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17/04/2002
-
04h27
da Folha de S.Paulo
Na hora de escolher um computador, a grande maioria dos usuários concentra atenção em um único componente: a unidade de processamento central (CPU).
Os micros costumam ser classificados pela frequência de comutação (clock) do chip principal. Grosso modo, esse número, que é medido em MHz ou GHz -milhões ou bilhões de ciclos por segundo-, especifica a velocidade em que os elétrons se movem dentro do processador.
Em tese, uma CPU cuja frequência é maior oferece mais desempenho, mas essa idéia é contestada pela Apple, que produz os micros Macintosh, e pela AMD, que fabrica os chips Athlon e Duron e concorre com a Intel, criadora do Pentium e do Celeron. Segundo a AMD, o Athlon consegue mais desempenho do que o Pentium 4 de igual frequência.
Por esse motivo, a empresa decidiu alterar a nomenclatura do Athlon, que passou a ser identificado por um número arbitrário. Em vez de trazerem uma frequência em GHz, as versões do chip têm nomes como 1500+, 1800+ e 2100+. Dessa forma, um Athlon 1500+ supostamente iguala ou supera um Pentium de 1,5 GHz, mesmo operando a 1,3 GHz.
Para tirar suas conclusões, visite o site Tom's Hardware Guide (www.tomshardware.com/cpu/02q2/020402/index.html), que realizou testes comparativos com 25 versões dos dois chips.
Tanto a Intel quanto a AMD têm duas linhas de processadores: baixo custo (Duron e Celeron) e alto desempenho (Athlon e Pentium 4). Os modelos mais caros são obviamente mais rápidos, mas é preciso considerar a utilização que o PC terá.
Para as tarefas básicas -navegar na internet e passar e-mails, fazer textos e apresentações, ouvir músicas e gravar CDs-, os processadores embutidos nos micros básicos, que já se aproximam de 1 GHz, são mais do que suficientes.
Os fabricantes de CPUs reconhecem isso, dizendo que o Athlon e o Pentium 4 são ideais para quem pretende instalar games 3D e editar áudio e vídeo ou deseja ter um micro que se mantenha atual pelo maior tempo possível.
No caso dos jogos tridimensionais, a placa de vídeo é mais importante do que a CPU. O simulador "F1 2001", por exemplo, que tem gráficos extremamente sofisticados, se contenta com um processador de "apenas" 800 MHz.
Como os jogos se desenvolvem muito rápido, é provável que surjam títulos que exijam CPUs mais rápidas, mas a pressão maior sempre estará na placa de vídeo. Com um processador de 1 GHz e uma placa 3D veloz é possível usar todos os games atuais sem problemas.
Os programas de multimídia e criação 2D ou 3D realmente podem se beneficiar de chips superpotentes, mas nem sempre. No caso da edição de áudio e criação de arquivos MP3, o impacto é nítido: como as duas tarefas envolvem conversão de documentos grandes, ficam muito mais rápidas com o Athlon e o Pentium 4.
Na edição de vídeo, uma CPU topo de linha só faz diferença quando existe renderização, isto é, quando o usuário aplica filtros de imagem ou transições animadas em seus filmes, o que geralmente é feito com softwares profissionais, como o Premiere e o AfterEffects.
Quer dizer: para editar vídeos familiares usando o Movie Maker (software embutido no Windows XP), mais vale investir num disco rígido grande e rápido do que comprar o processador mais rápido do mercado. Para mexer com fotografia digital, também não é preciso ter uma CPU topo de linha, a menos que você seja um profissional da área.
A criação de DVDs interessa bastante o usuário doméstico e é uma exceção, pois exige um chip ultrapotente, mas os gravadores desse tipo ainda são incomuns.
O terceiro argumento dos fabricantes é a proteção do investimento -comprando uma CPU moderna, você levaria mais tempo até precisar atualizar o micro. Por um lado, o sistema operacional tende a exigir hardware cada vez mais potente: o Windows XP é bem mais "pesado" do que a versão 95, por exemplo. Mas, para as tarefas básicas, uma CPU de 1 GHz provavelmente permanecerá atual durante vários anos.
Não compre PCs com menos de 128 Mbytes de RAM. Se você concluir que precisa de alto desempenho, passe a levar em conta também o tipo da memória.
Enquanto os micros mais simples usam memória comum (SDRAM de 100 MHz ou 133 MHz), as máquinas com Athlon ou Pentium 4 demandam módulos mais caros. No caso do Athlon, o ideal é que o micro tenha memória DDR, que oferece o dobro da performance da comum.
Ao comprar um micro com Pentium 4, prefira memória do tipo RDRAM (Rambus), que opera a 400 MHz. Se você estiver fazendo economia, opte pela memória DDR, mas não aceite módulos SDRAM, que prejudicam o desempenho do Pentium 4.
Outro detalhe importante no processador da Intel é o núcleo: ao comprar um de 1,6 GHz ou mais, exija uma unidade da série Northwood, que oferece melhor desempenho que sua antecessora.
