01/08/2001 - 17h57

Para palestrante da Fenasoft, teoria da conspiração não é ficção

LEONARDO MEDEIROS
da Folha Online

Intrigas internacionais e espionagem não são apenas roteiros facilmente comprados por Hollywood. O Congresso Fenasoft, que discutiu na manhã desta quarta-feira segurança de informações, falou sobre uma rede norte-americana capaz de controlar o fluxo de informações em todo o mundo.

Segundo Paulo Sérgio Pagliusi, especialistas da Unicamp em segurança da informação e criptografia, denúncias não oficializadas do Parlamento Europeu acusam a NSA (Agência de Segurança Nacional, da sigla em inglês) dos Estados Unidos de captarem todas as informações sensíveis que circulam pelo mundo, tanto na internet e sistemas de satélite, como em telefones fixos ou celulares.

"Quando falamos em invasão, temos que pensar sempre no custo benefício para quem está invadindo. Ninguém vai invadir um sistema ou capturar uma mensagem se o custo da operação for maior que o valor da informação", afirma Pagliusi.

Segundo o especialista, o sistema de monitoramento mundial da NSA, conhecido como Echelon, filtra mensagem cujo texto traz palavras como "estratégico, confidencial, CIA, Fidel Castro ou mate George W. Bush".

Para Pagliusi, a guerra da informação é constantemente travada em setores econômicos estratégicos como o de energia elétrica, transporte e armazenamento de gás e petróleo, e sistemas financeiros e bancários.

"A guerra da informação é diferenciada porque no ciberespaço não existe linha de frente, e o campo de batalha está em qualquer sistema de rede que permita acesso remoto."

Para tentar aproveitar os últimos dias de Congresso, confira o especial Fenasoft 2001 da Folha Online. Visite o canal Congresso e veja como se inscrever. No site também existe a grade horária com o tema e os palestrantes.

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