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09/06/2000 - 18h42

Militares franceses temem tecnologia Bluetooth

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da AP
em Paris

Neste semestre, Bluetooth, a esperada tecnologia sem fio que permite aos usuários trocar dados pelo ar entre todos os tipos de aparelhos, vai estrear no mundo todo.

Muitos países aguardam os produtos, como telefones celulares e aparelhos toca-MP3 equipados com o Bluetooth, para conquistar o mercado. Exceto a França, onde os militares temem a nova tecnologia possa congestionar seu sistema de comunicações.

Parte da elegância do Bluetooth é a promessa de uma frequência mundial, que tornará a comunicação mais fácil para viajantes frequentes. Mas, enquanto o mundo se une, o caso Bluetooth mostra como apenas um país, mesmo com razões legítimas, pode colocar barreiras em um projeto mundial.

Bluetooth trabalha deixando aparelhos eletrônicos distantes um do outro se comunicarem na frequência de rádio de 2.4 gigahertz. Usuários poderão passar fotos digitais da câmera para um computador e para uma impressora, tudo sem fios. Ou poderão checar e-mails com um telefone celular, com seu computador guardado no banco de trás do carro.

Na França os militares controlam a maioria do alcance de rádio que o Bluetooth precisa para operar, e a forte instituição de defesa não está permitindo.

Até que a França e os defensores do Bluetooth concluam um acordo, todos que usarem o Bluetooth talvez estejam invadindo a frequência de rádio dos militares, e inconscientemente quebrando a lei.

As 2.000 empresas de tecnologia que apoiam a tecnologia sem fio vão falar do problema francês em uma conferência sobre Bluetooth em Mônaco, dos dias 13 a 16 de junho, disse Christina Bjorkander, porta-voz de Bluetooth do grupo sueco Ericsson SpA.

Problemas parecidos já foram resolvidos no Japão e na Espanha. Mas as negociações na França ainda estão em andamento, disse Thierry Bounneau, diretor-assistente da agência sobre frequência militar.

Para os fundadores do Bluetooth _IBM, Toshiba, Intel, Nokia e Ericsson_ a solução mais fácil seria convencer os militares franceses a mudar para outra frequência, antes que o obstáculo coloque problemas nas vendas.

Mas fazer isso poderia custar ao Exército francês centenas de milhões de dólares, diz Pierre Conil, que trabalha no departamento de prognósticos da agência militar. E poderia levar anos.

Os militares pedem os canais de frequência de 2.4 gigahertz para telefonia e radar. Parte da frequência também é usada para sistemas de segurança. Em tempo, não há espaço para o Bluetooth.

Conil diz que outras soluções estão sendo estudadas, incluindo achar um meio para o Bluetooth e as comunicações militares coexistirem pacificamente. Mas ainda pode levar anos, disse.

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