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21/07/2000
-
04h53
da Folha de S.Paulo
A Internet está mudando a produção e a fruição dos bens culturais de modo inédito na história da indústria do entretenimento.
Descontado algum exagerado deslumbre tecnológico, o consumidor se coloca numa posição privilegiada: escolher, dentre os gostos mais excêntricos, aquilo que ele quer consumir, dentro de casa, na hora que melhor lhe convier, dispensando, respeitados alguns limites, a intermediação do mercado.
Sentar no sofá e ouvir uma seleção pessoal das melhores músicas dos anos 70 e 90, ou dos 30 e 40. Depois, ver uma sessão de filmes experimentais finlandeses.
Terminar a noite lendo um clássico na língua original _seja inglês, francês ou qualquer outra.
Esses são desfrutes já ao alcance de todo internauta, embora sob os distúrbios da conhecida precariedade das linhas telefônicas. As conexões de alta velocidade ainda são caras, mas é questão de tempo até que ganhem mercado e abram espaço ao tráfego limpo e ininterrupto de sons e imagens.
Não só consumidores, mas também produtores independentes estão eufóricos. Músicos ignorados em rádios comerciais divulgam e trocam canções pela rede. Cineastas sem dinheiro fazem filmes com um décimo da verba.
Mas não basta ter só mais opções, é preciso que elas sejam de fato inovadoras, apontem outros caminhos, forneçam respostas para perguntas que nem foram formuladas ainda.
O jeito à la carte de consumir cultura e a interatividade da rede podem alterar até mesmo a estética e o resultado final dos produtos oferecidos. O cinema da era digital deixará de ter planos abertos? A música e a literatura terão cada vez mais obras coletivas?
É ingênuo apostar que a Internet libertará os bens culturais de quaisquer influências de mercado, mas parece justo esperar alguma mudança na correlação de forças _dessa vez a favor do consumidor.
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Internet altera modo de fazer e experimentar cultura
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A Internet está mudando a produção e a fruição dos bens culturais de modo inédito na história da indústria do entretenimento.
Descontado algum exagerado deslumbre tecnológico, o consumidor se coloca numa posição privilegiada: escolher, dentre os gostos mais excêntricos, aquilo que ele quer consumir, dentro de casa, na hora que melhor lhe convier, dispensando, respeitados alguns limites, a intermediação do mercado.
Sentar no sofá e ouvir uma seleção pessoal das melhores músicas dos anos 70 e 90, ou dos 30 e 40. Depois, ver uma sessão de filmes experimentais finlandeses.
Terminar a noite lendo um clássico na língua original _seja inglês, francês ou qualquer outra.
Esses são desfrutes já ao alcance de todo internauta, embora sob os distúrbios da conhecida precariedade das linhas telefônicas. As conexões de alta velocidade ainda são caras, mas é questão de tempo até que ganhem mercado e abram espaço ao tráfego limpo e ininterrupto de sons e imagens.
Não só consumidores, mas também produtores independentes estão eufóricos. Músicos ignorados em rádios comerciais divulgam e trocam canções pela rede. Cineastas sem dinheiro fazem filmes com um décimo da verba.
Mas não basta ter só mais opções, é preciso que elas sejam de fato inovadoras, apontem outros caminhos, forneçam respostas para perguntas que nem foram formuladas ainda.
O jeito à la carte de consumir cultura e a interatividade da rede podem alterar até mesmo a estética e o resultado final dos produtos oferecidos. O cinema da era digital deixará de ter planos abertos? A música e a literatura terão cada vez mais obras coletivas?
É ingênuo apostar que a Internet libertará os bens culturais de quaisquer influências de mercado, mas parece justo esperar alguma mudança na correlação de forças _dessa vez a favor do consumidor.
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