivos Winny é o mais popular. Segundo estimativas do governo local, cerca de 600 mil pessoas compartilham fotos, vídeos e músicas por meio do software. Talvez por isso, o vírus Antinny, que já tem 46 variações, seja tão perigoso.

A praga usa a rede do Winny para se espalhar entre os usuários e sua meta é distribuir arquivos pessoais das vítimas sem que elas percebam.

Há registro de casos de funcionários de companhias aéreas, de policiais e de executivos de operadoras de telefonia que tiveram senhas e outros dados sigilosos expostos pelo Antinny. Até dirigentes do governo japonês viram suas informações sigilosas espalhadas pela rede de troca depois que funcionários tiveram suas máquinas infectadas por variantes do Antinny.

"O vírus é muito eficiente no roubo de informações do usuário e na publicação desses dados na internet", explica o especialista em computação da Tsukuba University, Kazuhiko Kato. "O que era supostamente secreto é espalhado na rede. Por essa razão, as pessoas se sentem tão afetadas", conclui.

Kato também diz que o mesmo princípio usado no código do Antinny pode ser adaptado para algumas das redes mais populares do mundo, como a Gnutella e a BitTorrent.

Com agências internacionais

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