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02/08/2001
-
20h51
LEONARDO MEDEIROS
da Folha Online
Era para ser uma feira de informática. Mas, fora das grandes lojas de hardware e software que dominaram a feira, a Fenasoft 2001 trouxe para o Anhembi produtos um tanto, digamos, alternativos —almofadas de massagem, pacotes turísticos e cursos de memorização.
Um bom exemplo é a presença do artista Edson de Souza, no Palácio das convenções do Anhembi. Só os mais desatentos não percebem a exposição de quadros em aquarela, destoante no meio de profissionais engravatados que assistem o Congresso Fenasoft.
Os quadros do pintor retratam, na maioria, cenas do centro velho de São Paulo. "A balbúrdia e a agitação do lugar é que dão vida à cidade", afirma Souza.
O artista diz que as feiras e os eventos são uma oportunidade de divulgação de seu trabalho, mas neste ano as vendas foram baixas. "As pessoas têm curiosidade, acham os quadros bonitos, mas não compram. A coisa tá preta para todo mundo."
Relaxe e aproveite
Se você ficar cansado de tanto andar pela feira, ou estressado com a quantidade de pessoas que transitam pelos corredores do evento, pode relaxar no estande da Fisiocenter.
A empresa trouxe para a feira o "Midori Relax" (R$ 267), uma almofada vibratória e aquecida que promete aliviar todo tido de indisposição física. "Nosso produto é bom para o sistema vascular, elimina toxinas do corpo, ajuda no combate à insônia, estresse, dor de coluna, pressão alta, colesterol e diabete", afirma José Abílio de Melo, diretor comercial da empresa.
Para quem está se perguntando o que um produto desse gênero faz em uma feira de informática, Melo dá a resposta. "Nós oferecemos uma oportunidade das pessoas viverem melhor em função da tensão que é o mundo da informática."
E, já que o tema é relaxar, nada melhor que uma viagem e uma boa "loirinha" gelada. No Pavilhão Santa Catarina Tecnologia, o visitante encontra o estande da Oktoberfest, maior festa de Blumenau, e ainda ganha uma cerveja (só para maiores de idade) à partir das 18h.
"Os paulistas representam o maior número de turistas da festa", diz Sérgio Luiz Sabel, da Secretaria de Turismo da cidade. "Aproveitamos a Fenasoft para nossa divulgação em São Paulo."
Tecnologia "manual"
Imagine saber qual o dia da semana em que Pelé fez o milésimo gol ou poder ler livros mais rápido que um avião. No estande da Personal, o visitante pode almejar se tornar um calendário ambulante ou um super-homem.
"O segredo do treinamento cerebral é unir o consciente e o inconsciente", diz Arlindo Lemos, que comercializa curso de leitura dinâmica, inglês (ambos R$ 396) e memorização (R$ 294). Ele demonstra a eficácia do método dizendo a seqüência de uma longa fila de números ou o dia em que o visitante nasceu em poucos segundos.
"A evolução da informática exige uma rápida absorção dos conhecimentos, e os cursos ajudam as pessoas nesse aspecto", afirma, justificando sua presença na feira.
Mas a melhor justificativa de todas é a de Maria da Glória Silva, gerente administrativa da Adere (Associação para Desenvolvimento, Educação e Recuperação dos Excepcionais). "Nós temos tecnologia manual!" A entidade expõe artesanato produzido pelos alunos e divulga o trabalho em um estande cedido pela feira.
"O estande destoa no meio de uma feira de informática, mas a oportunidade que temos é fundamental para a continuidade de nosso trabalho", afirma. Para os que não se sensibilizaram pela causa, Silva deixa seu recado: "A vida não não é apenas máquinas".
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da Folha Online
Era para ser uma feira de informática. Mas, fora das grandes lojas de hardware e software que dominaram a feira, a Fenasoft 2001 trouxe para o Anhembi produtos um tanto, digamos, alternativos —almofadas de massagem, pacotes turísticos e cursos de memorização.
Um bom exemplo é a presença do artista Edson de Souza, no Palácio das convenções do Anhembi. Só os mais desatentos não percebem a exposição de quadros em aquarela, destoante no meio de profissionais engravatados que assistem o Congresso Fenasoft.
Os quadros do pintor retratam, na maioria, cenas do centro velho de São Paulo. "A balbúrdia e a agitação do lugar é que dão vida à cidade", afirma Souza.
O artista diz que as feiras e os eventos são uma oportunidade de divulgação de seu trabalho, mas neste ano as vendas foram baixas. "As pessoas têm curiosidade, acham os quadros bonitos, mas não compram. A coisa tá preta para todo mundo."
Relaxe e aproveite
Se você ficar cansado de tanto andar pela feira, ou estressado com a quantidade de pessoas que transitam pelos corredores do evento, pode relaxar no estande da Fisiocenter.
A empresa trouxe para a feira o "Midori Relax" (R$ 267), uma almofada vibratória e aquecida que promete aliviar todo tido de indisposição física. "Nosso produto é bom para o sistema vascular, elimina toxinas do corpo, ajuda no combate à insônia, estresse, dor de coluna, pressão alta, colesterol e diabete", afirma José Abílio de Melo, diretor comercial da empresa.
Para quem está se perguntando o que um produto desse gênero faz em uma feira de informática, Melo dá a resposta. "Nós oferecemos uma oportunidade das pessoas viverem melhor em função da tensão que é o mundo da informática."
E, já que o tema é relaxar, nada melhor que uma viagem e uma boa "loirinha" gelada. No Pavilhão Santa Catarina Tecnologia, o visitante encontra o estande da Oktoberfest, maior festa de Blumenau, e ainda ganha uma cerveja (só para maiores de idade) à partir das 18h.
"Os paulistas representam o maior número de turistas da festa", diz Sérgio Luiz Sabel, da Secretaria de Turismo da cidade. "Aproveitamos a Fenasoft para nossa divulgação em São Paulo."
Tecnologia "manual"
Imagine saber qual o dia da semana em que Pelé fez o milésimo gol ou poder ler livros mais rápido que um avião. No estande da Personal, o visitante pode almejar se tornar um calendário ambulante ou um super-homem.
"O segredo do treinamento cerebral é unir o consciente e o inconsciente", diz Arlindo Lemos, que comercializa curso de leitura dinâmica, inglês (ambos R$ 396) e memorização (R$ 294). Ele demonstra a eficácia do método dizendo a seqüência de uma longa fila de números ou o dia em que o visitante nasceu em poucos segundos.
"A evolução da informática exige uma rápida absorção dos conhecimentos, e os cursos ajudam as pessoas nesse aspecto", afirma, justificando sua presença na feira.
Mas a melhor justificativa de todas é a de Maria da Glória Silva, gerente administrativa da Adere (Associação para Desenvolvimento, Educação e Recuperação dos Excepcionais). "Nós temos tecnologia manual!" A entidade expõe artesanato produzido pelos alunos e divulga o trabalho em um estande cedido pela feira.
"O estande destoa no meio de uma feira de informática, mas a oportunidade que temos é fundamental para a continuidade de nosso trabalho", afirma. Para os que não se sensibilizaram pela causa, Silva deixa seu recado: "A vida não não é apenas máquinas".
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