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12/09/2006
-
16h39
da Efe, em Genebra
Um relatório da ONU distribuído nesta terça-feira em Genebra denunciou a transformação do Iraque em um dos países mais violentos do mundo, com cerca de cem civis mortos e mais de 400 pessoas feridas diariamente.
O documento, elaborado pela Missão de Assistência da ONU para o Iraque (Unami) e enviado ao Conselho de Segurança (CS), assinala que o número de civis que morrem diariamente no país aumentou consideravelmente nos últimos meses.
Além disso, cerca de 14 mil civis ficam feridos a cada mês e, desde o ataque em Samarra, em 22 de fevereiro, cerca de 200 mil pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas.
O relatório de 15 páginas mostra que a maior parte do país vem sendo vítima de ataques por parte de insurgentes, milicianos e terroristas, assim como de violações flagrantes dos direitos humanos.
Além disso, reitera que, apesar dos esforços do governo do Iraque para melhorar a segurança e a presença de forças multinacionais para treinar os agentes de segurança iraquianos, a situação do país não será resolvida por meio de soluções militares.
A Unami defende que grande parte das vítimas desses ataques e violações são mulheres, crianças e minorias, e sustenta que a intensificação das atividades das milícias é tanto causa como conseqüência do agravamento da insegurança e da multiplicação das violações dos direitos humanos fundamentais.
"Enquanto os iraquianos não se convencerem de que o novo governo e suas forças de segurança atuem de forma imparcial e responsável, há o risco de cairmos em um círculo vicioso, no qual a intensificação das atividades das milícias gera uma insegurança crescente", afirma o relatório.
Para a missão da ONU, é necessário romper esse círculo vicioso, para o que recomenda ao governo iraquiano que tome medidas "enérgicas" destinadas a proteger a vida dos civis e a levar à Justiça os responsáveis pela violência.
O documento também revela que a maioria dos iraquianos vive sem cuidados sanitários adequados, serviços sociais e possibilidades de receber educação ou encontrar emprego.
"O Iraque vive uma aguda crise humanitária e de direitos humanos, com assassinatos indiscriminados, ataques, crimes e corrupção, que contribuem para a falta de lei e ordem", diz.
Segundo dados do Ministério da Saúde do Iraque, o mês de junho registrou 3.149 mortes de civis, enquanto o mês de julho registrou 3.438 mortes.
Outro elemento de preocupação para a ONU é o alto número de detidos nas prisões iraquianas. Segundo o Ministério de Direitos Humanos do país, no final de julho, havia 26.398 presos nas prisões do país, incluindo os 13 mil sob custódia das forças internacionais.
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ONU denuncia morte de cem civis por dia pela violência no Iraque
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Um relatório da ONU distribuído nesta terça-feira em Genebra denunciou a transformação do Iraque em um dos países mais violentos do mundo, com cerca de cem civis mortos e mais de 400 pessoas feridas diariamente.
O documento, elaborado pela Missão de Assistência da ONU para o Iraque (Unami) e enviado ao Conselho de Segurança (CS), assinala que o número de civis que morrem diariamente no país aumentou consideravelmente nos últimos meses.
Além disso, cerca de 14 mil civis ficam feridos a cada mês e, desde o ataque em Samarra, em 22 de fevereiro, cerca de 200 mil pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas.
O relatório de 15 páginas mostra que a maior parte do país vem sendo vítima de ataques por parte de insurgentes, milicianos e terroristas, assim como de violações flagrantes dos direitos humanos.
Além disso, reitera que, apesar dos esforços do governo do Iraque para melhorar a segurança e a presença de forças multinacionais para treinar os agentes de segurança iraquianos, a situação do país não será resolvida por meio de soluções militares.
A Unami defende que grande parte das vítimas desses ataques e violações são mulheres, crianças e minorias, e sustenta que a intensificação das atividades das milícias é tanto causa como conseqüência do agravamento da insegurança e da multiplicação das violações dos direitos humanos fundamentais.
"Enquanto os iraquianos não se convencerem de que o novo governo e suas forças de segurança atuem de forma imparcial e responsável, há o risco de cairmos em um círculo vicioso, no qual a intensificação das atividades das milícias gera uma insegurança crescente", afirma o relatório.
Para a missão da ONU, é necessário romper esse círculo vicioso, para o que recomenda ao governo iraquiano que tome medidas "enérgicas" destinadas a proteger a vida dos civis e a levar à Justiça os responsáveis pela violência.
O documento também revela que a maioria dos iraquianos vive sem cuidados sanitários adequados, serviços sociais e possibilidades de receber educação ou encontrar emprego.
"O Iraque vive uma aguda crise humanitária e de direitos humanos, com assassinatos indiscriminados, ataques, crimes e corrupção, que contribuem para a falta de lei e ordem", diz.
Segundo dados do Ministério da Saúde do Iraque, o mês de junho registrou 3.149 mortes de civis, enquanto o mês de julho registrou 3.438 mortes.
Outro elemento de preocupação para a ONU é o alto número de detidos nas prisões iraquianas. Segundo o Ministério de Direitos Humanos do país, no final de julho, havia 26.398 presos nas prisões do país, incluindo os 13 mil sob custódia das forças internacionais.
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