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28/01/2002
-
17h16
da Deutsche Welle
O sistema operacional Linux pode impor-se definitivamente como programa alternativo para Windows ou Unix, depois que o governo de Londres anunciou a sua utilização nas redes de computadores da administração pública britânica.
Mas também inúmeras empresas multinacionais do setor da informática começam a descobrir as possibilidades oferecidas pelo software de código aberto.
O êxito do Linux está vinculado também à produção de hardware voltado para a sua implementação na área de servidores.
O desenvolvimento técnico de um sistema operacional antes considerado como "brincadeira de amador" deu ao programa a possibilidade de utilização com as máquinas mais modernas, equipadas com vários multiprocessadores de 64 bits.
Em 2001, pelo segundo ano consecutivo, ele foi considerado o programa de mais rápida expansão na área dos servidores.
Segundo estimativa da IDC (International Data Corporation), empresa dedicada à investigação do mercado das tecnologias da informação, a quota de mercado do Linux entre servidores e computadores centrais já era de 11% a 27% no ano passado.
O sistema operacional é distribuído gratuitamente através da internet e as companhias que se dedicam à sua produção, como a Red Hat, cobram apenas pelo seu envio em discos ou a manutenção de sistemas baseados em Linux.
Agora, a maior empresa provedora de acesso à internet, a AOL (American Online), anunciou o seu interesse em adquirir a Red Hat e fomentar ainda mais a disseminação do sistema operacional gratuito em todo o mundo.
Novos servidores IBM
Também a IBM anunciou que vai construir computadores centrais para o sistema operacional Linux, criado por um jovem estudante finlandês nos anos 90.
A empresa apresentará a sua nova linha de servidores da série Z e da série I na próxima semana durante a conferência "Linux World" em Nova York.
Os computadores centrais, ao contrário do que se verifica com os PCs, destinam-se à realização de grandes operações, constituindo o sistema informático principal de organizações empresariais, alimentando as redes de PC.
A principal razão para a companhia incorporar na sua linha de produtos servidores dotados com Linux, em vez de outros sistemas operacionais mais tradicionais, como o próprio z/OS da IBM, é econômica.
Enquanto um computador central que funciona com outro sistema operacional custa cerca de 650 mil euros (US$ 561 mil), a IBM planeja vender a série Z com o Linux por pouco mais de metade deste preço, cerca de 347 mil euros.
A série I, um modelo menor voltado para pequenas e médias empresas, vai custar 433 mil euros (US$ 374 mil).
Código aberto
A origem desta drástica redução de preço deve-se basicamente ao Linux, o sistema operacional criado pelo finlandês Linus Torvalds, na década de 90, que durante anos foi uma ferramenta utilizada quase exclusivamente por "piratas" e "aficionados" da informática.
Um êxito estrondoso para um programa que começou como passatempo de um estudante de informática. Linus Torvalds é hoje empresário e sócio da Transmeta, uma das mais novas companhias americanas de fabricação de chips.
Ao contrário de outros sistemas operacionais, o Linux é software de código aberto, o que significa que não existem direitos de propriedade. Os usuários não pagam por ele e podem modificá-lo sem restrições.
Em companhias equipadas com redes de centenas de computadores pessoais a redução de custos com o emprego de Linux, em vez de produtos da Microsoft (MS Windows) ou da Sun Microsystem (Unix), pode ser enorme.
Linha avançada e segurança
O crescimento do Linux nos últimos meses coincidiu com o aparecimento de uma nova versão, preparada para funcionar com os processadores de 64 bits da AMD, Transmeta ou Intel, e que permite o uso de multiprocessadores simétricos, ou seja, pode ser utilizado em computadores dotados de até 32 processadores.
Durante anos, Torvalds desenvolveu o Linux pouco a pouco, em colaboração com centenas de entusiastas da informática de todo o mundo que, de forma desinteressada, ajudaram a aperfeiçoar o código, dotando-o de capacidade cada vez maior.
Em janeiro de 2001, a AMD forneceu à Universidade de Delaware um supercomputador com 128 processadores Athlon de 1 GHz cada um, dotado com o sistema operacional Linux.
A IBM investiu 867 milhões de euros (US$ 748 milhões) na adaptação do Linux a grandes computadores e está construindo o maior supercomputador Linux para o Centro Nacional de Aplicações de Supercomputação (NCSA), com mais de 600 servidores IBM da série X.
Por sua vez, a empresa de programação VMware está colaborando com a Agência Nacional de Segurança (NSA) americana, a mais poderosa organização de espionagem do mundo, para construir — com uso do Linux — um computador que resista a todo tipo de ataque de hackers.
