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25/04/2001
-
04h34
MARIJÔ ZILVETI, da Folha de S.Paulo
Deixar sua marca pessoal, revelar ódios e mostrar suas vitórias ou simplesmente pôr um nome com foto e e-mail. Sete anos passados após o surgimento do primeiro serviço para pendurar páginas de graça, a internet continua fascinando milhões de internautas que encontraram na rede o meio mais democrático e barato para aparecer.
Hospedar páginas gratuitamente criou o conceito de comunidades virtuais e gerou negócios bilionários, como a venda do GeoCities ao Yahoo! e do Tripod ao Lycos.
Esse conceito derrubou o mito de que era necessário dominar programas com comandos complicados para pendurar páginas com fotos, sons, textos e animações.
As comunidades virtuais popularizaram-se com a criação de recursos que levam o leigo pela mão e, em poucos passos, ele consegue aparecer para o mundo inteiro, sem a necessidade de pagar um tostão.
É claro que, para ficar visível, é preciso trabalhar a imagem, ou seja, divulgar o site. Em seguida, vieram os programas de busca, que se encarregam de listar páginas e deixá-las acessíveis a quem digita o nome de um sujeito para ver se ele está presente na rede.
Especialistas já se debruçaram em estudos para analisar o comportamento de quem quer mostrar sua cara ao mundo.
O psicanalista Orlando Hardt Jr. apresentou no ano passado, em mesa-redonda na Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, o trabalho "O Olhar Psicanalítico Sobre a Glob@lização", em que discute os efeitos da globalização no homem.
"O indivíduo monta sua página como se fosse uma tentativa de mostrar que está presente, assim como os antigos vinham marcando suas propriedades e conquistas, como no caso da chegada à América", diz.
Com a morte do sujeito como "eu" no pós-modernismo, afirma Hardt, "ficou difícil suportar o "eu". Então, ele tem de criar um depositário para esse "eu'", diz. São os dois minutos de glória, afirma o psicanalista.
O sucesso dos portais que hospedam páginas pessoais pode ser medido em números. Em 1999, a liderança estava nas mãos da GeoCities, que tinha 3,2 milhões de endereços registrados, contra 3 milhões da concorrente Tripod.
O Brasil começou a oferecer timidamente espaço aos assinantes de acesso pago em 1997. "Não existia uma demanda na época porque o internauta que queria construir um site pessoal colocava-o facilmente lá fora", diz Caio Túlio Costa, diretor-geral do Universo Online.
O passo-a-passo do UOL mostrou que o internauta quer ser levado pela mão. Hoje, 57% dos assinantes que fazem suas páginas usam o método fácil.
Na opinião de Sandra Pescis, diretora de portal do Terra, páginas gratuitas continuam sendo uma atração "porque a rede é um lugar único para colocar a família, a coleção, ou seja, um espaço público e gratuito". Segundo Pescis, esse serviço é onde realmente a internet tem características específicas. "Não há outra mídia para isso".
Veja mais tutoriais em Dicas & Truques
Faça seu site:
Página pessoal faz sucesso na internet
Saiba criar uma página de graça na web
Site grátis tem anúncio obrigatório
Onde hospedar:
GeoCities foi um dos pioneiros da hospedagem
GeoCities tem bons recursos para iniciante
Tripod deixa criar três sites ao mesmo tempo
Recursos do MSN atraem por rapidez
Espaço ilimitado é vantagem do hpG
StarMedia dá 25 Mbytes e não exige anúncio
Modelos do BOL criam até ciberálbum
Terravista tem dois construtores de sites
Terra tem manual que orienta construção
Página do Cidade Internet vem sem acentos
O Site monta página simples para o usuário
Site da Netscape é lento, mas tem boas opções
Assistente do Angelfire está "camuflado"
Portais dão páginas para assinantes
Recursos para o site:
Navegadores vêm com editor de sites gratuito
Construtores profissionais são mais poderosos
Acessórios gratuitos melhoram a página
Veja recursos para incrementar sites
Saiba fazer a divulgação de seu site
Álbum de fotos também é gratuito na rede
Weblogs:
Diário on-line tem atualização rápida
Saiba criar um diário virtual
Página pessoal faz sucesso na internet
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Deixar sua marca pessoal, revelar ódios e mostrar suas vitórias ou simplesmente pôr um nome com foto e e-mail. Sete anos passados após o surgimento do primeiro serviço para pendurar páginas de graça, a internet continua fascinando milhões de internautas que encontraram na rede o meio mais democrático e barato para aparecer.
Hospedar páginas gratuitamente criou o conceito de comunidades virtuais e gerou negócios bilionários, como a venda do GeoCities ao Yahoo! e do Tripod ao Lycos.
Esse conceito derrubou o mito de que era necessário dominar programas com comandos complicados para pendurar páginas com fotos, sons, textos e animações.
As comunidades virtuais popularizaram-se com a criação de recursos que levam o leigo pela mão e, em poucos passos, ele consegue aparecer para o mundo inteiro, sem a necessidade de pagar um tostão.
É claro que, para ficar visível, é preciso trabalhar a imagem, ou seja, divulgar o site. Em seguida, vieram os programas de busca, que se encarregam de listar páginas e deixá-las acessíveis a quem digita o nome de um sujeito para ver se ele está presente na rede.
Especialistas já se debruçaram em estudos para analisar o comportamento de quem quer mostrar sua cara ao mundo.
O psicanalista Orlando Hardt Jr. apresentou no ano passado, em mesa-redonda na Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, o trabalho "O Olhar Psicanalítico Sobre a Glob@lização", em que discute os efeitos da globalização no homem.
"O indivíduo monta sua página como se fosse uma tentativa de mostrar que está presente, assim como os antigos vinham marcando suas propriedades e conquistas, como no caso da chegada à América", diz.
Com a morte do sujeito como "eu" no pós-modernismo, afirma Hardt, "ficou difícil suportar o "eu". Então, ele tem de criar um depositário para esse "eu'", diz. São os dois minutos de glória, afirma o psicanalista.
O sucesso dos portais que hospedam páginas pessoais pode ser medido em números. Em 1999, a liderança estava nas mãos da GeoCities, que tinha 3,2 milhões de endereços registrados, contra 3 milhões da concorrente Tripod.
O Brasil começou a oferecer timidamente espaço aos assinantes de acesso pago em 1997. "Não existia uma demanda na época porque o internauta que queria construir um site pessoal colocava-o facilmente lá fora", diz Caio Túlio Costa, diretor-geral do Universo Online.
O passo-a-passo do UOL mostrou que o internauta quer ser levado pela mão. Hoje, 57% dos assinantes que fazem suas páginas usam o método fácil.
Na opinião de Sandra Pescis, diretora de portal do Terra, páginas gratuitas continuam sendo uma atração "porque a rede é um lugar único para colocar a família, a coleção, ou seja, um espaço público e gratuito". Segundo Pescis, esse serviço é onde realmente a internet tem características específicas. "Não há outra mídia para isso".
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