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16/11/2006
-
10h25
ADRIANA FERREIRA SILVA
da Folha de S.Paulo
Que os celulares tornaram-se um brinquedo que serve para ouvir música, trocar e-mail, ler notícias, fotografar, filmar, jogar e, claro, falar, é fato. Se esse conteúdo presta para alguma coisa, são outros quinhentos.
Pensando no que pode ser criado para circular nesses aparelhos, o Sesc Paulista promove hoje e amanhã o Mobilefest --3º Festival de Arte e Criatividade Móvel. O evento terá uma série de atividades, entre elas um seminário internacional que reunirá pensadores como a antropóloga Heather A. Horst e a artista Adriene Jenik, ambas dos Estados Unidos --a programação completa está no site www.mobilefest.com.br.
"O Mobilfest não é só um festival de arte", fala Marcelo Godoy, um dos organizadores. "O seminário irá abordar como a tecnologia móvel pode ser utilizada na educação, saúde e no terceiro setor. A idéia é como fazer um mundo melhor com o celular. Como ele pode ser útil para a sociedade."
Isso será discutido por experiências como as de Horst, por exemplo, que, em seu livro mais recente, "The Cell Phone: an Anthropology of Communication", explora o uso do telefone celular e da indústria de telefonia celular na área rural e urbana da Jamaica.
Números
"Há uma geração que não só consome, mas produz e distribui conteúdo", afirma Godoy. O sucesso dessa distribuição é medido em números: em 2005, o tráfego de mensagens MMS (fotos e vídeos) no Brasil foi de 10 milhões. Outra marca impressionante é a de ringtones, responsáveis por fenômenos como o hit "Crazy Frog", que rendeu cerca de R$ 56 mil a uma multinacional alemã.
Para incentivar os criadores locais, o Mobilefest faz um concurso que premiará trabalhos em categorias como fotojornalismo, poesia, música e games. "O Brasil tem a oportunidade de pegar a onda e estimular a produção de conteúdo para celular. Não podemos perder o bonde, como ocorreu no cinema", acredita Godoy.
Telinha
Para mostrar o que é possível fazer para ou com um aparelho de celular, além do blablablá, o festival terá uma exposição com obras da artista brasileira Giselle Beiguelman (leia texto ao lado) e uma instalação do grupo canadense Cityspace Citywide, que utiliza a tecnologia SMS (troca de mensagens).
Haverá também uma mostra de vídeos feitos com celulares, premiados nos festivais Mobilefest, do Canadá, e Telemig Art Mov, de Belo Horizonte.
Apesar de terem sido feitos para a telinha, os vídeos serão exibidos na telona de cinema. "Não teríamos celulares suficientes para passar de mão em mão", justifica Godoy.
MOBILEFEST
Quando: hoje e sex., das 13h às 22h
Onde: Sesc Paulista (av. Paulista, 119, Paraíso, tel. 3179-3700)
Quanto: de R$ 10 a R$ 20 (para o seminário)
Especial
Leia o que já foi publicado sobre vídeos em celulares
Festival discute conteúdo e arte para celulares
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da Folha de S.Paulo
Que os celulares tornaram-se um brinquedo que serve para ouvir música, trocar e-mail, ler notícias, fotografar, filmar, jogar e, claro, falar, é fato. Se esse conteúdo presta para alguma coisa, são outros quinhentos.
Giselle Beiguelman/Divulgação |
Fotomontagem feita com celular da obra "De Vez em Quando", da artista Giselle Beiguelman |
"O Mobilfest não é só um festival de arte", fala Marcelo Godoy, um dos organizadores. "O seminário irá abordar como a tecnologia móvel pode ser utilizada na educação, saúde e no terceiro setor. A idéia é como fazer um mundo melhor com o celular. Como ele pode ser útil para a sociedade."
Isso será discutido por experiências como as de Horst, por exemplo, que, em seu livro mais recente, "The Cell Phone: an Anthropology of Communication", explora o uso do telefone celular e da indústria de telefonia celular na área rural e urbana da Jamaica.
Números
"Há uma geração que não só consome, mas produz e distribui conteúdo", afirma Godoy. O sucesso dessa distribuição é medido em números: em 2005, o tráfego de mensagens MMS (fotos e vídeos) no Brasil foi de 10 milhões. Outra marca impressionante é a de ringtones, responsáveis por fenômenos como o hit "Crazy Frog", que rendeu cerca de R$ 56 mil a uma multinacional alemã.
Para incentivar os criadores locais, o Mobilefest faz um concurso que premiará trabalhos em categorias como fotojornalismo, poesia, música e games. "O Brasil tem a oportunidade de pegar a onda e estimular a produção de conteúdo para celular. Não podemos perder o bonde, como ocorreu no cinema", acredita Godoy.
Telinha
Para mostrar o que é possível fazer para ou com um aparelho de celular, além do blablablá, o festival terá uma exposição com obras da artista brasileira Giselle Beiguelman (leia texto ao lado) e uma instalação do grupo canadense Cityspace Citywide, que utiliza a tecnologia SMS (troca de mensagens).
Haverá também uma mostra de vídeos feitos com celulares, premiados nos festivais Mobilefest, do Canadá, e Telemig Art Mov, de Belo Horizonte.
Apesar de terem sido feitos para a telinha, os vídeos serão exibidos na telona de cinema. "Não teríamos celulares suficientes para passar de mão em mão", justifica Godoy.
MOBILEFEST
Quando: hoje e sex., das 13h às 22h
Onde: Sesc Paulista (av. Paulista, 119, Paraíso, tel. 3179-3700)
Quanto: de R$ 10 a R$ 20 (para o seminário)
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