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05/07/2000
-
18h57
GILSON SCHWARTZ,
especial para a Folha Online, de Buenos Aires
A plenária final da 13ª Conferência Bienal da Sociedade Internacional de Telecomunicações, que terminou nesta quarta (5) em Buenos Aires, colocou o debate sobre o "digital divide" (exclusão digital) em novos termos.
Bem A. Petrazzini, diretor da Unidade de Estratégias e Políticas da União Internacional de Telecomunicações (UIT) apresentou dados mostrando que a abertura das economias em desenvolvimento ao comércio com países mais ricos está dominando o comércio eletrônico.
Para Petrazzini, mais que o problema do acesso à Internet, essa assimetria coloca em risco a própria possibilidade de desenvolvimento dos países mais pobres.
Na mesma sessão, o economista Eli Noam, diretor do Instituto de Tele-Informação da Universidade de Columbia, de Nova York, insistiu na urgência dos países mais pobres desenvolverem seus sistemas de comércio eletrônico.
Na medida que o consumo eletrônico cresce mais rapidamente que as operações B2B ("business to business", ou seja, entre empresas) e os latino-americanos têm uma elevada propensão a consumir produtos importados, a Internet apenas aumenta a dependência.
Na América Latina, 74% das compras feitas online são dirigidas a fornecedores do Primeiro Mundo. Na Europa esse índice é de 41%, na Ásia é de 65% e nos EUA é de apenas 10%.
O crescimento do número de usuários não significa, portanto, que a exclusão digital seja reduzida. Para Noam, se os governos não agirem, o aumento na conectividade apenas levará a mais dependência econômica.
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Internet cria novo canal para exportações de países ricos
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A plenária final da 13ª Conferência Bienal da Sociedade Internacional de Telecomunicações, que terminou nesta quarta (5) em Buenos Aires, colocou o debate sobre o "digital divide" (exclusão digital) em novos termos.
Bem A. Petrazzini, diretor da Unidade de Estratégias e Políticas da União Internacional de Telecomunicações (UIT) apresentou dados mostrando que a abertura das economias em desenvolvimento ao comércio com países mais ricos está dominando o comércio eletrônico.
Para Petrazzini, mais que o problema do acesso à Internet, essa assimetria coloca em risco a própria possibilidade de desenvolvimento dos países mais pobres.
Na mesma sessão, o economista Eli Noam, diretor do Instituto de Tele-Informação da Universidade de Columbia, de Nova York, insistiu na urgência dos países mais pobres desenvolverem seus sistemas de comércio eletrônico.
Na medida que o consumo eletrônico cresce mais rapidamente que as operações B2B ("business to business", ou seja, entre empresas) e os latino-americanos têm uma elevada propensão a consumir produtos importados, a Internet apenas aumenta a dependência.
Na América Latina, 74% das compras feitas online são dirigidas a fornecedores do Primeiro Mundo. Na Europa esse índice é de 41%, na Ásia é de 65% e nos EUA é de apenas 10%.
O crescimento do número de usuários não significa, portanto, que a exclusão digital seja reduzida. Para Noam, se os governos não agirem, o aumento na conectividade apenas levará a mais dependência econômica.
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