Pinguim ganha força e desperta atenção dos grandes
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O sistema operacional Linux pode impor-se definitivamente como programa alternativo para Windows ou Unix, depois que o governo de Londres anunciou a sua utilização nas redes de computadores da administração pública britânica.
Mas também inúmeras empresas multinacionais do setor da informática começam a descobrir as possibilidades oferecidas pelo software de código aberto.
O êxito do Linux está vinculado também à produção de hardware voltado para a sua implementação na área de servidores.
O desenvolvimento técnico de um sistema operacional antes considerado como "brincadeira de amador" deu ao programa a possibilidade de utilização com as máquinas mais modernas, equipadas com vários multiprocessadores de 64 bits.
Em 2001, pelo segundo ano consecutivo, ele foi considerado o programa de mais rápida expansão na área dos servidores.
Segundo estimativa da IDC (International Data Corporation), empresa dedicada à investigação do mercado das tecnologias da informação, a quota de mercado do Linux entre servidores e computadores centrais já era de 11% a 27% no ano passado.
O sistema operacional é distribuído gratuitamente através da internet e as companhias que se dedicam à sua produção, como a Red Hat, cobram apenas pelo seu envio em discos ou a manutenção de sistemas baseados em Linux.
Agora, a maior empresa provedora de acesso à internet, a AOL (American Online), anunciou o seu interesse em adquirir a Red Hat e fomentar ainda mais a disseminação do sistema operacional gratuito em todo o mundo.
Novos servidores IBM
Também a IBM anunciou que vai construir computadores centrais para o sistema operacional Linux, criado por um jovem estudante finlandês nos anos 90.
A empresa apresentará a sua nova linha de servidores da série Z e da série I na próxima semana durante a conferência "Linux World" em Nova York.
Os computadores centrais, ao contrário do que se verifica com os PCs, destinam-se à realização de grandes operações, constituindo o sistema informático principal de organizações empresariais, alimentando as redes de PC.
A principal razão para a companhia incorporar na sua linha de produtos servidores dotados com Linux, em vez de outros sistemas operacionais mais tradicionais, como o próprio z/OS da IBM, é econômica.
Enquanto um computador central que funciona com outro sistema operacional custa cerca de 650 mil euros (US$ 561 mil), a IBM planeja vender a série Z com o Linux por pouco mais de metade deste preço, cerca de 347 mil euros.
A série I, um modelo menor voltado para pequenas e médias empresas, vai custar 433 mil euros (US$ 374 mil).
Código aberto
A origem desta drástica redução de preço deve-se basicamente ao Linux, o sistema operacional criado pelo finlandês Linus Torvalds, na década de 90, que durante anos foi uma ferramenta utilizada quase exclusivamente por "piratas" e "aficionados" da informática.
Um êxito estrondoso para um programa que começou como passatempo de um estudante de informática. Linus Torvalds é hoje empresário e sócio da Transmeta, uma das mais novas companhias americanas de fabricação de chips.
Ao contrário de outros sistemas operacionais, o Linux é software de código aberto, o que significa que não existem direitos de propriedade. Os usuários não pagam por ele e podem modificá-lo sem restrições.
Em companhias equipadas com redes de centenas de computadores pessoais a redução de custos com o emprego de Linux, em vez de produtos da Microsoft (MS Windows) ou da Sun Microsystem (Unix), pode ser enorme.
Linha avançada e segurança
O crescimento do Linux nos últimos meses coincidiu com o aparecimento de uma nova versão, preparada para funcionar com os processadores de 64 bits da AMD, Transmeta ou Intel, e que permite o uso de multiprocessadores simétricos, ou seja, pode ser utilizado em computadores dotados de até 32 processadores.
Durante anos, Torvalds desenvolveu o Linux pouco a pouco, em colaboração com centenas de entusiastas da informática de todo o mundo que, de forma desinteressada, ajudaram a aperfeiçoar o código, dotando-o de capacidade cada vez maior.
Em janeiro de 2001, a AMD forneceu à Universidade de Delaware um supercomputador com 128 processadores Athlon de 1 GHz cada um, dotado com o sistema operacional Linux.
A IBM investiu 867 milhões de euros (US$ 748 milhões) na adaptação do Linux a grandes computadores e está construindo o maior supercomputador Linux para o Centro Nacional de Aplicações de Supercomputação (NCSA), com mais de 600 servidores IBM da série X.
Por sua vez, a empresa de programação VMware está colaborando com a Agência Nacional de Segurança (NSA) americana, a mais poderosa organização de espionagem do mundo, para construir — com uso do Linux — um computador que resista a todo tipo de ataque de hackers.
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