30/04/2002 - 12h10

Softs de troca de música crescem 535% em um ano, diz estudo

da Folha Online

O número de programas e sites que permitem a troca de arquivos pela internet cresceu 535% durante os últimos 12 meses, segundo pesquisa realizada pela consultoria norte-americana Websense.

Já são 38 mil os sites por toda a web que dispõem de programas e outros mecanismos de troca de arquivos, geralmente músicas, vídeos e software —todos protegidos por direitos autorais.

Segundo a Websense, 30% da lista dos downloads mais populares do site Download.com são aplicações chamadas P2P, sigla para "peer-to-peer", programas que interligam dois "pares" (computadores conectados à web) e permitem a troca de arquivos entre eles.

Os mais populares —KaZaA, Morpheus, Grokster e iMesh, tidos como sucessores do Napster na rede— já atraíram milhões de internautas, mesmo com o esforço das gravadoras e dos estúdios de Hollywood para bloqueá-los na Justiça.

A Websense também destaca o crescente uso desses programas no ambiente de trabalho. Segundo o estudo, embora a troca de arquivos seja gratuita para os usuários, as empresas acabam tendo custos porque esses programas "sugam" a banda de uso da internet.

Usar esses programas no trabalho tem vantagens. Principalmente poder baixar arquivos mais rapidamente, já que as conexões das empresas costumam ser mais rápidas que as domésticas.

"Empresas que fazem vista grossa para as violações de direitos autorais que ocorrem dentro dela correm o risco de levar processos", disse à Websense Jennifer Kearns, do escritório de advocacia londrino Brobeck, Phleger and Harrison.

No mês passado, a Riaa (associação de gravadoras dos EUA) conseguiu que a empresa norte-americana Integrated Information Systems pagasse US$ 1 milhão para evitar um processo judicial. A companhia tinha um servidor interno dedicado à troca de MP3 entre seus funcionários.

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