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03/08/2006 - 13h08

Nova Délhi se torna capital mundial de reciclagem de eletrônicos

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da Ansa, em Nova Délhi

Nova Délhi está se tornando a capital mundial do reaproveitamento não controlado de aparelhos eletrônicos descartados. Segundo um estudo realizado pela ONG Toxic Link, a cada dia na capital indiana cerca de 900 computadores e 3.500 televisores jogados fora são desmontados completamente para que algumas partes reutilizáveis sejam recuperadas.

"A cidade de Nova Délhi sozinha recolhe cerca de 70% do lixo eletrônico gerado no mundo desenvolvido. Em termos de produção total interna ou trazida de fora para reaproveitamento, a capital indiana conta com 10 mil a 14 mil toneladas por ano", explica Ravi Agarwal, porta-voz da ONG. Ele acrescenta que "em 2012 serão mais de 20 mil toneladas anuais. A indústria de destruição e reciclagem emprega diretamente cerca de 15 mil pessoas".

Nessa contagem, porém, não estão incluídos os celulares, cujo mercado na Índia está em forte expansão. Os aparelhos certamente elevarão a quantidade de lixo eletrônico reutilizado.

Segundo o estudo, existiria uma verdadeira rede organizada para esse tipo de lixo no país. Os aparelhos descartados são adquiridos e importados de Mumbai e de Chennai para depois serem levados a Nova Délhi, onde são desmontados.

Falta de segurança

A capital indiana é um grande centro para o comércio de vidro e de plástico no leste asiático. Mas o reaproveitamento também traz muitos problemas, já que a desmontagem e a divisão das peças eletrônicas são feitas apenas segundo o critério da possível revenda, sem que se siga nenhum tipo de norma de segurança.

"Esses produtos possuem componentes que contém substâncias tóxicas como mercúrio, cromo, PVC e bário, entre elas algumas cancerígenas, como metais pesados. Essa mistura mortal pode provocar problemas em quem manipula os produtos sem precauções", destaca Agarwal.

O porta-voz diz ainda que "esse tipo de atividade está muito longe da verdadeira idéia de reciclagem. Para realizá-la de fato, seriam necessários muitos investimentos e meios apropriados, algo que se faria facilmente com o suporte das indústrias produtoras dos componentes eletrônicos, se entendessem que elas próprias teriam benefícios com a reciclagem".

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