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02/01/2007 - 17h36

Com restrições do YouTube, usuários migram para sites de vídeo "sem-lei"

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da Folha Online

Os sites de compartilhamento de vídeo vem buscando nichos abandonados pelo popular site YouTube. Com mais de 25 milhões de visitantes no último mês, desde a sua criação, em 2005, o YouTube vem banindo nudez e retirado material protegido por direitos autorais diante de denúncias de companhias do setor de entretenimento. Em março, o site estabeleceu um limite de dez minutos por clip.

Sites menores, mas menos restritivos, vem observando suas audiências explodirem com usuários que buscam um ambiente sem restrições. "Deixar as pessoas fazerem o que bem entendem é um dos caminhos seguidos por esses sites para diferenciá-los dos demais", afirmou o analista da Forrester Research, Josh Bernoff.

Uma reportagem publicada pelo jornal "The New York Times" enumerou os mais fortes concorrentes do YouTube que oferecem ferramentas adicionais, explicando quais os principais diferenciais destes novos sites de compartilhamento de vídeo.

Stickam


O Stickam (pronuncia-se "stick-cam"), baseado em Los Angeles e fundado pela Advanced Video Communications, navega por águas perigosas, permitindo, sem restrições, que seus usuários postem vídeos de "transmissões ao vivo" de suas web cams.

Os usuários do Stickam (www.stickam.com) podem desenhar suas páginas, postar clips e transmitir vídeos "ao vivo" de si mesmos, conduzindo, por exemplo, um bate-papo cara-a-cara com os internautas --freqüentemente de suas camas e sem monitoramento algum dos 35 funcionários da empresa.

O Stickam tem 260 mil usuários registrados, sendo 50 mil deles entre 14 e 17 anos, recebendo entre 2.000 e 3.000 adesões por dia.

Seu primeiro produto foi um programa que permitia aos usuários postarem um vídeo --produzido por uma web cam-- em suas páginas do MySpace. Em outubro, o MySpace bloqueou o serviço do Stickam. Desde então, o site vem testando implementar a sua própria rede de contatos sociais

Assim como o Orkut, a companhia "confia nos usuários" para evitar conteúdo "obsceno, profano e indecente" no site.

Liveleak


Outro site de compartilhamento de vídeos é o londrino LiveLeak (www.liveleak.org), que tem se posicionado como uma fonte "livre" da realidade, abrigando diversas cenas de batalhas no Iraque, por exemplo. Semana passada, entre os clips de maior popularidade no site se destacavam vídeos da guerra no Iraque e de explosões no Afeganistão.

Hayden Hewitt, co-fundador do LiveLeak, apoiado pela rede Adbrite, afirmou que as pessoas que foram barradas no YouTube migraram para seu site. O LiveLeak "não quer banir ninguém por mostrar a verdade", afirmou Hewitt.

O site também contém vídeos de conteúdo sexual que nunca seriam permitidos pelo MySpace ou pelo YouTube. Hewitt afirmou que a empresa não tenta enriquecer como o YouTube, mas se tornar um lugar da web para uma "realidade sem disfarces".

DailyMotion


Seus usuários postam 9.000 novos vídeos diariamente no parisiense Dailymotion, o qual teve mais de 1,3 milhão de visitantes em novembro (sendo 40% franceses), com um aumento superior a 100% desde maio, de acordo com a empresa de pesquisa ComScore Media Metrix.

Em recente busca realizada pelo Dailymotion (www.dailymotion.com), foram encontradas horas de material protegido por direitos autorais (copyrighted): episódios inteiros de "Heroes" (NBC) e "Without a Trace" (CBS), gravações de concertos inteiros dos Beatles, além de muita nudez.

A empresa, que vem estudando uma maior atuação nos EUA, não impõe restrição alguma aos vídeos postados. Benjamin Bejbaum, chefe-executivo do Dailymotion, afirmou que a empresa de 30 funcionários tem atuado rapidamente para remover o conteúdo denunciado como ilegal ou inapropriado pelos usuários.

Crimes virtuais

Mesmo abrigando em grande parte usuários bem jovens --atraídos pela idéia de um reality-show produzido por eles mesmos-- poucos dos novos sites de vídeo se preocupam em evitar a prática de pedofilia e abuso infantil.

O chefe de segurança do MySpace, Hemanshu Nigam, afirmou que sua empresa "não permite ferramenta de bate-papo por vídeo dadas as implicações de segurança que o novo serviço implicaria aos seus usuários."

"A única coisa que você consegue da combinação entre web cams e jovens é problema", disse Parry Aftab, diretor executivo de proteção à criança da organização WiredSafety.org.

Especial
  • Leia o que já foi publicado pelo YouTube
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