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14/05/2002 - 14h46

KaZaA propõe pagar direito autoral por MP3 direto aos artistas

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da Folha Online

Depois de uma aliança estratégica com a empresa de telefonia norte-americana Verizon, o software KaZaA propõe que fabricantes de computadores e de CDs virgens, provedores e empresas de software reunam fundos e paguem diretamente aos artistas os direitos autorais pelas músicas MP3 trocadas na internet.

A proposta, antecipada hoje pelo jornal USA Today, leva em conta o atraso das gravadoras em suprir a demanda por música digital na rede.

"Historicamente, sempre houve um confronto entre quem produz conteúdo e quem cria novas tecnologias", disse Sarah Deutsch, vice-presidente da Verizon, ao jornal.

"Nossa proposta é uma licença de direito autoral compulsória para a internet, assim conseguimos legitimar a distribuição de arquivos P2P [peer-to-peer] e os artistas recebem sua compensação. Afinal, depois que o gênio saiu da lâmpada, é difícil fazê-lo voltar."

Phil Corwin, representante do KaZaA, diz que uma taxa mensal de US$ 1 paga somente por provedores de acesso à internet para cada um de seus usuários que trocam músicas geraria uma renda de US$ 2 bilhões por ano para os artistas.

Mas as gravadoras não pareceram contentes com a idéia —principalmente porque a proposta implica na quebra do monopólio de distribuição de músicas dos grandes selos.

Hilary Rosen, presidente da Riaa (associação de gravadoras norte-americanas) chamou a proposta de "ridícula".

Por outro lado, Jim Guerinot, membro da coalizão de artistas de Don Henley's e Sheryl Crow, mostrou mais cautela: "Qualquer modelo que comece a pagar os direitos aos artistas merece ser considerado".

Guerinot é empresário do No Doubt e do Offspring. Ele é fã de música digital, tem um toca-MP3 iPod, da Apple, e retirou seus artistas do serviço Pressplay, o "Napster" oficial das gravadoras, porque seus artistas não estavam sendo pagos pela troca de músicas.

Segundo o USA Today, ele se diz chateado com a atitude das gravadoras, que tentam combater a pirataria com métodos rejeitados pelo público.

O Pressplay e o Musicnet, serviços de troca das gravadoras, não oferecem canções de todos os artistas e também não permitem a gravação das músicas em aparelhos portáteis ou CDs virgens.

"É como abrir uma vídeolocadora, cobrar dez vezes o que as outras cobram pela locação e oferecer vídeos em Beta [antigo formato de vídeo doméstico, atualmente utilizado somente por profissionais]", disse.
 

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