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13/07/2000 - 10h07

Bradesco quer ser gigante da Internet

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DAVID FRIEDLANDER, da Folha de S.Paulo

A Bradespar (grupo Bradesco), sócia de empresas que faturam R$ 12 bilhões por ano em áreas como mineração, aço e energia, agora quer virar um gigante da Internet.

Em sociedade com a Votorantim e com dois grandes grupos mexicanos, a Bradespar lança nesta quinta (13) um portal para negócios entre empresas com alcance em toda a América Latina.

O próximo passo, com anúncio previsto para as próximas semanas, é a construção de um megashopping na Internet, o ShopFácil, que irá vender de flores e vitaminas a roupas e seguros.

A base da operação já existe. É formada pela clientela do Bradesco, sócio no negócio, e por um site de varejo eletrônico que funciona de maneira acanhada no portal do banco.

A Bradespar está trabalhando para vitaminar esse site. Ele será redesenhado e transformado num portal para entrar na rede com enorme audiência. A empresa está mirando o 1,2 milhão de clientes que já fazem suas transações com o Bradesco (extratos, aplicações pedidos de talão de cheque) pela Internet.

O Bradesco é o terceiro maior banco do mundo em transações pela Internet, atrás apenas dos norte-americanos Bank of America e Wells Fargo. O banco estima que, até o final do ano, seu público internauta aumente para 1,5 milhão de clientes - há hoje 5 milhões de internautas no país.

No começo, o ShopFácil irá oferecer produtos e serviços de 250 lojas. Mas há outras 500 interessadas num lugar dentro do shopping virtual.

A receita da Bradespar virá da publicidade, da cobrança de comissão sobre algumas operações e do aluguel de espaço no portal. Para o Bradesco, a vantagem está na possibilidade de incrementar seu movimento.

Outra grande aposta da Bradespar é a Scopus, fabricante de computadores nos tempos da reserva de mercado que hoje produz sistemas para empresas que querem se transformar em pontocom.

A Bradespar quer mostrar serviço para cativar os acionistas do Bradesco. A empresa foi criada este ano para assumir as participações não-financeiras do banco. É sócia de companhias tradicionais como a Vale do Rio Doce, a VBC (da área de energia) e a CSN (da qual está saindo) e também de empresas da nova economia, como a Globocabo e a Scopus.

No conjunto, seus ativos somam mais de R$ 2,6 bilhões. Apesar do tamanho, pouca gente fora do mundo dos analistas financeiros a conhece.

Quando a Bradespar foi criada como empresa independente do Bradesco, os 2,5 milhões de acionistas do banco receberam ações da nova empresa.

Assim que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) aprovar a Bradespar no clube das companhias de capital aberto, a empresa anunciará uma oferta pública de recompra dessas ações, estimada em R$ 500 milhões.

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