Por fim, se você quer um Pentium 4 de alto desempenho e pode esperar alguns meses, não compre agora: a Intel não confirma, mas está preparando uma versão que usa RAM de 533 MHz.
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Os micros costumam ser classificados pela frequência de comutação (clock) do chip principal. Grosso modo, esse número, que é medido em MHz ou GHz -milhões ou bilhões de ciclos por segundo-, especifica a velocidade em que os elétrons se movem dentro do processador.
Em tese, uma CPU cuja frequência é maior oferece mais desempenho, mas essa idéia é contestada pela Apple, que produz os micros Macintosh, e pela AMD, que fabrica os chips Athlon e Duron e concorre com a Intel, criadora do Pentium e do Celeron. Segundo a AMD, o Athlon consegue mais desempenho do que o Pentium 4 de igual frequência.
Por esse motivo, a empresa decidiu alterar a nomenclatura do Athlon, que passou a ser identificado por um número arbitrário. Em vez de trazerem uma frequência em GHz, as versões do chip têm nomes como 1500+, 1800+ e 2100+. Dessa forma, um Athlon 1500+ supostamente iguala ou supera um Pentium de 1,5 GHz, mesmo operando a 1,3 GHz.
Para tirar suas conclusões, visite o site Tom's Hardware Guide (www.tomshardware.com/cpu/02q2/020402/index.html), que realizou testes comparativos com 25 versões dos dois chips.
Tanto a Intel quanto a AMD têm duas linhas de processadores: baixo custo (Duron e Celeron) e alto desempenho (Athlon e Pentium 4). Os modelos mais caros são obviamente mais rápidos, mas é preciso considerar a utilização que o PC terá.
Para as tarefas básicas -navegar na internet e passar e-mails, fazer textos e apresentações, ouvir músicas e gravar CDs-, os processadores embutidos nos micros básicos, que já se aproximam de 1 GHz, são mais do que suficientes.
Os fabricantes de CPUs reconhecem isso, dizendo que o Athlon e o Pentium 4 são ideais para quem pretende instalar games 3D e editar áudio e vídeo ou deseja ter um micro que se mantenha atual pelo maior tempo possível.
No caso dos jogos tridimensionais, a placa de vídeo é mais importante do que a CPU. O simulador "F1 2001", por exemplo, que tem gráficos extremamente sofisticados, se contenta com um processador de "apenas" 800 MHz.
Como os jogos se desenvolvem muito rápido, é provável que surjam títulos que exijam CPUs mais rápidas, mas a pressão maior sempre estará na placa de vídeo. Com um processador de 1 GHz e uma placa 3D veloz é possível usar todos os games atuais sem problemas.
Os programas de multimídia e criação 2D ou 3D realmente podem se beneficiar de chips superpotentes, mas nem sempre. No caso da edição de áudio e criação de arquivos MP3, o impacto é nítido: como as duas tarefas envolvem conversão de documentos grandes, ficam muito mais rápidas com o Athlon e o Pentium 4.
Na edição de vídeo, uma CPU topo de linha só faz diferença quando existe renderização, isto é, quando o usuário aplica filtros de imagem ou transições animadas em seus filmes, o que geralmente é feito com softwares profissionais, como o Premiere e o AfterEffects.
Quer dizer: para editar vídeos familiares usando o Movie Maker (software embutido no Windows XP), mais vale investir num disco rígido grande e rápido do que comprar o processador mais rápido do mercado. Para mexer com fotografia digital, também não é preciso ter uma CPU topo de linha, a menos que você seja um profissional da área.
A criação de DVDs interessa bastante o usuário doméstico e é uma exceção, pois exige um chip ultrapotente, mas os gravadores desse tipo ainda são incomuns.
O terceiro argumento dos fabricantes é a proteção do investimento -comprando uma CPU moderna, você levaria mais tempo até precisar atualizar o micro. Por um lado, o sistema operacional tende a exigir hardware cada vez mais potente: o Windows XP é bem mais "pesado" do que a versão 95, por exemplo. Mas, para as tarefas básicas, uma CPU de 1 GHz provavelmente permanecerá atual durante vários anos.
Não compre PCs com menos de 128 Mbytes de RAM. Se você concluir que precisa de alto desempenho, passe a levar em conta também o tipo da memória.
Enquanto os micros mais simples usam memória comum (SDRAM de 100 MHz ou 133 MHz), as máquinas com Athlon ou Pentium 4 demandam módulos mais caros. No caso do Athlon, o ideal é que o micro tenha memória DDR, que oferece o dobro da performance da comum.
Ao comprar um micro com Pentium 4, prefira memória do tipo RDRAM (Rambus), que opera a 400 MHz. Se você estiver fazendo economia, opte pela memória DDR, mas não aceite módulos SDRAM, que prejudicam o desempenho do Pentium 4.
Outro detalhe importante no processador da Intel é o núcleo: ao comprar um de 1,6 GHz ou mais, exija uma unidade da série Northwood, que oferece melhor desempenho que sua antecessora.
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