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03/01/2001 - 04h37

Como será o dia-a-dia muito além de 2001

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  • Ciência vai revolucionar forma de vida

  • Ficção do século 20 impulsionou avanços

  • Máquina que joga xadrez está em texto de Poe




  • STEPHANIE OSFIELD, da Planet Syndication

    Você sabia que pode estar sendo filmado sempre que vai às compras? Numa tentativa de combater a criminalidade, várias cidades australianas instalaram câmeras controladas por computadores em seus shoppings.

    O conceito da vigilância sempre presente do Big Brother, o Grande Irmão, apresentado de maneira tão assustadora no romance futurista "1984", de George Orwell, está mais próximo do que alguém poderia ter imaginado em 1949, ano em que o livro foi publicado.

    Sessenta e cinco anos antes disso, em seu romance "Admirável Mundo Novo", Aldous Huxley escreveu sobre filmes que simulam a realidade de maneira convincente, bebês de proveta e uma droga chamada soma, que elevava o astral de quem a tomava.

    Nos anos 90, tivemos a realidade virtual, a fertilização in vitro e o Prozac. Mas, em lugar de escritores, agora são cientistas e futurólogos os que olham suas bolas de cristal e tecem profecias a respeito do milênio que acaba de iniciar. Seguem algumas previsões deles sobre como a será a vida em 2050.

    Recreação
    Imagine ter de voar apenas duas horas para passar o fim de semana em Los Angeles. No século 21, aviões ao estilo do Concorde serão usados em todas as pontes aéreas e os percursos feitos por pessoas que viajam a trabalho, reduzindo o tempo levado para atravessar o planeta.

    Você está com vontade de ir para algum lugar diferente nas próximas férias? Que tal Marte? Cientistas prevêem que, nos próximos 50 anos, o turismo espacial pode nos levar a abrir novas fronteiras.

    Se as tendências atuais se mantiverem, dentro de 50 anos estaremos gastando uma parte maior de nossos salários com acessórios de lazer e atividades recreativas.

    Haverá complexos locais de entretenimento onde será possível assistir a filmes, jogar, comprar CDs, visitar exposições, ir a concertos e shows e jantar em restaurantes.

    Se você tiver tomado um Chardonnay a mais, não precisará se preocupar. Bastará um comprimido para combater o efeito do álcool sobre seu cérebro, deixando-o sóbrio outra vez.

    Em casa, a televisão será ligada e desligada por comandos falados; as fitas de vídeo serão desnecessárias, já que novos filmes serão descarregados da Internet, e as telas de TV ficarão suspensas e terão espessura de apenas alguns centímetros.

    Depois de colocar óculos "plugados" especiais, seus sentidos vão interagir com efeitos sonoros, vistas de tirar o fôlego, luzes e aromas, enquanto seu sofá locomotor se mexe em sincronia com a ação, fazendo você sentir-se como se estivesse fisicamente inserido no mundo do filme.

    Trabalho
    Ninguém mais vai perder o ônibus ou precisar aguentar o café horroroso do escritório. A maioria das pessoas vai trabalhar em casa, interligada às empresas que as empregam por uma extensa rede de cabos de fibra ótica e uma estação de trabalho com todos os aplicativos de multimídia necessários.

    Nas raras ocasiões em que os funcionários forem ao escritório, terão de reservar uma vaga com antecedência, já que haverá menos lugares do que funcionários. As pesquisas também sugerem que, até 2010, a maioria das pequenas empresas vai pertencer a mulheres e que três em cada cinco mulheres vão ganhar mais do que seus maridos ou namorados.

    A comunicação telefônica será uma experiência visual. A "reunião" ao estilo antigo será em grande medida substituída por conferências videofônicas.

    Quando um cliente de um país de língua não-inglesa estiver falando de negócios com um anglófono, suas palavras serão automaticamente traduzidas ao inglês por um videofone inteligente.

    Quer tomar café e fazer algumas anotações ao mesmo tempo em que disca um número no telefone? Isso não será problema. A discagem telefônica ativada por voz vai tornar os teclados dos telefones redundantes.

    É possível que os livros também sejam reduzidos a objetos de museu. Numa sociedade que praticamente não fará uso de papel, livros, jornais e revistas serão computadorizados, de modo que as páginas eletrônicas sejam limpas para que a leva seguinte de informação seja descarregada no disco.

    Para anotar suas listas de compras e tarefas, as pessoas carregarão cadernetas eletrônicas que traduzem seus rabiscos em escrita digitada.

    Casa
    As residências serão controladas por um sistema informatizado integrado que tranca e destranca portas, ativa eletrodomésticos e acende e apaga luzes.

    Em um horário previamente determinado, o computador poderá ferver a água para seu café, encher a banheira para seu banho relaxante ou ligar seu videocassete e televisor para gravar um programa.

    Discussões familiares sobre quem executa qual tarefa doméstica serão coisa do passado. Robôs de um metro de altura vão tirar o pó dos móveis e lavar os vidros, enquanto robôs do tamanho de ratinhos tomarão o lugar do aspirador de pó, sugando o pó e a sujeira do chão.

    No banheiro, as privadas serão feitas de azulejos bacterianos que destroem micróbios e se limpam sozinhos. E você poderá jogar fora o velho cortador de grama.

    Um tipo de grama geneticamente modificado, produzido por cientistas, dará gramados mais verdes e saudáveis e que nunca crescem além do limite.

    Sensores de segurança lhe avisarão quando uma pessoa se aproxima da porta de sua casa, ativando uma tela situada perto da porta. Se você não quiser ir até a porta, poderá simplesmente apertar "Entre" no controle remoto para a pessoa poder entrar no prédio e "Abra" para abrir a porta.

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