Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
03/04/2002 - 04h08

Sistema antiespionagem recebe críticas

Publicidade

da Folha de S.Paulo

Vários sites da internet já estão adotando o sistema P3P (Platform for Privacy Preferences), que foi criado para facilitar a defesa da privacidade on-line. Além disso, o World Wide Web Consortium, grupo que supervisiona as tecnologias usadas na rede, deverá aprovar o P3P em abril.

Mas a tecnologia recebe críticas de vários lados: enquanto donos de sites consideram o P3P confuso, defensores da privacidade acham o sistema ineficiente.

Quando você visita uma página da rede, o seu PC recebe automaticamente um arquivo de texto que se chama "cookie" e traz um número de série. Os "cookies" têm aplicações benéficas para o usuário, pois evitam que ele precise digitar senhas toda vez que acessar um site pago ou uma conta de webmail, por exemplo.

Em tese, cada site só pode manipular os "cookies" que ele mesmo enviou, mas empresas de propaganda conseguiram burlar a limitação, tornando possível vigiar a navegação dos internautas.

O sistema P3P, que está presente no navegador Internet Explorer 6, tenta chamar a atenção do usuário para esse problema, pois exige que os sites descrevam sua política de privacidade antes de plantar "cookies" no micro.

Segundo o engenheiro Lauren Weinstein, que desde 1992 discute assuntos relacionados à privacidade na rede, isso não adianta: "Apoiar-se na tecnologia é um erro, porque fornece uma escapatória para questões muito mais amplas e mais difíceis de resolver".

Ele acredita que os sites podem usar o P3P como uma falsa demonstração de respeito pela privacidade dos internautas. Isso poderia acontecer porque a tecnologia obriga os sites a exibir uma política de privacidade, mas não verifica seu cumprimento.

Sites como AOL, Microsoft, Yahoo!, Terra Lycos, About.com e CNet já usam o sistema. De acordo com uma pesquisa da Internet Education Foundation, aproximadamente um terço dos cem principais sites da rede adota ou pretende adotar o P3P.

Mas há dissidências: para Michael Schutzler, que dirige o Classmates.com, a tecnologia poderá confundir os usuários, que passarão a considerar todos os "cookies" maléficos, esquecendo suas aplicações legítimas.

"Será que isso realmente funciona ou é complicado demais para o usuário médio?", questiona Sharon Anolik, do AskJeeves.com. Para Larry Ponemon, que presta consultoria sobre privacidade, "muitas empresas sentem que estão sendo obrigadas" a adotar o P3P, porque "não vêem necessidade dele".



Com agências internacionais
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página