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08/08/2006 - 12h37

TV digital japonesa se expande, mas ainda atrai minoria no país

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MAURÍCIO KANNO
FRANK HONDA
Colaboração para a Folha de S.Paulo

A TV digital ainda engatinha no Japão, pioneiro no desenvolvimento do sistema e fornecedor da tecnologia que será usada no modelo escolhido pelo Brasil. "Só a usa quem tem dinheiro, os ricos", diz a estudante Kaori Imanari, 23, da província de Yamanashi.

Até maio passado, segundo pesquisa da Associação das Indústrias de Eletrônicos e Tecnologias da Informação do Japão (Jeita), foram vendidos, ao todo, 11,22 milhões de aparelhos que recebem sinal digital. Como há 49,53 milhões de lares japoneses, segundo censo de 2005, apenas 22,65% deles, no máximo, têm a possibilidade de usufruir dessa tecnologia. De fato, em 2005, de acordo com dados da emissora estatal NHK, 20% das casas japonesas assistiam à transmissão de sua TV digital via satélite.

Avanço digital

O brasileiro Hiro Ogawa, 37, decasségui na província de Aichi, utiliza o serviço há um ano, mas diz que, no seu prédio inteiro, só ele tem TV digital.

Essa situação, porém, deve mudar, pois o preço dos aparelhos vem caindo rapidamente, chegando a uma média de 5.000 ienes por polegada --um decasségui pode conseguir, em um ano de trabalho, cerca de 1 milhão de ienes.

Além disso, ainda neste ano, praticamente todo o país deverá ter acesso ao sinal digital --até dezembro, a parte sul do Japão será beneficiada. Com isso, segundo dados do Ministério de Negócios Internos e Comunicação (Soumushoo), 37 milhões de famílias (79% do Japão) poderão receber imagens digitais. Em dezembro de 2004, eram 18 milhões de famílias.

A transmissão via satélite começou em dezembro de 2000 e atingia, em maio passado, para 13,72 milhões de domicílios. Quem deseja assistir a esse tipo de programação assina um contrato para pagar mensalmente uma pequena taxa para a NHK, além de um extra para a instalação.

Atualmente, sete canais transmitem o sinal digital, mas, no começo, só a NHK trabalhava com "hi-vision" --como é conhecida a tecnologia High Definition Television (HDTV), criada pela NHK. Até julho de 2011, todas as transmissões no país serão digitais.

Recursos

A maior diferença está na qualidade da imagem, que é comparável à do cinema. "Não tem chiadeira", conta Hiro Ogawa, referindo-se à ausência de interferência que pode ocorrer na transmissão analógica. Outros benefícios também são destacados por Hayato Fuji: "Eu vi a Copa em TV digital. Foi muito interessante, pois pude ver os dados de jogadores e de jogos passados". Também é possível acessar a programação e conhecer detalhes dos programas, como nomes dos artistas e sinopses.

Há a possibilidade de um acesso simultâneo, a qualquer momento, a informações como previsão do tempo e noticiário. O telespectador pode participar de programas ao vivo, respondendo a perguntas valendo prêmios, por exemplo. Para ter acesso ao serviço de dupla direção, é necessário haver uma conexão com a internet.

Outro caminho que começa a ser percorrido pela TV digital é a transmissão direta para celulares e outros receptores móveis, como em monitores automotivos.

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