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06/10/2006
-
16h25
da Folha Online
Vídeos mostrando ataques insurgentes contra tropas americanas no Iraque, geralmente disponíveis em lojas de Bagdá e em sites islâmicos, migraram nos últimos meses para sites populares de vídeos na internet, como o YouTube e o Google Video, segundo reportagem publicada nesta sexta-feira no jornal americano "The New York Times".
Grande parte das gravações --que mostram atentados contra soldados e explosões de veículos militares americanos-- não foram divulgadas por insurgentes, mas por usuários da internet nos EUA e em outros países, que os disseminaram após serem publicados em sites islâmicos.
Desde a invasão americana do Iraque, em 2003, mais de 2.700 soldados americanos foram mortos no país. As cenas divulgadas mostram soldados americanos sendo derrubados por ataques rebeldes, e veículos blindados sendo atingidos por explosões de bombas.
Em alguns vídeos, as tropas não parecem ter ficado feridos com gravidade. Em uma das gravações, chamada "Sniper Hit" e postada no You Tube, um soldado dos EUA cai após ser atingido por um disparo, mas em seguida se levanta. Outros vídeos, no entanto, mostram soldados americanos caídos no chão ou sendo transportados em helicópteros.
Em um momento em que o governo de George W. Bush restringiu fotografias de militares no Iraque, e que o Pentágono tenta controlar vídeos de operações que chegam à mídia, a popularização dos vídeos na internet permite que americanos tenham acesso à ação no país.
Nas últimas semanas, o YouTube retirou dezenas de vídeos publicados em seus arquivos e suspendeu as contas de vários usuários, devido à reclamações de outros internautas. Mais de quarenta gravações de combates no Iraque achadas pelo "Times" no site foram removidas.
No entanto, muitas outras --algumas em árabe-- continuam à disposição no You Tube. Novos vídeos, alguns com os mesmos materiais deletados pelo site, são postados diariamente.
Al Qaeda
Russell K. Terry, um veterano da Guerra do Vietnã (1964-1975), que fundou a Organização dos Veteranos da Guerra do Iraque, afirmou que "não há como deter" a proliferação dos vídeos.
O porta-voz do Comando Central dos EUA, que supervisiona as tropas no Iraque, disse que o Exército está ciente do uso de sites populares na internet para a divulgação dos vídeos.
"Estamos cientes de que enfrentamos um inimigo adaptável, que utiliza a internet como força multiplicadora" , disse o major Matt McLaughlin ao "Times". A Al Qaeda utiliza a internet e a mídia para disseminar a impressão de que a rede tem mais força do que realmente tem", disse.
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Vídeos mostrando ataques insurgentes contra tropas americanas no Iraque, geralmente disponíveis em lojas de Bagdá e em sites islâmicos, migraram nos últimos meses para sites populares de vídeos na internet, como o YouTube e o Google Video, segundo reportagem publicada nesta sexta-feira no jornal americano "The New York Times".
Grande parte das gravações --que mostram atentados contra soldados e explosões de veículos militares americanos-- não foram divulgadas por insurgentes, mas por usuários da internet nos EUA e em outros países, que os disseminaram após serem publicados em sites islâmicos.
Desde a invasão americana do Iraque, em 2003, mais de 2.700 soldados americanos foram mortos no país. As cenas divulgadas mostram soldados americanos sendo derrubados por ataques rebeldes, e veículos blindados sendo atingidos por explosões de bombas.
Em alguns vídeos, as tropas não parecem ter ficado feridos com gravidade. Em uma das gravações, chamada "Sniper Hit" e postada no You Tube, um soldado dos EUA cai após ser atingido por um disparo, mas em seguida se levanta. Outros vídeos, no entanto, mostram soldados americanos caídos no chão ou sendo transportados em helicópteros.
Em um momento em que o governo de George W. Bush restringiu fotografias de militares no Iraque, e que o Pentágono tenta controlar vídeos de operações que chegam à mídia, a popularização dos vídeos na internet permite que americanos tenham acesso à ação no país.
Nas últimas semanas, o YouTube retirou dezenas de vídeos publicados em seus arquivos e suspendeu as contas de vários usuários, devido à reclamações de outros internautas. Mais de quarenta gravações de combates no Iraque achadas pelo "Times" no site foram removidas.
No entanto, muitas outras --algumas em árabe-- continuam à disposição no You Tube. Novos vídeos, alguns com os mesmos materiais deletados pelo site, são postados diariamente.
Al Qaeda
Russell K. Terry, um veterano da Guerra do Vietnã (1964-1975), que fundou a Organização dos Veteranos da Guerra do Iraque, afirmou que "não há como deter" a proliferação dos vídeos.
O porta-voz do Comando Central dos EUA, que supervisiona as tropas no Iraque, disse que o Exército está ciente do uso de sites populares na internet para a divulgação dos vídeos.
"Estamos cientes de que enfrentamos um inimigo adaptável, que utiliza a internet como força multiplicadora" , disse o major Matt McLaughlin ao "Times". A Al Qaeda utiliza a internet e a mídia para disseminar a impressão de que a rede tem mais força do que realmente tem", disse.
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