Júri condena restrições e bloqueios

Liberdade já. É isso que os usuários querem. O namoro da apresentadora Daniella Cicarelli na praia foi no ano passado, e o YouTube foi bloqueado no Brasil no longínquo janeiro deste ano por conta do balanço no mar da modelo. Desde então, tivemos iPhone, código de conduta para blogueiros e novos videogames. Mesmo em um ano agitado, o acontecimento foi lembrado por quatro pessoas na enquete realizada pela Folha como o pior no mundo da tecnologia.

Não por acaso, entre as 51 coisas apontadas como melhores e as 52 escolhidas como piores, muitas dizem respeito à liberdade do usuário.

Um dos terceiros lugares refere-se aos provedores de banda larga no Brasil. Dos comentários acerca dos votos, tira-se uma conclusão: são poucas opções, que resultam em um serviço caro e abrem alas para atendimento com problemas.

Ainda, ao lado do bloqueio, figuram em quarto lugar entre os piores do ano as restrições impostas pela Apple ao iPhone. Também reforçam a teoria da liberdade os votos recebidos pelo DRM (Digital Rights Management). A tecnologia restringe a troca e o funcionamento de arquivos digitais, como músicas. Recebeu quatro indicações. Duas elegeram o DRM como o pior do ano; duas apontaram sua decadência como o melhor acontecimento.

Os participantes da enquete deram três votos à disputa de mercado entre HD DVD e Blu-ray, os sucessores do DVD, que brigam para ser o padrão do audiovisual de alta definição.

Nesse caso, duas opções não garantem uma escolha melhor. O exemplo é a disputa muito semelhante entre fitas Beta e VHS. Quem apostou na primeira viu o conteúdo compatível minguar e sumir assim que sua derrota foi consumada.

Veja a votação completa no blog Circuito Integrado.