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21/03/2001 - 05h03

Napster ainda é opção para troca de MP3

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ALEXANDRE VERSIGNASSI
da Folha de S.Paulo

Das 135 mil músicas que, por ordem judicial, deveriam ter sido barradas do Napster até a quarta-feira passada, apenas 59,6 mil haviam sido bloqueadas naquele prazo.

A empresa, que cuida do software para intercâmbio de músicas mais popular da rede (com mais de 50 milhões de usuários), disse que algumas das gravadoras que pediram o bloqueio não o fizeram como a Justiça
mandara.

A Sony, por exemplo, teria incluído em parte de seu pedido apenas nomes de músicas e de artistas, sem apontar os nomes dos arquivos que contêm as canções. Como esse detalhe era um dos requerimentos feitos pela juíza Marilyn Patel, que cuida do caso, a Napster manteve no ar 46 mil das 95 mil músicas que a Sony pediu para bloquear.

Mas, mesmo se a Napster houvesse barrado todos os 135 mil títulos, seus usuários mal sentiriam a diferença: grande parte das músicas que costumam aparecer no software continuavam acessíveis até o final da semana passada.

Isso porque os usuários do sistema têm salvado seus arquivos MP3 com nomes que remetem às músicas que eles contêm, mas sem indicar o título
exato.

Também foram distribuídos softs codificadores, que embaralham as letras do nome de arquivos musicais.

A empresa que faz o software Aimster (www.aimster.com), que funciona de maneira semelhante ao Napster, tinha um programa de embaralhamento disponível para download em seu site até a terça-feira retrasada. Mas, a pedido da Napster, o soft foi retirado de lá.

Outro programa de embaralhamento continuava no ar até o final da semana passada no site www.napcameback.com. Esse soft troca a última letra do nome de um arquivo pela primeira. Na semana passada, os criadores do programa prometiam uma versão capaz de codificações mais complexas.

Apesar das restrições, os usuários do Napster continuam fiéis ao programa, mas estão fazendo menos downloads. Foi o que divulgou o instituto de pesquisas americano Webnoize (www.webnoize.com) na última quinta.

O número de arquivos compartilhados por internauta, segundo eles, caiu de 172, antes da aplicação dos filtros, para 71, depois dela, uma queda de 59%.

Para os banidos
Alguns fãs do Napster sofrem com um problema que nada tem a ver com as recentes decisões judiciais contra o programa: o banimento de usuários.
Isso acontece quando a Napster, a pedido de donos de direitos autorais, bloqueia o acesso de alguns usuários ao programa.

Nos últimos meses, alguns dos que tinham baixado músicas das bandas Metallica, Rage Against the Machine e Manic Street Preachers foram barrados. O último caso aconteceu em março, quando fãs do cantor Roy Orbison tiveram suas contas bloqueadas.

De qualquer maneira, há um programa capaz de cortar esse bloqueio. Ele se chama "de-ban. reg" e pode ser pego em www.nappster.net (lá, ele se chama "Napster un-ban"). Trata-se de um arquivo que inclui informações falsas no editor de registro do "Windows", que é onde o Napster armazena a identidade do usuário. Assim, o programa perde essa informação e, ao ser novamente instalado, com outra identidade de usuário, volta a funcionar normalmente.

O "de-ban.reg" pode não ser eficaz em versões do Napster lançadas após julho passado.

  • Leia mais em www.folha.com.br/informatica/musica.shtml
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