25/09/2001 - 21h55

Folha iBrands: Varig e TAM vencem entre as companhias aéreas

GIEDRE MOURA
da Revista da Folha

A Varig e a TAM foram as duas marcas de companhia aérea mais citadas pelos internautas. Como ponto comum, as empresas apostam que as vendas on-line tendem a crescer nos próximos anos e investem em tecnologia e canais específicos para rotas, como a ponte aérea, para incentivar a venda de produtos eletrônicos.

A TAM é que tem a estratégia mais agressiva para a venda de passagens pelo site. Embora a venda on-line represente somente 2% do faturamento, a taxa de crescimento ao mês é elevada -varia entre 15% e 20%. "Temos uma base de 14 milhões de passageiros, que cada vez mais utilizam a internet. Se hoje estes 2% representam US$ 30 milhões por ano, em 2005 as vendas pelo site chegarão a US$ 500 milhões", prevê Luiz Eduardo Falco, vice-presidente de marketing da TAM.

Falco aponta a internet também como um laboratório para o lançamento de produtos, como testes de tarifas. Após a liberação do preço das passagens aéreas, a TAM planeja para o próximo ano criar dentro da internet novas políticas como condições especiais. "Para promoções muito personalizadas, como para aniversário do passageiro, a internet é o melhor canal", completa Falco.

Embora tenha informações sobre as cidades de destino, a TAM não investe fortemente em conteúdo, pois crê que a força do site esteja mesmo na venda direta de passagens, já que 90% das pessoas que navegam na página buscam somente a compra ou pesquisam preços.

Na Varig, o primeiro serviço foi a reserva on-line, depois a venda de bilhetes que está próxima a 1%, sem contar as associadas Rio Sul e Nordeste.

A Varig investiu em sites especializados: além do portal, criou o site e-Ponte, exclusivo para internautas que utilizam a ponte aérea Rio-São Paulo e todo o material de vôo, como as caixas de alimentação, levam o endereço do e-ponte. "Também temos um forte canal de interação com as agências pela internet, já que elas são responsáveis por 75% de nossas vendas", afirma Flávio Romero, gerente de comércio eletronico da Varig.

As duas companhias apostam em novas tecnologias de acesso, como o WAP, que permite utilizar o celular para compra ou reserva. Na Varig, pelo menos 2 milhões de clientes já utilizaram o sistema.

A vantagem do bilhete eletrônico é que o passageiro não precisa ir aos balcões das companhias. Ao ter a compra aprovada pelo cartão de crédito, ele recebe um código que é usado diretamente no check in. Além da comodidade, a não emissão do bilhete reduz o custo operacional da companhia.

Com nove meses de vida, a Gol teve 3% de indicações, à frente da Transbrasil e Rio-Sul. "O modelo é eliminar gastos e ter a melhor tarifa. Quando colocamos à venda na internet, não eliminamos só o bilhete, cortamos outros custos, por isso, desde o início, a internet foi nossa plataforma", diz o vice-presidente de gestão e tecnologia da informação, Wilson Maciel Barros.

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