Publicidade
Publicidade
26/09/2006
-
12h40
da Folha Online
A China aprovou a criação de uma rede utilizando um novo protocolo para internet (IP) alternativo aos atuais, entrando assim oficialmente na corrida da qual já participam países como os Estados Unidos e o Japão.
No último fim de semana, um painel de analistas governamentais e não-governamentais chineses aprovou a criação da Cernet2, com a qual a China pretende se colocar na liderança mundial do desenvolvimento de uma nova versão de IP.
De acordo com o jornal "China Daily", o governo chinês considera que hoje a internet não tem estrutura suficiente, tendo em vista o crescente aumento de internautas nos países mais povoados, e está excessivamente dominada por empresas dos Estados Unidos.
Cada computador conectado à web tem um número de identificação IP, que permite sua comunicação na rede, com o envio e recebimento de dados. A versão mais utilizada atualmente, IPv4, é capaz de fornecer 4,294 bilhões de números --o que não permitiria que, no futuro, cada pessoa tivesse pelo menos um número IP (a população mundial atual supera os 6,5 bilhões), algo que preocupa nações de grande população como a Índia ou a China, onde o uso da internet cresce rapidamente.
Alguns países, entre eles a China, os Estados Unidos, a Coréia do Sul e o Japão estão desenvolvendo, cada um por sua conta, uma nova versão de protocolo (IPv6) que admitiria a criação de números suficientes para atender o crescente aumento de usuários da internet.
As pesquisas nos Estados Unidos são desenvolvidas pelo Departamento de Defesa, enquanto Pequim as enquadra em um projeto chamado "Internet Chinesa da Próxima Geração".
Especialistas chineses citados pelo "China Daily" se queixaram que o IPv4 é "controlado pelos Estados Unidos", já que muitos dos aparatos que os computadores usam em relação a essa rede são produzidos majoritariamente por empresas americanas, como a Cisco Systems e a Juniper Networks.
Para fazer frente a esse quadro, o sistema Cernet2 é apoiado por empresas chinesas como a China Telecom, a Lenovo ou a China Mobile. O "China Daily" assinalou que essas companhias esperam lançar os primeiros aparatos para o IPv6 chinês antes do fim deste ano.
Por enquanto, a rede chinesa Cernet2 será testada em 25 universidades de 20 cidades chinesas, antes de sua possível extensão aos computadores de todo o país.
A China é o segundo país do mundo em número de internautas (123 milhões), atrás apenas dos EUA (160 milhões). O potencial de aumento do total de usuários chineses continua muito alto, devido à enorme população do país asiático (mais de 1,3 bilhão).
Com Efe
Leia mais
Dois terços dos blogs chineses estão inativos, revela estudo
China encerra 100 sites por desrespeito ao direito autoral
Governo chinês acusa internet de estimular crimes sexuais
Empresas de internet recebem críticas por cumplicidade com governo chinês
Especial
Leia o que já foi publicado sobre internet na China
China entra na corrida por novo protocolo para internet
Publicidade
A China aprovou a criação de uma rede utilizando um novo protocolo para internet (IP) alternativo aos atuais, entrando assim oficialmente na corrida da qual já participam países como os Estados Unidos e o Japão.
No último fim de semana, um painel de analistas governamentais e não-governamentais chineses aprovou a criação da Cernet2, com a qual a China pretende se colocar na liderança mundial do desenvolvimento de uma nova versão de IP.
De acordo com o jornal "China Daily", o governo chinês considera que hoje a internet não tem estrutura suficiente, tendo em vista o crescente aumento de internautas nos países mais povoados, e está excessivamente dominada por empresas dos Estados Unidos.
Cada computador conectado à web tem um número de identificação IP, que permite sua comunicação na rede, com o envio e recebimento de dados. A versão mais utilizada atualmente, IPv4, é capaz de fornecer 4,294 bilhões de números --o que não permitiria que, no futuro, cada pessoa tivesse pelo menos um número IP (a população mundial atual supera os 6,5 bilhões), algo que preocupa nações de grande população como a Índia ou a China, onde o uso da internet cresce rapidamente.
Alguns países, entre eles a China, os Estados Unidos, a Coréia do Sul e o Japão estão desenvolvendo, cada um por sua conta, uma nova versão de protocolo (IPv6) que admitiria a criação de números suficientes para atender o crescente aumento de usuários da internet.
As pesquisas nos Estados Unidos são desenvolvidas pelo Departamento de Defesa, enquanto Pequim as enquadra em um projeto chamado "Internet Chinesa da Próxima Geração".
Especialistas chineses citados pelo "China Daily" se queixaram que o IPv4 é "controlado pelos Estados Unidos", já que muitos dos aparatos que os computadores usam em relação a essa rede são produzidos majoritariamente por empresas americanas, como a Cisco Systems e a Juniper Networks.
Para fazer frente a esse quadro, o sistema Cernet2 é apoiado por empresas chinesas como a China Telecom, a Lenovo ou a China Mobile. O "China Daily" assinalou que essas companhias esperam lançar os primeiros aparatos para o IPv6 chinês antes do fim deste ano.
Por enquanto, a rede chinesa Cernet2 será testada em 25 universidades de 20 cidades chinesas, antes de sua possível extensão aos computadores de todo o país.
A China é o segundo país do mundo em número de internautas (123 milhões), atrás apenas dos EUA (160 milhões). O potencial de aumento do total de usuários chineses continua muito alto, devido à enorme população do país asiático (mais de 1,3 bilhão).
Com Efe
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Novo acelerador de partículas brasileiro deve ficar pronto até 2018
- Robôs que fazem sexo ficam mais reais e até já respondem a carícias
- Maratona hacker da ONU premia app que conecta médico a pacientes do SUS
- Confira lista de feeds do site da Folha
- Facebook e Google colaboram para combater notícias falsas na França
+ Comentadas