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22/11/2000 - 11h43

Relatório aponta falhas em sistema de espionagem de e-mail dos EUA

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da AP, em Washington

Uma análise do sistema de vigilância de e-mail do FBI, o Carnivore, gerou críticas sobre a questão da privacidade na Internet.

O condutor da pesquisa, Henry H. Perritt, do Instituto de Tecnologia de Illinois, disse ontem que, na maioria dos casos, o Carnivore não coleta tanta informação quanto poderia.

O relatório inclui recomendações ao FBI para que torne o sistema mais rigoroso e facilite sua utilização pelos agentes.

A pesquisa, que custou mais de US$ 170 mil ao governo, foi encomendada pela secretária de Justiça americana, Janet Reno (cargo equivalente ao de ministro da Justiça).

As críticas caíram sobre o relatório, já que ele poderia induzir a uma maior restrição de privacidade para os cidadãos americanos.

"O departamento de Justiça selecionou pesquisadores e estabeleceu regras para assegurar que teria o melhor relatório possível", disse Dick Armey, líder na Câmara dos Deputados.

O pesquisador Perritt assessorou o time de transição do presidente Bill Clinton com políticas de informação em 1992 e desempenhou outras tarefas para a administração atual.

Outros membros da equipe de Perritt tiveram participação em tarefas dos departamentos de Defesa, Tesouro e na Agência Nacional de Segurança. Perritt nega as alegações e insiste na independência de sua equipe.

O Carnivore é um programa criado pelo FBI para auxiliar a investigação de crimes com a participação da Internet.

O sistema "filtra" palavras-chave no sistema de correspondência norte-americano. As informações suspeitas são capturadas e processadas pelo programa, que repassa para o FBI informações sobre a navegação de usuários.

O FBI utiliza o sistema Carnivore sob as mesmas regras que valem para a escuta de linhas telefônicas. Mas essas leis nem sempre se traduzem da forma correta, segundo Perritt.

"Em um grampo telefônico, as autoridades conseguem o número de quem faz e de quem recebe a ligação. No caso do e-mail, pode haver vários destinatários para uma mesma mensagem. Isso cria um impasse legal", disse Perritt.

 

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