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11/12/2006
-
17h33
da France Presse, em San Francisco
Um grupo de cientistas da prestigiada Universidade de Stanford (Califórnia, leste) descobriu que para 1 em cada 8 americanos o uso da internet está se tornando um problema.
Cerca de 14% dos usuários de internet nos Estados Unidos mostram indícios de ciberdependência. Acredita-se que esta seja a primeira amostragem em larga escala dos efeitos de uma exposição prolongada à rede mundial de computadores.
Dos entrevistados, 68,9% se descreveram como usuários regulares da internet. Quase 6% disseram sentir que suas relações sociais sofreram com o longo tempo que passam conectados à rede. Cerca de 14% consideraram difícil passar muitos dias sem se conectar à internet.
Cerca de 8,7% dos entrevistados tentam ocultar o uso desnecessário da internet, enquanto 3,7% disseram ficar preocupados quando não estão conectados.
Pouco mais de 9% disseram usar a internet como forma de fugir dos problemas e 12,4% afirmaram que quase sempre ficam conectados mais tempo do que pretendiam.
Segundo Elias Aboujaoude, professor assistente do departamento de Psiquiatria de Stanford, "muitos entrevistados foram demitidos do trabalho pelo uso excessivo da internet, e seus cônjuges ameaçaram pedir divórcio", acrescentou. "Primeiro, tentam justificar, e quando algo importante ocorre, eles percebem que um comportamento aparentemente inocente traz um monte de problemas", insistiu.
Aboujaoude advertiu que a ciberdependência poderia nascer de algo simples como checar e-mails a cada cinco minutos, atualizar blogs (diários publicados na internet) ou entrar em páginas de informações financeiras para ver o preço das ações.
A ciberdependência, que só tem sido tema de estudo recentemente, ainda não foi totalmente classificada como doença, disse Aboujaoude. Passar horas de solidão conectado na internet é um indicador de que existe uma desordem de comportamento, acrescentou o especialista.
"As pessoas podem se conectar [à internet] porque têm ansiedade ou muita dificuldade para interagir com as pessoas pessoalmente, passando horas on-line", reforçou. "O mesmo ocorre com as pessoas que estão deprimidas, considerando incômodo sair de casa, e tudo o que fazem é ficar dentro de casa e jogar na internet", assegurou.
A possibilidade de recriar personalidades em comunidades virtuais on-line também pode causar problemas. "Algumas vezes é difícil distinguir entre a vida virtual e a vida real", acrescentou Aboujaoude.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre mundo virtual
Um em cada 8 americanos enfrentam problemas com uso excessivo da web
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Um grupo de cientistas da prestigiada Universidade de Stanford (Califórnia, leste) descobriu que para 1 em cada 8 americanos o uso da internet está se tornando um problema.
Cerca de 14% dos usuários de internet nos Estados Unidos mostram indícios de ciberdependência. Acredita-se que esta seja a primeira amostragem em larga escala dos efeitos de uma exposição prolongada à rede mundial de computadores.
Dos entrevistados, 68,9% se descreveram como usuários regulares da internet. Quase 6% disseram sentir que suas relações sociais sofreram com o longo tempo que passam conectados à rede. Cerca de 14% consideraram difícil passar muitos dias sem se conectar à internet.
Cerca de 8,7% dos entrevistados tentam ocultar o uso desnecessário da internet, enquanto 3,7% disseram ficar preocupados quando não estão conectados.
Pouco mais de 9% disseram usar a internet como forma de fugir dos problemas e 12,4% afirmaram que quase sempre ficam conectados mais tempo do que pretendiam.
Segundo Elias Aboujaoude, professor assistente do departamento de Psiquiatria de Stanford, "muitos entrevistados foram demitidos do trabalho pelo uso excessivo da internet, e seus cônjuges ameaçaram pedir divórcio", acrescentou. "Primeiro, tentam justificar, e quando algo importante ocorre, eles percebem que um comportamento aparentemente inocente traz um monte de problemas", insistiu.
Aboujaoude advertiu que a ciberdependência poderia nascer de algo simples como checar e-mails a cada cinco minutos, atualizar blogs (diários publicados na internet) ou entrar em páginas de informações financeiras para ver o preço das ações.
A ciberdependência, que só tem sido tema de estudo recentemente, ainda não foi totalmente classificada como doença, disse Aboujaoude. Passar horas de solidão conectado na internet é um indicador de que existe uma desordem de comportamento, acrescentou o especialista.
"As pessoas podem se conectar [à internet] porque têm ansiedade ou muita dificuldade para interagir com as pessoas pessoalmente, passando horas on-line", reforçou. "O mesmo ocorre com as pessoas que estão deprimidas, considerando incômodo sair de casa, e tudo o que fazem é ficar dentro de casa e jogar na internet", assegurou.
A possibilidade de recriar personalidades em comunidades virtuais on-line também pode causar problemas. "Algumas vezes é difícil distinguir entre a vida virtual e a vida real", acrescentou Aboujaoude.
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