04/05/2001 - 18h26

Napster pede ajuda à Microsoft para proteger músicas

das agências internacionais

Na luta pela sobrevivência, o programa gratuito de troca de músicas pela internet Napster foi hoje bater às portas da gigante do software Microsoft para tentar conseguir apoio no desenvolvimento de um serviço pago de troca de MP3.

"A Napster está conversando com a Microsoft e outras outras companhias sobre a forma pela qual vários de seus produtos poderão ser incorporados ao novo serviço da Napster", disse uma porta-voz da Napster.

Além disso, segundo publicou hoje o jornal Los Angeles Times, a Napster tenta negociar a utilização da tecnologia de proteção de direitos autorais da Microsoft, uma forma de tentar agradar a Justiça e amenizar a perseguição. O jornal também informou que a Microsoft rejeitou uma proposta de compra da Napster.

A nova versão do programa, que está sendo desenvolvida junto à Bertelsmann (proprietária da gravadora BMG), deve ficar pronta até meados deste ano. Até agora, a Napster licenciou tecnologia da Gracenote e da Relatable, a fim de impedir a pirataria em seu serviço.

Na quinta-feira, o diretor-executivo da Napster, Hank Barry, disse que especulações recentes de que a Napster iria fechar eram exageradas. Pesquisas recentes mostraram um declínio acentuado do uso do serviço, no momento em que a empresa se empenha para filtrar canções com direitos autorais reservados, a fim de cumprir uma ordem judicial emitida em 5 de março que proíbe a troca de música protegidas por direitos autorais.

A Napster observou que o site ainda atrai cerca de 8 milhões de pessoas por dia. A Webnoize divulgou esta semana que o número de arquivos trocados no serviço caiu muito, do auge de 2,79 bilhões em fevereiro para 2,49 bilhões em março e 1,59 bilhões em abril.

O serviço da Napster já atraiu mais de 60 milhões de usuários, permitindo que os internautas trocassem músicas de graça através de arquivos de MP3, um formato de compressão que transforma a música de CDs em pequenos arquivos digitais.

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